Anette Olzon foi mais uma vítima da surdez provocada pelo fanatismo gerado por uma banda ou artista.
Tendo a dificílima missão de substituir Tarja Turunen no Nightwish, muitos só viam comparações entre as duas vocalistas de naturezas distintas, mas não enxergavam que com Olzon a banda conseguiu ser mais versátil, fazendo de “Dark Passion Play” (2007) e, principalmente, “Imaginaerum” (2011), os dois pontos máximos da discografia da banda até aquele momento em vários quesitos.
Principalmente no que tangia a ousadia e excelência musical, afinal, com a versatilidade da voz de Anette Olzon o compositor Tuomas Holopainen teve mais elasticidade para desenvolver suas ideias.
O resultado foi musicalmente grandioso, mas as coisas não se acertaram para Anette que deixou a banda em 2012.
Seu retorno veio com o ótimo projeto The Dark Element, ao lado do músico finlandês Jani Liimatainen (ex-Sonata Arctica, Cain’s Offering), numa aposta da gravadora italiana Frontiers.
Com a bagagem de ambos e o know how da gravadora ficava a ansiedade pelo que poderiam produzir juntos e o resultado daquele primeiro e auto-intitulado trabalho foi satisfatório.
Não traziam nada de novo, mas era uma justa e honesta recolocação de Anette Olzon como destaque dentro do cenário rock/metal.
Agora, somos expostos a uma segundo dose do que a dupla tem a nos oferecer neste “Songs the Night Sings”, novo trabalho trazendo onze novas explorações do symphonic/melodic metal.
De cara, podemos dizer que este segundo passo discográfico traz mais de Jani Liimatainen, no contexto geral, do que ouvimos em “The Dark Element” (2017).
Digo isso pois o requinte orquestrado tirou aquela fumaça gótica de antes e os teclados abriram um pouco mais de espaço paras as guitarras. Trazem resquícios da tônica gothic metal, mas já olham para outros elementos e outras abordagens com mais atenção.
É fato que ainda soam como uma fusão do o apelo pop/metal do Amaranthe com a sonoridade que o Nightwish praticava nos tempos em que Olzon estava por lá, mas há coisas diferentes por aqui.
Por exemplo a ótima “When It All Comes Down” com peso moderno, sombrio, de afinação mais baixa e uma bem administrada melancolia nas melodias, se tornando, de saída, o grande destaque do disco, ao lado de “The Pallbearer Walks Alone”, essa pelos riffs robustos e a alta intensidade, “You Will Learn” e da belíssima “I Have to Go”, de longe a melhor música do projeto até agora, dona de um bom gosto assombroso!
No geral as músicas ainda possuem uma clara geometria delineada para que a voz de Olzon brilhe incessantemente, sendo um ponto fraco do repertório, pois deixa tudo pouco espontâneo.
Mas isso não será um problema se você gosta dos arranjos variados, dos climas bem criados, do apelo épico e dos vocais dramáticos. E por mais que as composições orbitem com os mesmos elementos, suas linhas dinâmicas, vibrantes e versáteis mantem o interesse do ouvinte.
Duas ou três faixas aqui podiam facilmente passar por faixas perdidas de “Dark Passion Play” (2007) ou “Imaginaerum” (2011) – como “Not Your Monster” (com refrão grudento e irresistível) e “Songs the Night Sings” (com movimentos musicais inspirados).
Já “Silence Between the Words” traz um pareamento com o hard/melodic sueco atual, encarnada de espírito radiofônico oitentista, bom refrão e linhas vocais construídas para aquele uníssono irresistível nos shows, enquanto , “Pills on My Pillow” e “Get Out of My Head” se refestelam na sonoridade pop.
E é justamente em momentos como esse e nas baladas “The Whatever End” (com uma das melhores linhas vocais do disco) e “If I Had a Heart” onde fica evidente o poder de cativar que a voz de Anette possui.
Instrumentalmente, temos um álbum acessível, que pode incomodar alguns ouvidos pela pegada eletrônica de alguns momentos, mas ainda assim extremamente técnico e variado no que tange aos andamentos e passagens trabalhadas, que aparecem entrelaçadas aos refrãos grudentos.
E nesse quesito, Jani Liimatainen se destaca, principalmente nos solos bem construídos e diferenciados, valorizando cada um dos momentos de protagonismo com brilhantismo, seja nas guitarras ou nos teclados.
Em suma, “Songs the Night Sings” não traz nada de novo, mas é competente e interessante de se ouvir pela produção brilhante e orgânica. Além de ser bem melhor que o primeiro disco!
FAIXAS:
1. Not Your Monster
2. Songs the Night Sings
3. When It All Comes Down
4. Silence Between the Words
5. Pills on My Pillow
6. To Whatever End
7. The Pallbearer Walks Alone
8. Get Out of My Head
9. If I Had a Heart
10. You Will Learn
11. I Have to Go
FOEMAÇÃO
Jani Liimatainen (guitarra, teclados. backing vocals)
Anette Olzon (vocais)
Jonas Kuhlberg (baixo)
Rolf Pilve (bateria)
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