“Se tivesse técnica musical para tocar jazz e blues, gostaria de ter sido um Chet Baker.” Essa frase foi dita por ninguém menos que Roger Waters, um dos mais importantes nomes da música no Século XX.
Antes de entender quem foi Chet Baker, vamos tentar definir o jazz.
A definição do que seria o jazz é um tópico que assombra os historiadores musicais.
Para Augusto Pellegrini só existe um meio de se compreender o que vem a ser estilo musical tão popular em décadas passadas: simplesmente ouvir jazz.
Não se sabe o que é jazz, sente-se o que é jazz.
Com um trompete nas mãos intercalado à sua inconfundível voz, Armstrong mostrava que o estilo considerado como a música clássica moderna nada mais era do que uma mostra da pura emoção humana.
E de emoção humana poucos conheciam tanto quanto Chet Baker.
Trompetista e cantor, assim como Louis, Chet Baker conseguiu construir uma carreira tão brilhante que nem seu vício em heroína conseguiu destruir sua reputação.
Já em sua juventude era apontado como um dos únicos com potencial para tomar o trono de Miles Davis e, além de toda a habilidade musical que era própria de Chet Baker, ainda era dono de uma beleza que rivalizava com James Dean pelo título de sex symbol dos anos 50.
Chet Baker pode não ser um dos precursores do jazz que aceleraram o ragtime unido à blue note tradicional do blues do Mississípi, e nem um dos primeiros a espalhar por Nova Orleans as notas do novo estilo, mas foi um dos poucos que moldaram o jazz em seu sub-estilo áureo: o cool jazz.
Certamente, era um músico nato, capaz de tocar uma canção inteira sem partitura, apenas pedia o tom inicial da música e improvisava; e podia tocar uma nova canção de ouvido apenas escutando-a uma única vez.
Hoje, vamos conhecer um pouco da história de um dos maiores nomes da música.
Senhoras e senhores, com vocês… O jazz poético de Chet Baker!
O JOVEM CHET BAKER.
Chet Baker nasceu quando o jazz engatinhava para se tornar um dos símbolos da nação norte-americana que experimentava uma das maiores crises econômicas de sua história.
Chesney Henry Baker, nasceu no dia 23 de dezembro de 1929, em Yale, no estado americano de Oklahoma.
Influenciado por seu pai, um guitarrista de country music, Chester se envolveu com a música, e aos 11 anos, após uma mudança para o subúrbio de Los Angeles, começou sua carreira musical tocando acordeon, cantando e fazendo parte do coral da igreja.
Aos 13 anos, seu pai presenteia-lhe com um trompete, instrumento seria seu companheiro até o fim da vida.
Nesta época, ainda não imaginava que iria se tornar um dos trompetistas que dominariam a cena jazz a partir dos anos 50, com um sopro delicado e sensível, mas desde o primeiro momento com o instrumento, o talento era visível.
Dominou rapidamente o modo de soprar no trompete, e desenvolvia sua habilidade mais rápido do que assimilava a teoria musical.
Talvez este tenha sido o fator decisivo para que Chet Baker preferisse “tocar de ouvido”, um hábito que o acompanhou durante toda a sua carreira.
O PERÍODO NAS FORÇAS ARMADAS
Aos dezesseis anos, foi integrar o exército sendo destacado para a Alemanha.
Esta estada no 298° Exército aprimorou sua musicalidade e seu senso de como tocar em grupo, mas também apresentou a Chet o jazz.
O governo americano enviava discos de grandes nomes do jazz para entreter as tropas e dentre todos os nomes que estampavam as capas do vinis, o de Henry James foi o que chamou mais a atenção do jovem Chet Baker.
O sopro aveludado de James deu ao futuro músico de jazz os moldes do som que ele queria para o seu trompete.
Em 1948, foi dispensado do exército e decidiu que era hora de estudar a teoria musical e foi para o El Camino College, em Los Angeles.
No início da nova década já era um trompetista de nível adulto e acompanhava a cena jazz de São Francisco, participando anonimamente de algumas jam sessions com músicos que formariam a cena west coast futuramente.
