O MK Ultra é um dos programas governamentais mais controversos da história. Descubra as teorias da conspiração em torno deste projeto secreto neste artigo.
O MK Ultra é um programa governamental altamente controverso que gerou inúmeras teorias da conspiração ao longo dos anos. Este projeto secreto, conduzido pela CIA nas décadas de 1950 e 1960, envolvia o uso de técnicas de controle da mente em indivíduos involuntários. Neste artigo, exploraremos algumas das teorias de conspiração mais intrigantes em torno do MK Ultra.
Dentre todas as dúvidas que pairam sobre as bases conspiratórias, a existência do projeto MK Ultra não é uma delas. Um músico consagrado, uma das maiores personalidades do século XX, um presidente e um senador americanos possuem mais do que a popularidade em comum. Todos eles foram assassinados em pleno estabelecimento de seus ideias. Como todo trauma social, a mortes de John Kennedy, John Lennon e Martin Luther King abarcaram muitas teorias conspiratórias e a mais interessante delas defende uma tese no mínimo estranha.
As conspirações rendem um dos mais interessantes e instigantes ramos da cultura pop e nosso assunto de hoje cabe como uma luva neste segmento. Alguns defendem que estas três personalidades do século XX foram mortas por cobaias humanas com a mente controlada remotamente.Mark Chapman delarou algo que reforça essa hipótese: “Ele (Lennon) passara por mim e ouvi na minha cabeça, ‘faça, faça, faça’. Não me lembro de mirar, apenas apertei o gatilho com força, cinco vezes.”
Se isso é verdade ou não, não nos cabe avaliar, mas já existem rumores do controle da mente por parte de alguns iniciados desde desde o século XVI, muito antes dos E.U.A. pensarem em se tornar um país, quanto mais a existência da CIA, mentora de projeto MK Ultra.
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O que é MK Ultra?
MK Ultra era um programa secreto da CIA que visava desenvolver técnicas de controle da mente através do uso de drogas, hipnose e outros métodos. O programa foi lançado na década de 1950 e continuou até o início dos anos 1970, quando foi exposto por jornalistas investigativos. Os experimentos do programa foram conduzidos em sujeitos voluntários e involuntários, incluindo prisioneiros, pacientes mentais e membros do público em geral. A verdadeira extensão das atividades do programa permanece envolta em segredo, e muitas teorias da conspiração surgiram nos anos desde sua exposição.
O programa teve início nos primeiros anos da década de 50 e já nasceu carregado de polêmica devido à controversa morte do cientista Frank Olson. Nove dias após uma reunião com membros da CIA, o doutor Olson, sem nenhum motivo aparente, se lança da janela de um quarto de hotel em Nova York. Pode parecer um simples suicídio, mas existem pontos inconsistentes na história que levantam suspeitas quanto a uma velha e eficaz queima de arquivo.
Olson era oficial da divisão de operações químicas do exército e sempre era referenciado como alguém dotado de um bom humor inabalável. Bruscamente, teria se tornado depressivo e psicótico após a suposta reunião. Se foi realmente um assassinato a questão imediata é por que Frank Olson? De acordo com os adeptos da conspiração, Olson teria descoberto o uso de prisioneiros nazistas no projeto encabeçado por Sidney Gottlieb, então diretor técnico da CIA, chefe do MK Ultra e condutor da crucial reunião.
Ali, o químico teria sido drogado com LSD e pirado dias antes de morrer. Olson teria demonstrado, dias antes, vontade de deixar o programa, mas como um arquivo vivo das pesquisas ilegais do MK Ultra, suspeita-se de que o suicídio fora forjado pela CIA.
Na década seguinte, o projeto evoluiu para o MK-Search, que foi subdividido em 149 projetos, que iam desde o apagar de memórias até incentivar personalidades múltiplas em um indivíduo. O mais ousado destes sub-projetos era o total domínio de mentes através de radiofrequência UHF e VHF. O mais intrigantes de toda a história é que os mandatários da CIA determinaram a destruição de todo o arquivo referente ao projeto.
O pouco que sobrou desta ação premeditada alimenta as mais diversas teorias conspiratórias ao longo dos anos. Uma delas alega que o objetivo principal era conter o avanço comunista e o alvo imediato era Fidel Castro. O congresso americano investigou o programa, mas tudo foi negado de modo veemente. Para encobrir o programa do congresso americano, a CIA usou a Fundação Rockefeller (nome muito ligado a teorias conspiratórias e à Nova Ordem Mundial) para dissimular recursos.
As Bases Ocultistas do MK Ultra
No século XV, um abade beneditino almejava a criação de um processo para hipnotizar pessoas à distância, por telepatia, com o auxílio de algumas manipulações de linguagem. Todo o trabalho referente ao seu ambicioso objetivo fora compilado em um livro, dividido em oito volumes, denominado Steganographie, que foi destruído no decorrer da história, tendo se salvado apenas 3/8 da obra.
