“War Against All” é o primeiro álbum do Immortal, lendária horda do black metal, apresentando apenas Demonaz como membro da banda.
“War Against All” é o décimo álbum de estúdio da banda norueguesa de black metal Immortal, lançado no Brasil em 2023, pela parceria entre os selos Shinigami Records e Nuclear Blast. Abaixo você lê nossa resenha completa deste disco.
Os 5 Melhores Discos do Immortal:
- “Sons Of Northern Darkness”
- “Blizzard Beasts”
- “Damned in Black”
- “At the Heart of Winter”
- “Pure Holocaust”
A capa de “War Against All” chama a atenção por insinuar uma continuidade do que vimos estampando o disco de 2018, “Northern Chaos God”. E se no disco de 2018, a capa monocromática e primitiva ecoava o início do black metal norueguês dos anos 1990, agora somos remetidos ao reino gélido do metal negro que o Immortal apresentou em clássicos como “Sons Of Northern Darkness”, para citar um único disco.
Ao menos estas são as minhas impressões quando me deparo com a capa sem nem ter escutado um único acorde de “War Against All”. De fato, essa impressão será confirmada, mas antes de falarmos do disco em si, quero situar o leitor sobre o que está acontecendo com o Immortal atualmente.
Quem acompanha o black metal de longa data sabe que o Immortal foi um dos principais nomes do estilo no final dos anos 1990, se não o maior deles no final daquela década. Eles foram capazes de unir os aspectos crús, viscerais e diretos dos ritmos da forma norueguesa de que era herdeira, amplificando os riffs gélidos e ríspidos por uma estética invernal e agressiva, mas sem se esquecer de inserir o senso melódico e épico para dar fôlego à sua dinâmica caustica.
Com esta fórmula musical, liderados pela dupla Demonaz e Abbath, se concentraram em expandir o conceito de seu reino gélido, batizado de Blashyrkh, o que tirava deles a carga satânica que envolvia a cena norueguesa da qual era oriunda. Porém, as coisas começaram a desandar em certo momento, após Demonaz ser diagnosticado com uma lesão no ombro, que o impediu de tocar guitarra ao vivo.
Abbath mudou do baixo para a guitarra, e a banda continuou com diferentes baixistas ao longo dos anos, lançando os seus melhores álbuns: à saber “At The Heart Of Winter”, “Damned In Black” e “Sons Of Northern Darkness”. Porém, em 2003, eles entraram num hiato que iria até 2007 nos palcos e até 2009 no estúdio (quando lançaram “All Shall Fall”). Porém, com a saída do vocalista e guitarrista Abbath, em 2015, o Immortal parecia viver em animação suspensa.
Esta situação só mudaria em 2018, quando Demonaz tomaria para si o controle da banda novamente, incluindo os vocais, e presenteando os fãs com o álbum “Northern Chaos Gods”. Com a saída de Abbath, o nome ficou para a dupla Demonaz e Horh (bateria), que apoiados por Peter Tagtgren que tocou baixo, “Northern Chaos Gods” chegou bem mais extremo e fincado nas raízes do black metal norueguês, apesar da variedade impressionante entre as composições.
Agora, em 2023, o Immortal tem apenas Demonaz como membro oficial e lança seu décimo álbum de estúdio, “War Against All”. E se o antecessor, “Northern Chaos Gods”, soava quase como a redenção de Demonaz, podendo novamente colocar sua marca num álbum do Immortal, neste novo trabalho vemos a afirmação desta marca, pois ele pôde fazê-la com muito mais força.
Faixas de destaque como “Wargod”, “Return to Cold”, “Blashyrkh My Throne” e “Norlandihr” mostram esta afirmação da identidade musical de Demonaz e seguem os passos do disco anterior, evitando qualquer digressão experimental ou desvio da jornada ensimesmada (por vezes, previsível, é fato) de agressividade e crueza da segunda onda do black metal. De forma simples, “War Against All” soa como uma mistura da proposta de álbuns como “Pure Holocaust” (1993) e “At The Heart Of Winter” (1999).
Mesmo assim, é preciso mecionar que “Norlandihr” é, facilmente, a música mais emblemática de “War Against All”, soando mais complexa e até mesmo progressiva. Palmas para Demonaz que teve a sensibilidade de mante-la instrumental. Talvez esta faixa tenha me chamado mais a atenção pelo contraste com as demais, afinal, as músicas de “War Against All” são, no geral, mas simples e diretas.
Enfim, o Immortal está mais vivo e agressivo do que nunca, compondo faixas rápidas, brutais, demoníacas e frias, mas ainda assim majestosas e com um toque de fantasia. Até por isso, “War Against All” parece consolidar uma de suas melhores fases em estúdio!
Os 5 Melhores Discos do Immortal:
- “Sons Of Northern Darkness”
- “Blizzard Beasts”
- “Damned in Black”
- “At the Heart of Winter”
- “Pure Holocaust”
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