Por causa de seus primeiros problemas com as drogas, teve a chance de escolher o tipo de pena que cumpriria: cadeia ou exército!
Se reintegrou ao exército no fim de 1950, tocando na banda Presidio Army Band por um ano até que abandonou a carreira de músico militar, e em março de 1952 realizou uma de suas primeiras gravações extraída de uma jam session, no Trade Winds Club.
Neste seu segundo alistamento, pôde tocar anonimamente com Dave Brubeck no clube Blackhawke.
Em seguida, tocou com Vido Musso e Stan Getz até que foi escolhido em um teste.
E aqui começa a carreira brilhante de Chet Baker…
BIRD ON THE COAST.
Bird On The Coast é o registro de um show de Charlie Parker (apelidado de Bird) na Califórnia, numa de suas turnês.
A novidade para este lançamento era a presença de um trompetista novato de apenas 22 anos, chamado Chet Baker.
O que para Charlie Parker era apenas mais um lançamento, que registrava mais uma de suas grandes turnês, para Chet Baker, esta turnê representava a sua efetiva entrada no hall dos profissionais de alto nível do jazz.
Quando foi para Los Angeles em 1951, Parker já tinha ouvido falar de Chet Baker e queria apenas ouvi-lo para ter a certeza de que ele seria seu trompetista nesta nova turnê.
Na audição em uma casa de jazz escura, onde somente o palco era pouco iluminado, Chet chegou atrasado, e assim que deram conta de sua chegada Parker veio ao microfone e perguntou: Chet Baker, Chet Baker está entre vocês?
Após subir ao palco e mostrar toda a sua competência com seu instrumento musical, Parker voltou ao microfone e dispensou todos os outros trompetistas.
A reunião de um nome já consagrado do jazz com uma futura estrela do estilo deu muito certo e a turnê foi um sucesso.
Quando a turnê terminou, e Charlie Parker voltou a Nova York, disse a Miles Davies e Dizzy Gillespie: “Tem um trompetista branco lá na costa oeste que vai jantar vocês.”
O WEST COAST JAZZ.
Desde os anos 40, o jazz vinha se intelectualizando e seus ouvintes.
Apreciadores de uma música um pouco mais intimista, onde se prestava atenção na interpretação e na emoção que o músico queria passar com aquelas melodias, esse ouvintes d nova geração queriam esfriar cada vez mais o jazz.
Nesse sentido, o cool jazz nasceu como uma resposta erudita ao Bebop, trazendo a mesma estrutura, mas numa abordagem era mais complexa e sem o virtuosismo dos solistas de outrora.
Irmão siamês do Cool Jazz, o West Coast Jazz, vinha com o contraponto ao que se fazia na costa leste, apresentado um Bebop mais comportado e trabalhado, com mais formalidade e academicismos, mas se valendo das dissonâncias do Cool.
Mesmo como um braço do Cool Jazz, muitos consideram o West Coast como um estilo independente.
CHET BAKER E GERRY MULLIGAN
Dentro deste efervescente mundo musical da costa oeste americana estava Chet Baker, que em 1952, após findada sua turnê com Charlie Paker, montou, junto a Gerry Mulligan, um quarteto sem piano, o que era chamado de pianoless jazz.
A importância dessa inovação é grande pelo fato de ser o piano o instrumento que geralmente conduz a harmonia das canções.
O conjunto, denominado Gerry Mulligan Quartet, gravou canções que se tornariam pilares do west coast jazz como “Lyne For Lyons”, “My Funny Valentine”, “Walking Shoes” e “The Lady is a Tramp”.
A ideia do quarteto sem piano pegou rápido e os dois, Chet e Gerry, ganharam proeminência nacional em pouco tempo.
Entretanto, o grupo se desentendia frequentemente por conta de salários e , em 1953, Mulligan se afastou do conjunto por motivos diversos – seu envolvimento com drogas era o maior deles.
O caminho de Chet Baker e Gerry Mulligan só viriam a se cruzar novamente mais duas vezes.