Seu nome era Abbot Johann Trithemius, uma figura altamente influente nos círculos iniciáticos e misteriosos desde o século XV, para quem dedicamos esse texto completo. Alguns alegam que o abade Trithème vivia de ilusões e que efetivamente nada teria encontrado de extraordinário. Mas convenhamos que tal poder supostamente desenvolvido pelo abade seria o mesmo que acusam o projeto norte-americano de se valer para eliminar inimigos políticos.
O Velho da Montanha e a Ordem dos Assassinos
Existem outras evidências de assassinos comandados à distância através de “gatilhos”, que os colocariam prontamente em ação. Os primeiros registros remontam ao período das cruzadas, com uma seita situada na antiga Pérsia, comandada por Hassan I Sabbah, o Velho da Montanha, que se utilizava de técnicas de alienação mental em seus discípulos, denominados Asasiyun.
Tal seita se fixava na Montanha de Alamut e ficou conhecida como Ordem dos Assassinos. Muitos simpatizantes das conspirações associam as técnicas desta ordem ao que era estudado nos projetos militares como o MK Ultra e na formação dos famosos Homens-Bomba. A verdade é que o envolvimento de cobaias humanas nas mortes de Lennon, Kennedy e Luther King é uma incógnita que nunca terá seu valor descoberto, entretanto, o MK Ultra de fato existiu.
Quanto ao controle da mente, as pesquisas iniciais nos fazer viajar muitos anos na história até chegarmos a um certo abade beneditino no início do século XVI. O que é o MK Ultra? Como é possível controle da mente séculos atrás? Algumas respostas a seguir, mas se prepare para o nascedouro de diversas outras questões.
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O MK Ultra e os Assassinos Remotos
E qual a associação do MK Ultra com os assassinatos previamente citados? Bom, explicaremos isso mais profundamente em outro texto, mas, por ora, alegoricamente, recorramos ao cinema e à literatura. Muitos devem se lembrar do filme Sob o Domínio do Mal, estrelado por Denzel Washington na refilmagem de 2004 (a outra versão data de 1962 e traz Frank Sinatra no elenco) e baseada na obra literária de Richard Condon.
Nas três formas de contar a história, o pilar básico da trama é o mesmo: um assassino comandado à distância, vítima de um programa conspiratório. O título original do livro de Condon é The Manchurian Candidate, exatamente a denominação da fase final da evolução do projeto MK Ultra, que consistia na criação de um agente altamente manipulável e capaz de cumprir qualquer ordem que lhe fosse delegada.
O processo utilizado na criação destes agentes era conhecido como terapia do sono e envolvia doses cavalares de drogas, além de eletrochoques. Apesar de todas as negações da CIA, alguns assassinatos famosos plantam dúvidas quanto ao real sucesso do projeto. Supostamente, Lee Harvey Oswald, Sirhan Bishara Sirhan, James Earl Ray e Mark David Chapman (assassinos, respectivamente, de John Kennedy, do senador americano Bob Kennedy, Martin Luther King e John Lennon) seriam as únicas “provas” do efetivo sucesso do MK-Ultra.
Todas as histórias de cada uma deles se encaixam perfeitamente no molde de um manchurian candidate, assim como uma pequena pesquisa sobre Lee Harvey Oswald pode mostrar elementos que o colocam ladeado aos outros três assassinos. Mas no caso de Oswald existe a dúvida se ele foi o assassino ou só teria sido induzido mentalmente a assumir essa culpa.
Um detalhe importante e que une os elementos desta tese é a alegação de inconsciência dos supostos assassinos comandados por esta técnica. Estes “gatilhos” eram os mais diversos. Um exemplo seria a clássica obra O Apanhador no Campo de Centeio, de Salinger, que, embasado nos depoimentos de Mark Chapman, seria o potencial despertador de seu ímpeto assassino.
Em suma, o MK Ultra seria um projeto militar secreto e ilegal, iniciado em 1953, controlado pela CIA e chefiado poe Sidney Gottieb, um psiquiatra com profundo conhecimentos de química, que teria desenvolvido uma forma de controle mental utilizando substâncias como LSD e drogas alucinógenas. Também estaria nas fileiras do MK Ultra o respeitado médico escocês Donald Ewn Cameron, que fora diretor do importante Montreal Hospital, no Canadá, e também um influenciador do manual de interrogatório, submissão e persuasão de prisioneiros usado pela CIA.
A existência do projeto já foi até garantido pela entidade, que também garantiu o seu fim. O financiamento do programa veio de Fundação Rockefeller e foi descoberto pelo Congresso Americano em 1973, e em 1977 o senador Ted Kenedy acusou inúmeras universidades e instituições científicas de colaboração com o projeto.
O debate em curso sobre a existência e continuação de programas semelhantes.
A exposição do MK Ultra levou à indignação pública e exige maior transparência e responsabilidade das agências governamentais. No entanto, muitos teóricos da conspiração acreditam que programas semelhantes continuam existindo em segredo, com o objetivo de controlar e manipular a população. Alguns apontam para o suposto envolvimento do governo em eventos como tiroteios em massa e ataques terroristas como evidência de experimentos de controle mental em andamento. Embora não haja evidências concretas para apoiar essas alegações, a controvérsia em torno do MK Ultra continua a alimentar especulações e debates.
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