Nesta seção queremos apresentar bandas ou artistas que merecem atenção, através de sete perguntas fixas. Hoje trazemos o guitarrista Pedro de La Rocque falando sobre sua carreira e seus projetos.
FICHA TÉCNICA
NOME DA BANDA: de La Rocque.
ESTILO: Shredwave
CIDADE/ESTADO: Rio de Janeiro / RJ
ANO DE FUNDAÇÃO: 2017
DISCOGRAFIA: : “Rio 87” (2017), “Happy Consumer Day” (2017), “Night Demon” (2017), “Accidental Villainy” (2018), “Remembering Missing Hours” (2019), “Company Policy” (2019), “Old Fashioned” (2020)
ENTREVISTA
1. Primeiramente, obrigado pela entrevista e pela atenção conosco do site Gaveta de Bagunças. Conte-nos um pouco sobre sua biografia.
Pedro de La Rocque: Eu que agradeço pelo convite gentil e pelo espaço generoso. Engraçado, esse tipo de pergunta era mais fácil quando eu era mais novo… Eu me chamo Pedro de La Rocque e sou um músico carioca de 37 anos. Comecei a tocar ainda criança e, desde a adolescência, passei por várias bandas do underground local, como Masterplan, Stormfall e RISE, dentre outras. Mais velho, passei uns poucos anos compondo chiptunes para jogos independentes — o que, eventualmente, culminou na vontade de fazer um projeto de metal instrumental com elementos eletrônicos. Depois de algum tempo experimentando nesse sentido, resolvi começar a soltar esse material e, assim, saiu meu primeiro single como de La Rocque.
2. Quais as suas principais influências? Existem alguns nomes que indicariam como principais referências para a sonoridade que vocês praticam?
Pedro: As influências com as quais brinco ou experimento são muitas e, sinceramente, mudam o tempo todo. No meu segundo single, “Happy Consumer Day”, havia elementos fortíssimos de Tim Maia, por exemplo. Mas a coisa fica mais fácil se eu me delimito às influências constantes: Satriani, Taffo, Ardanuy, Paul Gilbert, Malmsteen, Chuck Schuldiner, Iommi — ainda é um bocado de gente, dava para incluir mais um monte, mas acho que é essa a linha do que mais me toca. Agora, para indicar alguém no estilo em que atuo, acho que o melhor exemplo é o Myrone.
3. Quanto às letras, existe algum direcionamento especifico? Nesse âmbito, você possui algum posicionamento político ou ideológico?
Pedro: Por enquanto, tudo lançado como de La Rocque é instrumental — e, até onde posso prever, devo seguir assim. Gosto da liberdade de sentido e de interpretação que a música instrumental tem. Por outro lado, estou trabalhando paralelamente em dois outros projetos, um solo e outro com uma banda, que têm letras — e isso também está sendo uma boa experiência. Claro que a ausência de letras não implica falta de sentido e, mais especificamente, de posicionamento político e ideológico. Mas ocorre o seguinte: ainda garoto, abandonei a faculdade de música para me formar em filosofia. E as ferramentas que adquiri com essa formação me impedem de incorporar verdades absolutas, tudo é permeado por dúvida, em menor ou maior grau. O jogo político é, sim, importante — mas vejo esse aspecto da vida menos como palco de mudanças e mais como reflexo de camadas acima e abaixo da cebola que chamamos de realidade. Acho mais interessante prestar atenção nas relações de poder que ocorrem aqui embaixo no nosso âmbito, e nas cordas puxadas de cima. E essas reflexões, impressões e, até certo ponto, teorias permeiam meu trabalho. Mas sei também que vivemos em tempos de máximas, então, aqui está uma que acho razoável: o respeito às diferenças é a base da boa convivência e a única possibilidade de uma civilização criativa.
4. Poderia nos dizer um pouco de como funciona o processo de composição?
Pedro: Eu sempre tive a tendência de compor com base em riffs, então decidi um caminho diferente para este projeto: em geral, eu desenvolvo a estrutura no teclado e, só então, componho a guitarra. Em relação à inspiração e aos temas, algumas faixas ocorrem espontaneamente e depois ganham sentido, ao passo que outras já começam definitivamente sobre determinado assunto e assim ficam. Com o tempo, fui descobrindo combinações de sintetizadores, timbres de guitarra, arranjos e outras coisas que funcionam melhor comigo; então, depois de alguns anos soltando singles relativamente diferentes entre si, tenho agora uma fundação mais sólida em termos técnicos e estéticos que, espero, resultará em uma consistência estilística maior.
5. Qual das suas músicas ou discos você indicaria para alguém interessado em conhecer o de La Rocque?
Pedro: Certamente, o meu último single, “Old-Fashioned”. São duas faixas muito fortes, expressivas e, acredito, mais maduras. Também foi esse o primeiro lançamento com a base estilística e técnica que, como mencionei, consegui estabelecer depois de muitas tentativas e erros. Quer dizer, quem curtir esse single, vai gostar do EP que está no forno. Fora isso, eu também recomendaria a minha participação na faixa “Escape from the Witch House”, da banda norueguesa Telepath. O resto do material é legal e tem lugar no meu coração — mas, se eu pudesse escolher, seria esse o meu cartão de visita.
6. Já existem metas de longo e médio prazo para o de La Rocque?
Pedro: Bem, como mencionei, estou gravando o primeiro EP do de La Rocque. Deve sair no início de 2021. E tem também um projeto de death/thrash que estou curtindo muito desenvolver, e o Moonlight, que é uma banda de AOR que está gravando o primeiro single.
7. Para finalizar, agradeço a oportunidade da entrevista, e fique à vontade para pontuar algo que queira mencionar fora das perguntas acima.
Pedro: Quero agradecer à equipe e ao público do Gaveta de Bagunças — é muito importante que haja veículos assim. Também gostaria de convidar todos os interessados a acompanharem o diário de produção que mantenho no Instagram (@de_la_rocque).
CONTATO
Página oficial / Loja / Contato – https://delarocque.bandcamp.com
Instagram – https://www.instagram.com/de_la_rocque
Facebook – https://www.facebook.com/delarocqueguitar
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