Nas sessões de Nova York no fim da década de 50, e em 24 de novembro de 1972, no famoso Carnegie Hall Concert, que virou um dos grandes álbuns de jazz da história.
A PARCERIA HISTÓRICA COM RUSS FREEMAN
Após Mulligan se afastar do conjunto, Chet Baker tomou pra si a liderança e rearranjou o quarteto adicionando ao time um de seus mais notórios parceiros durante toda a sua carreira, o pianista Russ Freeman.
O quarteto com Russ Freeman inicia uma nova era na carreira de Chet Baker.
O novo quarteto é considerado um dos melhores montados pelo trompetista e também um dos mais prolíficos.
Lançaram inúmeros álbuns no decorrer da história.
Dentre tantos, podemos destacar “Chet Baker Quartet Featuring Russ Freeman” de 1953, o fantástico disco “Chet Baker and Strings” (1953), que conta com a participação de Zoot Sims, e o clássico disco vocal de Chet Baker, “Chet Baker Sings”, de 1953, todos essenciais para compreender seu legado.
Os grandes lançamentos de 1953 fizeram com que o quarteto viajasse por todo território americano, em turnê durante o ano seguinte com shows que eram sucesso de público e crítica.
Ainda em 1954, ganhou os prêmios de melhor trompetista de Jazz pelas revistas Down Beat e Metronome. Esses acontecimentos foram o pontapé inicial para que Hollywood olhasse para Baker.
Sendo assim, atuou em seu primeiro filme, Hell’s Horizon, que foi lançado em 1955. Mas rejeitou uma oferta de um contrato com um estúdio cinematográfico, preferindo se dedicar à vida de músico e às turnês.
O trompetista queria conquistar mais do que a América…
CHET BAKER EM NOVA YORK
O ano de 1955 foi o início da conquista da Europa por parte de Chet Baker. A partir daqui as viagens EUA-Europa, Europa-EUA, seriam constantes na carreira do músico.
No mesmo ano montou um novo quarteto, desta vez com o intuito de embarcar em uma turnê na Europa.
Mas logo no início da excursão, seu pianista morre por vítima de uma overdose de heroína em um hotel em Paris, e, devido a estas circunstâncias, Chet Baker recrutou diversos pianistas locais para as apresentações da turnê que durou oito meses.
Depois de retornar de sua primeira turnê européia, Chet Baker seguiu em direção à quente cena jazz nova-iorquina, o território de Miles Davis.
Inclusive, Chet viria a gravar algumas de suas sessions com Paul Chambers e Philly Joe Jones, a cozinha que por muito tempo acompanhou Miles Davis, tendo a dupla, inclusive, gravado o clássico “Kind Of Blue”.
Destas sessões em Nova York tivemos lançamentos históricos. O trompetista apresentava uma nova fase em sua carreira, com parcerias concretizadas com Art Pepper e Russ Freeman.
As sessões com Pepper eram de domínio do estilo Cool Bop, onde podemos destacar os lançamentos “Picture Of Health” e “Playboys” de 1956.
Nesta fase influenciada pelos ares da maior metrópole do mundo, Chet ainda realizou duas reuniões.
A primeira foi com Russ Freeman, cujo encontro resultou no exímio álbum Quartet (1956), um disco que marca a última parceria do pianista com o trompetista.
O outro reencontro, em 1957, foi com Gerry Mulligan, que resultou em mais dois álbuns no mesmo ano.
Chet Baker produzia álbuns em profusão e a cena jazz em que estava promovia grandes sessões.
Em 1958, lançou um novo disco com Stan Getz, um dos maiores saxofonistas da história do jazz.
Esta belíssima fase da carreira de Baker foi coroada com o disco Chet Baker In New York.
Neste disco temos Chet Baker atacando numa sessão de bebop tradicional da costa leste, que contou com músicos tradicionais da cena como Johnny Griffin.
Com este lançamento, Baker provou ser tão bom na costa leste como na costa oeste americana.
O FIM DA FASE DE OURO DE CHET BAKER
Em 1959, embarcou sem seu grupo rumo à Itália onde tocou e gravou com músicos locais. Desta fase podemos destacar os lançamentos Chet Baker in Milan e Chet Baker with Fifty Italian Strings, ambos de 1959.
