Descubra o Lou Reed que desafiou os padrões do rock convencional e se aventurou por temas controversos em sua carreira. Em nosso artigo, mergulhamos em cinco álbuns essenciais desse ícone, revelando um universo musical único que vai além do flower power. Prepare-se para uma jornada sonora e lírica envolvente!
Lou Reed, um nome icônico do mundo da música, é conhecido por sua rebeldia artística e influência duradoura no rock. Enquanto o movimento flower power pregava paz e amor, Reed ousava explorar temas como travestis, sadomasoquismo, drogas e mudança de sexo, mergulhando nas profundezas da experiência humana. Este artigo destaca cinco álbuns imperdíveis que traçam a trajetória inovadora desse artista. Prepare-se para uma viagem única pelas camadas mais obscuras e revolucionárias do rock!
Revolucionando o Rock: 5 Álbuns Essenciais de Lou Reed!
A carreira de Lou Reed é um testemunho da evolução e da ousadia na música. Seja como líder do Velvet Underground ou em sua carreira solo, Reed sempre desafiou as expectativas e explorou temas profundos. Os álbuns mencionados abaixo, juntamente com as menções honrosas, oferecem uma visão abrangente da jornada musical desse ícone do rock. Ao explorar sua discografia diversificada, você descobrirá um artista que constantemente reinventou o rock e deixou um legado duradouro.
Lou Reed foi o cara que em pleno movimento flower power, com toda aquela utopia sobre paz e amor, assinava versos que compunham histórias sobre travestis, sadomasoquismo, drogas e cirurgias de mudança de sexo, mostrando que o mundo tinha uma camada mais profunda e que ia além da superficialidade do ideário hippie.
Sempre na contra-mão do que pregava a cartilha do contexto musical em que vivia, Lou Reed se mostrou um artista controverso, polêmico, vanguardista e, principalmente, influenciador, estando presente em algumas das maiores transformações dentro do cenário roqueiro. Por isso, e por muito mais, hoje indicamos cinco álbuns para mergulhar na carreira de Lou Reed, um dos mais influentes nomes da história do Rock!
Velvet Underground: “Velvet & Nico” (1967)
O famoso disco da banana briga lado a lado com “Transformer” pelo momento maior da discografia de Lou Reed. Aqui encontramos o oposto ao movimento musical paz e amor que se espalhava pela costa oeste americana. Diz lenda que a participação da modelo alemã Nico seria uma imposição de Andy Warhol, mentor financeiro do Velvet Underground e líder da pop art, sendo encarada como um chamariz para os shows da banda.
A música apresentada é vanguardista e seria base para muita coisa realizada anos depois no rock. Destaques máximos para a singela Sunday Morning (tenho a nítida sensação de ouvir uma melodia de uma abrasiva caixa de música), Femme Fatale, Venus In Furs (com inspirações sadomasoquistas), All Tomorrow’s Parties (canção forte entoada por Nico que produziria obras consideráveis anos mais tarde), Run Run Run, Waiting For The Man e Heroin (um desabafo injetado por drogas ilícitas).
Velvet Underground: “Loaded” (1970)
O disco que tem um clássico do rock como “Sweet Jane” não podia ficar de fora da lista, mesmo que “White Light / White Heat” (1968) e “The Velvet Underground” (1969), sejam discos mais sólidos, ousados e inovadores do que o convencional (para os padrões da banda) “Loaded”, o último disco relevante do influente Velvet Underground (vamos esquecer de “Squeeze” (1973), ok?) é, sem dúvidas, o de maior sucesso comercial.
Acredito que para aqueles mais afinados ao apelo vanguardista dos dois primeiros álbuns, a simplicidade de “Loaded”, uma continuação da direção seguida no anterior álbum auto-intitulado, possa dar a impressão deste ser um álbum menor, mas ouça faixas como “Rock & Roll”, “Train Round The Bend”, e “Oh! Sweet Nuthin”, além da própria “Sweet Jane” e me diga se estas faixas não são a essência da época em que o Rock era clássico?
E por isso a sua escolha se justifica, afinal, junto ao álbum citado previamente, temos um panorama quase dual do Velvet Underground de Lou Reed.
