“Crônica de Uma Morte Anunciada” é um romance de 1981, de Gabriel Garcia Márquez, Gabo para os amigos,escritor, jornalista, editor, ativista e político colombiano, laureado com o Nobel da Literatura de 1982 pelo conjunto de sua obra.
Hoje, nossa colaboradora Laira Arvelos nos apresenta uma resenha deste clássico da literatura.
“Em que e em quem acreditar?
Como descartar a parcialidade das versões
e ‘o espelho quebrado da memória’? ”
Gosto muito de romances policiais, livros de mistérios ou com fatos surpreendes.
Neste sentido “Crônica de uma morte anunciada” me atraiu ‘à primeira vista’ pelo título instigante, a bela capa e por ser escrito por um dos mais fantásticos escritores da língua castelhana; Gabriel Garcia Márquez.
Gabo, para os amigos, nasceu em Aracataca, no dia 06 de março de 1928, foi escritor, jornalista, editor, ativista e político colombiano.
Considerado um dos autores mais importantes do século XX, foi um dos escritores mais admirados e isso se refletiu nos mais de 40 milhões de livros vendidos em 36 idiomas.
Recebeu nada menos que o Prêmio Internacional Neustadt de Literatura (Neustadt International Prize for Literature) em1972, e o Nobel da Literatura de 1982 pelo conjunto de sua obra.
O desconcertante chega logo na primeira linha do romance: Santiago Nassar irá morrer. Acabou-se a primeira surpresa.
Quem seriam seus algozes?
E porque o matariam?
Não demora muito e este ’segredo’ também é revelado.
Pensamos, pois, o que acontecerá agora se já sei o desfecho do livro, aí entra então o brilhantismo de se contar uma boa história.
A trama compreende uma narrativa jornalística envolvente, onde uma teia de fatos excitantes se constrói acompanhando o último dia de vida de Santiago Nassar.
O narrador personagem, anos após do ocorrido, resolve averiguar e esclarecer a morte de Santiago, e através de entrevistas ele nos ambienta na pequena vila do ocorrido e nos apresenta personagens através de suas falas e informações, personagens misteriosos, fantasiosos e melancólicos.
A história vai sendo arquitetada como um quebra cabeça, em alguns momentos a leitura te traz a sensação de estar assistindo um documentário, onde a cada fala, figuras e locais são construídos em sua cabeça.
Apesar de ser anunciado com uma crônica, o enredo é uma mescla de gêneros pois Márquez pincela lirismo em várias partes da obra.
O incomum é que muitos sabiam que Santiago corria perigo, mas não fizeram nada para o ajudar ou evitar que algo acontecesse, o que nos leva a pensar: Como podemos estar tão absortos em nossos mundos e deixar de oferecer socorro e como são frágeis as relações de vida, moral, vingança e morte? Quem assiste uma injustiça acontecer sem interferir não seria também culpado?
Alguns dos relatos se parecem fantasiosos e contraditórios o que reforça ainda mais a impressão de que há mais mistério ou culpa na morte de Nassar.
Um livro que apesar de falar sobre um cruel assassinato, não tem como foco principal a tragédia e morbidez e sim uma história simples e leve.
Um livro para ler em um só fôlego, uma reconstrução jornalística literária que conquista pelo incerto; Santiago seria realmente culpado? Vingança e Justiça são sinônimas?
Uma narrativa envolvente, para ser devorada com avidez e boa pedida para levar o leitor a conhecer mais a obra deste grande homem.
Salve Gabito!
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Do autor eu só li ”Cem Anos de Solidão”,gostei muito.