Descubra a poderosa fusão de psicodelia e doom rock no álbum “The Electric Dunes of Titan” da banda australiana Motherslug. Com influências de Black Sabbath e Pink Floyd, estas músicas destacam-se pela atmosfera única. No entanto, apesar do talento, o álbum pode parecer genérico para alguns, sendo mais indicado para fãs fervorosos do gênero. Explore essa jornada musical e mergulhe na sonoridade única de Motherslug.
Aventure-se por uma odisseia sonora única com o álbum “The Electric Dunes of Titan” da banda Motherslug, elogiado pelo The Obelisk por suas “excursões ao esplendor psicodélico” e “explosões em grooves massivos”. Os elogios continuam com o Glacially Musical declarando: “Depois de ouvir este disco, é impossível resistir à tentação de simplesmente reproduzi-lo novamente.”
Já o Outlaws of the Sun exalta o álbum como “soberbo em todos os aspectos”, enquanto Metal Obsession elogia “uma quantidade obscena de groove”. Com um toque de humor, Hellbound observa: “se você piscar o suficiente, o baterista deles parece um pouco com Brant Bjork”.
De tom à estrutura, composição à produção, este álbum, lançado em 31 de outubro de 2017, promete uma jornada envolvente que cativa e instiga. Gravado no Beveridge Rd e The Black Lodge durante o inverno de 2017, mixado por John Bartels e habilmente masterizado por Jacob Munnery na Clockwork Audio Mastering, “The Electric Dunes of Titan” é um testemunho da inigualável arte da banda.
Motherslug – Resenha de “The Electric Dunes of Titan” (2017)
Nascida em 2011, na Austrália a banda Motherslug coleciona dois EPs compilados em um álbum auto-intitulado, o que faz deste “The Electric Dunes of Titan” efetivamente seu primeiro full lenght, combinando a psicodelia texturizada pelo fuzz e a pegada chapada do Doom, resultando num rock corrosivo, espacial, titânico e atmosférico, oscilando entre os sabores genéricos e exóticos de sua fusão de Black Sabbath e Pink Floyd (do início).
Ao explorar as faixas, percebe-se uma interessante organicidade desértica reminiscente do Kyuss, adicionando uma modernidade stoner que lembra o som do Queens of the Stone Age.
Os arranjos apresentam-se de maneira robusta e vibrante, criando músicas que transpiram energia e atmosferas bem delineadas. As vertigens groovadas do rock setentista são habilmente entrelaçadas com a lisergia caleidoscópica, proporcionando uma experiência auditiva rica e envolvente.
Essa habilidade de conjurar atmosferas distintas é uma marca registrada da Motherslug, destacando-se em um panorama musical que valoriza a autenticidade e a diversidade.
Musicalmente, o groove escorre por estas faixas, derramado por riffs musculares que trazem sua parcela de lisergia que confere relativa identidade à banda, algo difícil de se ver num gênero que se apresenta tão saturado ultimamente.
Seus arranjos soam robustos e vibrantes, conjurando músicas cheias de energia e com atmosferas bem desenhadas entre as vertigens groovadas do Rock setentista e a lisergia caleidoscópica.
Mas confesso que tudo me soou genérico demais e até mesmo menor do que a ousadia mais proeminente das bandas sul-americanas que se dedicam a reviver a organicidade do Rock valvulado por um estudo psicodélico, indo além da atmosfera árida.
Mesmo assim, vale a pena destacar as faixas “Stoned By The Light”, “Staring at the Sun” e “Cave of the Last God”, além do trabalho do vocalista Cam Crichton.
A experiência desse álbum é como um convite para uma expedição sonora que exige uma apreciação profunda do rock psicodélico e doom. Aqueles que buscam uma familiaridade reconfortante, misturada com inovação sutil, encontrarão neste álbum uma trilha sonora adequada para sua jornada musical.
Contudo, para aqueles que anseiam por uma ruptura mais acentuada com as convenções, talvez seja necessário buscar além dessas dunas elétricas e explorar terrenos mais desconhecidos no vasto universo musical.
Confira por sua conta e risco, mas “The Electric Dunes of Titan” é um álbum indicado apenas para fãs “die hard” do gênero.
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