Lou Reed: “Transformer” (1972)
Um álbum que transpira maturidade. Após o primeiro álbum do Velvet Underground, seu mentor Andy Warhol perdeu interesse no grupo e eles foram obrigados a adotar uma postura mais comercial nos discos subsequentes. Acredito que esta era a obra que Lou Reed tinha em mente para o segundo álbum da banda e que só ganhou vida após anos de lapidação. Pode credenciar parte deste processo ao parceiro David Bowie, que produziu o álbum ao lado de Mick Ronson.
Aqui temos muito da virulência sonora do Velvet, com canções carregadas de emoção. Concebido após se mudar para Londres e rechear um fraco álbum com sobras da pior fase de sua ex-banda, Lou Reed atinge o primeiro escalão do rock setentista com canções como Vicious, Perfect Day (uma das melodias mais melancólicas e mais belas da música), Walk On The Wild Side (maior sucesso do álbum), Andy’s Chest e Satellite Of Love.
Um disco de beleza decadente, com lindos arranjos, guitarras marcantes e naipes de metais belamente alocados temperando uma obra atemporal ilustrada pelo mito Mick Rock, que já figura há três décadas nas paradas britânicas.
Lou Reed – “New York” (1989)
Nem tudo na discografia de Lou Reed são flores. Depois de “Berlin” (1973) existem muitas escorregadas por parte do compositor, como o péssimo Metal Machine Music de 1975, mas dentre os bons álbuns dos anos 80 se destaca este New York. Como já era de praxe, Lou Reed aborda grande parte de questões sociais e urbanas como em Halloween Parade (que fala sobre o problema da AIDS que começava a ser um pesadelo naqueles dias) e Endless Circle (que trata do abuso infantil).
O título já indica que a cidade de Nova York é o plano de fundo das letras deste magistral disco que mescla muito bem versos cantados com o costumeiro spoken word. As músicas remetem em diversos momentos às composições do Velvet Underground e são muitas as canções brilhantes desta obra mágica na carreira de Lou Reed.
Tente não se apaixonar por Romeo and Juliet, Dirty Boulevard, Last Great American Whale (que nos leva de imediato a lembrar de Sweet Jane), o blues precioso de Begining Of a Great Adventure e Sick Of You.
Lou Reed & John Cale: “Songs for Drella” (1990)
Um disco que tem “Open House”, “Trouble With Classicists” e “A Dream” já valeria estar nesta lista. Mas este é também um trabalho que reúne a dupla que criou “Velvet Underground & Nico” em quinze composições pessoais, de extrema sensibilidade, para o bem ou para o mal, que homenageiam Andy Warhol, mentor de ambos, e que havia morrido em 1987. Drella era um apelido cunhado pelo próprio Warhol como uma junção de Drácula e Cinderella.
As músicas aqui tentam capturar a essência das relações e experiências interpessoais de Warhol através de uma forma cronológica, por arranjos simples, crús e despidos, mas extremamente emocionais, quase que inteiramente sem bateria e baseados em teclados (que tem papel climático e percussivo em algumas composições) e guitarras. Uma obra de arte em forma de Rock!
Menções Honrosas
Como menções mais que honrosas temos os dois álbuns do Velvet Underground lançados entre os dois listados acima, “White Light / White Heat” (1968) e “The Velvet Underground” (1969), são discos mais do que importantes para a história do Rock!
Na carreira solo de Lou Reed, ainda são obrigatórios discos como “Berlin” (1973), “Street Hassle” (1978), “Magic and Loss” (1992) e “The Raven” (2003).
Claro, não deixe de conferir o encontro histórico com o Metallica em “Lulu” (2011), um álbum que vem sendo redescoberto e ganhando status de cult.
Conclusão
Lou Reed deixou uma marca indelével na história do rock, desafiando convenções e explorando temas controversos. Os cinco álbuns destacados neste artigo oferecem uma visão profunda de sua genialidade artística e influência duradoura. Mergulhe na carreira de Lou Reed e descubra um universo musical que vai além da superfície do rock convencional.
Leia Mais:
- Lou Reed – O Roqueiro Peregrino do Caminho Selvagem
- Lou Reed – “New York” (1989) | Você Devia Ouvir Isto
- Lou Reed & Metallica – Resenha de “Lulu” (2011)
- David Bowie: Os 5 Melhores Discos do Camaleão do Rock
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