A verdade é que a maioria do country moderno soa igualmente afetado, sendo Chris Stapleton um dos pontos fora da curva, com seu sensacional Traveller, álbum lançado em 2015, que transita pelo country à moda antiga, country rock e southern rock e inaugura sua carreira solo.
Sua voz firme e melodiosa na medida certa, com alguns cacoetes naturais a cantores de blues, se mostra precisa para o estilo que investe, forjando canções com arranjos belíssimos estruturados em pilares country/folk e baladas carregadas de melancolia interiorana.
Apesar de seu nome não ser tao alardeado ao grande público, sua história como compositor fala por si quando tomamos conhecimento das mais de cem canções de sua autoria que aparecem em álbuns de nomes como Adele, Tim McGraw e Brad Paisley, bem como suas parcerias com Sheryl Crow e Peter Frampton.
Além disso, sua posição como frontman do The Steeldrivers credenciou-o como um dos grandes nomes da nova geração da música country, ainda se aventurando dentro do southern rock com a banda The Jompson Brothers.
Traveller abre os trabalhos de sua carreira solo, executando uma alquimia entre todas estas influências e abordagens de sua carreira.
A faixa-título abre o álbum com um country/folk cheio de slides e harmônias com cheiro de mato molhado. Se “Desire” (1976), álbum de Bob Dylan, fosse lançado hoje, soaria como nesta canção.
“Tennesse Whyskey” talvez a mais brilhante faixa do álbum, vestida de soul/blues e adornada com tonalidades country e uma interpretação inspiradíssima, que remete a certos momentos do álbum Undiscovered Soul (1998), de Richie Sambora.
As baladas country são fartas e bem compostas, como em “More of You” (mais tradicional e rancheira), “Fire Away” e “Daddy Doesn’t Pray”, enquanto “Whyskey and You” se mostra intimista e confessional.
Em contrapartida, as baladas estradeiras são brilhantes como podemos conferir em “Was It 26” e “Outlaw State of Mind”, que remetem à trilha sonora da série Sons Of Anarchy.
Ainda destacáveis são as canções “Parachute” e “Might As Well Get Stand”, exibindo harmonias inteligentes dentro da variação country/blues/southern/rock.
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