Prepare-se para ser transportado de volta à era de ouro do classic rock com o álbum “Berlin” do Kadavar.
Esse disco revitaliza os sons clássicos dos anos 70 e os infunde com um toque moderno. Nesta resenha, mergulharemos profundamente na jornada sonora do álbum “Berlin”, do Kadavar, que foi relançado recentemente no Brasil pelo selo Shinigami Records em parceria com a Nuclear Blast.
No mundo da música moderna, onde os gêneros vêm e vão, uma banda de rock alemã desafiava as probabilidades e reavivava as chamas do rock clássico. O álbum “Berlin”, do Kadavar, lançado em 2015, é um testemunho do poder atemporal do rock ‘n’ roll. Este terceiro trabalho de estúdio catapulta os ouvintes para um cenário musical vibrante, inspirando-se nos anos 70 e imprimindo-o com uma produção contemporânea.
“Berlin”, do Kadavar , neste sentido, pode não ser o melhor disco da banda olhando em retrospecto, mas ainda hoje funciona como uma cápsula do tempo que nos transporta de volta aos dias dourados do rock ‘n’ roll. Numa era musical em constante mutação, o Kadavar ousa desafiar a maré, revitalizando a sonoridade clássica dos anos 70 com uma precisão notável. Este power trio, composto por Christoph “Tiger” Bartelt na bateria, Simon Bouteloup no baixo e Christoph “Lupus” Lindemann nos vocais e guitarra, demonstra sua devoção inabalável às raízes do gênero.
A qualidade do álbum é evidente desde os primeiros acordes. Bons riffs, bons vocais, um instrumental denso e pesado – tudo isso contribui para a sensação de que este “Berlin” era o grande passo discográfico que mudaria o Kadavar de patamar. No entanto, a alta intensidade da gravação pode ser avassaladora. Este não é um álbum para ouvir em um volume baixo; ele exige ser ouvido alto, para que você possa sentir o poder e a paixão que o Kadavar injetou em cada faixa.
O princípio de recriar o passado, como tocar rock dos anos 70, pode parecer, à primeira vista, uma escolha não muito interessante do ponto de vista da evolução da música. No entanto, o Kadavar aborda esse desafio com uma abordagem única. Eles não apenas reproduzem o passado, mas capturam o espírito do rock psicodélico da época, utilizando os recursos e sons modernos. Esta abordagem oferece uma experiência musical que é uma ponte entre duas eras, o que é algo verdadeiramente notável.
O que torna “Berlin” ainda mais importante na discografia do Kadavar é a qualidade das composições. Cada faixa é uma peça habilmente trabalhada de música. Os riffs são não apenas cativantes, mas também inteligentemente construídos, mostrando uma compreensão profunda dos cânones do rock. O álbum é repleto de músicas qcativantes, um testemunho da capacidade do Kadavar em criar hinos modernos do gênero.
Uma das maiores surpresas deste álbum foi a forma como ele se destacou no cenário roqueiro que era um mar de bandas de stoner rock e hard rock. Neste contexto, “Berlin” emerge como um diamante bruto. Não se trata apenas de mais um álbum de um banda de rock em busca da arca perdida do estilo; é um soco vigoroso energizado pelas guitarras, um lembrete de que o rock ‘n’ roll pode ser tão vibrante e emocionante quanto sempre foi.
Como em qualquer obra musical, “Berlin” tem seus altos e baixos. Enquanto algumas faixas se destacam, como “Last Living Dinosaur” e “The Old Man”, o álbum também enfrenta alguns momentos pouco inspirados. Partes repetitivas nas músicas “Filthy Illusion”, “Stolen Dreams” e “See the World With Your Own Eyes” podem se tornar monótonas com o tempo. Embora essas sejam músicas sólidas em sua base, a falta de variação pode torná-las menos atraentes após várias audições.
É importante salientar que este álbum mergulha na era do rock dos anos 70, mas não fica preso lá. A habilidade do Kadavar em misturar elementos do passado com nuances contemporâneas é o que dá ao álbum sua singularidade. O ouvinte é transportado para um mundo onde o passado e o presente se fundem, criando uma experiência auditiva que é simultaneamente familiar e fresca.
“Berlin”, do Kadavar é um álbum que não passa despercebido. É uma jornada musical que mistura o passado e o presente, com riffs viciantes, composições de alta qualidade e uma autenticidade que faz o rock ‘n’ roll vibrar novamente. Apesar de alguns momentos de repetição este álbum se destaca no cenário atual, lembrando-nos de que o rock ‘n’ roll tem um lugar atemporal na música. É um lembrete de que, às vezes, a melhor maneira de avançar é olhar para trás e trazer o passado para o presente, olhando para o futuro.
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