Oblivion Protocol: O Prog Rock Conceitual de “The Fall of the Shires”

 

Embarque na odisseia musical de “The Fall of the Shires” do Oblivion Protocol. Richard West, mago do teclado e mente criativa, continua a saga progressiva iniciada com o Threshold. Com uma mistura envolvente de elementos épicos e sombrios, este álbum promete transportar os ouvintes para um universo sonoro único e inesquecível.

Embarque na odisseia musical de "The Fall of the Shires" do Oblivion Protocol. Richard West, mago do teclado e mente criativa, continua a saga progressiva iniciada com o Threshold. Com uma mistura envolvente de elementos épicos e sombrios, este álbum promete transportar os ouvintes para um universo sonoro único e inesquecível.

Após a passagem do tempo mostrar a qualidade do álbum “Legends Of The Shires” do Threshold, lançado em 2017, Richard West, tecladista e compositor, lança uma sequência épica sob o nome Oblivion Protocol.

O disco “The Fall of the Shires” mergulha ainda mais nas profundezas do progressivo, explorando uma narrativa distópica, mas sem perder a grandiloquência melódica. Com um elenco de músicos talentosos, West cria uma experiência sonora única, conectando-se ao passado e ao futuro do gênero.

Oblivion Protocol – Resenha de “The Fall of the Shires”

Oblivion Protocol - capa do álbum "The Fall of the Shires" (2023, Shinigami Records, Atomic Fire)
Oblivion Protocol – “The Fall of the Shires” (2023, Shinigami Records, Atomic Fire)

Seis anos após o lançamento da obra-prima “Legends Of The Shires” do Threshold, o tecladista e compositor, Richard West, retorna às terras progressivas com uma nova empreitada: “The Fall of the Shires”, agora sob o nome do supergrupo Oblivion Protocol. Neste capítulo épico, West leva os ouvintes por uma jornada sonora densa e climática, explorando um universo distópico através de uma narrativa musical envolvente.

Em uma entrevista, Richard West compartilhou a origem deste projeto. Após a decisão de seus colegas de banda do Threshold de não gravarem uma sequência para “Legends Of The Shires”, West sentiu a necessidade de permanecer naquele mundo um pouco mais. Assim, ele deu vida à sua própria sequência, inicialmente destinada apenas para satisfazer a si mesmo. No entanto, ao concluir o projeto, surgiu a ideia de lançá-lo, e assim nasceu o Oblivion Protocol e seu álbum “The Fall of the Shires”.

A narrativa do álbum é uma continuação direta do protagonista de “Legends Of The Shires”. West explica que, no final do álbum anterior, o protagonista considera vários futuros possíveis. A sequência conta a história de sua ascensão para se tornar o rei e as consequências dessa escolha. A escuridão permeia a trama, pois o protagonista decide oprimir a população para manter o controle, transformando os condados em um lugar sombrio.

As letras são carregadas de alusões a eventos da vida real, proporcionando uma qualidade distópica à narrativa. West destaca que o rock progressivo sempre foi um gênero propício para álbuns conceituais, permitindo uma exploração mais profunda de ideias e temas maiores. Ele expressa sua paixão por álbuns conceituais desde jovem e revela que fazer “Legends Of The Shires” foi gratificante, motivando-o a criar outra obra como “The Fall of the Shires”.

Neste sentido, o Oblivion Protocol emerge como um elo perdido entre a grandiosidade do progressivo dos anos setenta e as sensibilidades pop daquela época. O álbum “The Fall of the Shires” destaca-se não apenas como uma sequência competente, mas como uma entidade musical independente, trazendo consigo a marca registrada de West e suas influências diversificadas.

Ao ouvir o álbum, fica evidente que West não apenas continuou a narrativa, mas também a aprimorou. A sonoridade do Oblivion Protocol é uma fusão única, algo que une elementos entre Rush, Steven Wilson, a era “The Dark Side Of The Moon” do Pink Floyd e os misteriosos e nelodicos tons do Ghost. Até por isso, o álbum é uma experiência que transita entre o épico e o melódico, explorando a vastidão sonora que o rock progressivo oferece.

O  disco abre com “The Fall (Part 1)”, trazendo um arranjo de cordas dramático e uma exposição elegante. É um prelúdio envolvente que prepara o cenário para a narrativa sombria que se desenrola através de ótimas composições como “This Is NOt A Test”( uma faixa que me fez pensar que se o finlandês Reckless Love fosse uma banda progressiva soaria exatamente desta forma); “Public Safety Broadcast” (esta faixa incorpora elementos de Depeche Mode, por texturas eletrônicas envolventes aliadas a um refrão cativante e a riffs de heavy metal robustos); “Vertigo” (uma balada futurista que oscila entre a desolação e a exuberância); e “Forests In The Fallout” (uma composição que reflete a diversidade do álbum, explorando paisagens sonoras diversas. A faixa cativa com sua complexidade musical e emocional).

“The Fall of the Shires” foi escrito e produzido por Richard West em seu estúdio no Reino Unido. Ele descreve o álbum como seu playground, sua Terra do Nunca, onde não houve influências externas ou concessões. West destaca seu amor pelo formato do álbum, acreditando que os álbuns levam os ouvintes a uma jornada, permitindo que mergulhem em outro mundo por um tempo.

O timbre dos vocais de West influenciou a abordagem musical do Oblivion Protocol. Afinações mais baixas na guitarra e no baixo, teclados atmosféricos e elementos orquestrais são habilmente incorporados para moldar a sonoridade das composições, que contam com a colaboração de músicos renomados: Ruud Jolie, guitarrista do Within Temptation; Simon Andersson, baixista do Darkwater; e Darby Todd, baterista do Devin Townsend.

A riqueza musical e a narrativa envolvente mergulham os ouvintes em um mundo que, inicialmente, pode ser desconhecido, mas rapidamente se torna cativante. O álbum não apenas mantém a qualidade estabelecida por “Legends Of The Shires” mas também expande os horizontes sonoros e conceituais, solidificando o Oblivion Protocol como uma força significativa no cenário progressivo.

Conclusão

Em “The Fall of the Shires”, o Oblivion Protocol, liderado por Richard West, transcende as expectativas, oferecendo uma experiência progressiva rica em narrativa e inovação musical. Ao explorar um futuro distópico, o álbum tece uma tapeçaria sonora que cativa, desafia e ressoa. O legado de West no Threshold se mescla harmoniosamente com sua visão solo, criando um elo perdido entre o progressivo clássico e as sensibilidades modernas.

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