Leia nossa análise completa do álbum “Tempest” da banda sueca Lancer! O disco chega ao Brasil pela parceria entre os selos Shinigami Records e Fireflash Records e coloca a banda de vez como ícone atual do Heavy Metal sueco. Uma tempestade de riffs poderosos e refrãos certeiros o aguarda – mergulhe nessa experiência agora!
O Heavy Metal sueco nos presenteia com o quarto álbum de estúdio do Lancer, intitulado “Tempest”. Marcando o início da parceria com a gravadora alemã Fireflash Records, este álbum traz uma renovadora mudança de direção para a banda, como destaca o novo vocalista Jack L. Stroem: “É pesado, é dramático e é uma nova direção para o Lancer.”
Gravado nos prestigiados estúdios Armageddon Recordings sob a batuta de Anders Backelin (Lord Belial), que também se encarregou da mixagem e masterização junto ao guitarrista Per-Owe Solvelius, “Tempest” se destaca não apenas por sua sonoridade envolvente, mas também por uma produção dinâmica e corajosa.
Fredrik Kelemen, guitarrista da banda, compartilha a jornada de seis anos desde o último álbum, evidenciando a atenção meticulosa dada às mudanças na formação, as influências da pandemia e o anseio por criar um retorno triunfante.
A arte de capa, uma criação de Dimitar Nikolov, é um reflexo simbólico da tempestade devastadora se aproximando do deserto que ela cria, incorporando o corvo demoníaco como uma metáfora visual. Com um histórico de capas icônicas, o Lancer mantém sua identidade única.
Antes de adentrar na nossa resenha de “Tempest“, é imperativo revisitar a trajetória do Lancer na cena metal.
Desde sua estréia em 2012 com o EP “Purple Sky”, seguido pelo álbum de estreia autointitulado em 2013, a banda estabeleceu-se como uma “nova esperança para o Power Metal europeu”, conforme declarado pela Sweden Rock Magazine.
O segundo álbum, “Second Storm”, provou ser uma lição de Metal Melódico, consolidando-os como potenciais sucessores das lendas do metal sueco.
A assinatura com a Nuclear Blast Records resultou no terceiro álbum, “Mastery”, lançado em 2017, seguido por uma turnê europeia ao lado de Hammerfall e Gloryhammer.
Mudanças na formação surgiram, mas o Lancer, com a entrada do vocalista Jack L. Stroem e do baterista Pontus Andrén, se mostra com um time estruturado e sólido de músicos.
“Tempest” é, nas palavras do guitarrista Fredrik Kelemen, “o melhor álbum que fizemos até agora”, e os fãs podem esperar uma nova e emocionante direção para a banda, mantendo a essência que os tornou uma força no metal sueco.
Abaixo segue nossa resenha completa, onde mergulhamos nessa jornada sonora pesada e imersiva de “Tempest“.
Lancer – Resenha de “Tempest” (2023), 4º disco da banda!
Após seis anos desde o último álbum, “Mastery”, a banda Lancer retorna com “Tempest“, marcando não apenas uma pausa significativa, mas mudanças na formação, incluindo o vocalista Jack L. Stroem e o baterista Pontus Andrén como novidades no time de músicos.
Notavelmente, Fredrik Kelemen é o único membro original, enquanto Emil Öberg no baixo e Per-Owe “Ewo” Solvelius na guitarra se juntaram em 2012 e 2015, respectivamente.
Obviamente, estas mudanças na formação marcaram alterações na identidade da banda. O álbum de dez músicas (com mais duas bônus na edição nacional) mantém-se fiel ao poder do metal clássico.
Mesmo assim, no âmbito geral, observa-se uma ligeira desaceleração em relação a “Mastery”, o que insere mais dramaticidade e menos vibração ao processo de composição. Existe claramente uma diminuição em relação à velocidade e poder que inicialmente atraíram os fãs e o fato de não incluirem a ave de guerra presente nas capas anteriores denota uma clara ruptura com o passado, um processo de renovação após a tempestade.
Indubtávelmente, percebemos que a força do Lancer está em sua capacidade de evoluir positivamente, refletindo essas mudanças em seu som sem perder sua identidade. A grandioloquência dramática da banda permanece intacta, canalizando valores da velha guarda do heavy metal com toques pesados e pontuais de ritmos mais acelerados, enriquecida por variações sutis nas harmonias de guitarra.
A faixa “Eye to Eye”, por exemplo, traz uma abordagem renovada para a musicalidade dos suecos. Mesmo assim, não se engane, pois a qualidade das performances dos músicos e da composição permanece fiel aos mais rígidos cânones do heavy metal.
A faixa-título, “Tempest“, destaca-se como uma balada majestosa que reflete bem esta guinada para o power metal mais cadenciado ao mesmo tempo que revela o lado mais suave da banda. A construção lenta e dramática, com linhas ricas de Stroem, solos emocionados e um teclado brilhante, formam uma das melhores composições do trabalho.
Outro momento que terá este aspecto solar e grandiloquente será “The Grand Masquerade”, faixa que encerra o repertório original, mas agora construída com mais vivacidade e dinamismo, dentro de uma estrutura melódica familiar, mas infalível, envolvendo o ouvinte . No entanto, o álbum não se resume a momentos de dramaticidade.
O power metal é entregue de forma exemplar, rica, vibrante e sólida. “Purest Power”, a faixa de abertura, oferece riffs robustos que esbarram no thrash metal, enquanto “Blind Faith”, “We Furiously Reign” e “Entity” pulsam com energia e determinação. Assim como “Fan The Flames” chega heroicamente, destacando-se pela intensidade.
Apesar das observações feitas sobre as mudanças musicais e da formação, temos, sim, um bom álbum de heavy metal à moda européia, embora eu ache que esta formação com um pouco mais de tempo e entrosamento é capaz de fazer músicas ainda melhores dentro desta nova abordagem que se propõem.
Para quem não acompanhou o trabalho do Lancer, a minha recomendação é começar pelos três primeiros álbuns antes de “Tempest” – em especial, o disco “Mastery”, lançado em 2017. Digo isso, pois creio que assim, você entenderá como fusão enérgica de speed metal e power metal é equilibrada ao longo dos discos da banda e porque este é um momento de renovação, musicalmente falando, para eles.
Em Resumo
“Tempest” marca o retorno da banda sueca Lancer, destacando-se não apenas como uma mudança ousada e empolgante para a banda, onde pendem sua balança mais para o power metal do que para o speed metal, mas também como uma afirmação poderosa de sua resiliência após seis anos.
O álbum não apenas oferece uma sonoridade envolvente, mas também uma produção dinâmica e corajosa. A capa de Dimitar Nikolov, embora diferente, mantém a identidade única do Lancer ao mesmo tempo que simbolicamente revela uma ruptura com o passado, renovando sua natureza após a tempestade.
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