Podemos dizer que com o fim dos anos 1950 termina não só a fase de ouro de Chet Baker, mas também a do jazz tradicional.
Com o advento do rock n’ roll, os ídolos de agora eram outros e o público queria algo diferente do jazz. Os próprios jazzistas queriam experimentar novos ares musicais e, com isto, muitos dos grandes nomes do estilo que não queriam se misturar com a modernidade, migraram para a Europa, assim como alguns dos grandes nomes do blues o fizeram.
Para Chet Baker, a mudança foi ainda mais significativa, pois com o início dos anos 60, seu vício em drogas começou a lhe criar problemas sérios.
UM JUNKIE NO JAZZ
Claro, Chet Baker não foi o primeiro jazzista a se envolver com drogas e nem mesmo será o último.
Ele já havia visto o ex-companheiro Gerry Mulligan dar um tempo na carreira por causa do vício, e nem a experiência com a morte do pianista em Paris deu um impulsou para que Chet abandonasse as drogas.
Experimentou a maconha em 1949 e no mesmo ao foi apresentado à heroína pelo baixista Bob Whitlock. Mas devido a uma primeira experiência ruim, evitou seu uso por um logo tempo.
Em 1950 foi preso pela primeira vez por porte de drogas, e quando voltou aos EUA, começou a consumir drogas pesadas por volta de 1956.
Com isso, se envolveu em diversos problemas tendo sido internado no Hospital de Lexington, e preso em Riker’s Island por porte ilegal de drogas.
Quando voltou à Itália em 1959, em busca de novos ares, foi preso novamente por porte de drogas, e o vício em heroína o escravizava de maneira visível, transformando sua vida numa sucessão de prisões e hospitalizações, além de repercutir seu nome de maneira negativa pela imprensa mundo afora.
Com o decorrer dos anos 60 sua carreira foi declinando, com contratos não sendo cumpridos, e até mesmo a qualidade de suas apresentações estavam seriamente prejudicadas.
Em 1964, foi deportado da Alemanha para os EUA, viagem na qual seu trompete foi roubado.
No ano de 1968 acontece o pior episódio de sua carreira. Na cidade de São Francisco, Chet se envolveu em uma confusão com traficantes. Cinco homens lhe fizeram uma emboscada quebrando quase todos os seus dentes.
Bem, diz a lenda que não se pode tocar trompete usando dentadura. Chet tinha em sua frente um desafio. Ficou os próximos dois anos reaprendendo a dominar seu instrumento. Conseguiu tocar novamente, apesar disso lhe causar dores terríveis por causa da pressão do bocal.
A sua volta ao mundo do Jazz se deu por volta de 1974, num concerto no Carnegie Hall junto à Gerry Mulligan, e diversos outros grandes músicos do gabarito de Ron Carter e Bob James, gravando, ainda em 1974, o álbum Once Upon a Summertime.
Voltou a morar na Europa em 1975, pois o mercado americano não estava favorável ao jazz. Como o público europeu estava mais receptivo com os músicos de jazz, Chet conseguiu marcar um grande número de datas, bem como gravações e também aumentou o consumo de drogas.
OS ÚLTIMOS ANOS DE CHET BAKER NA EUROPA
Em sua nova fase européia, fixou casa em Amsterdã, onde encontrava facilidade para alimentar seu vício.
Toda essa sua biografia o transformou em um mito e onde quer que se apresentasse o local estava sempre lotado. A platéia era diversa, formada por músicos novatos e já consagrados, ou por simples aficionados pelo jazz.
De 1985 a 1988 tocou com um grupo fixo que foi responsável por acompanhá-lo em seus shows e nas suas diversas gravações, das quais se destaca o álbum As Time Goes By, de 1986.
Nessa época, grandes nomes do rock europeu se interessaram pela música de Chet Baker. Os mais notáveis foram Elvis Costello e Van Morrisson.
Houve ainda uma parceria de sucesso com Stan Getz, que só terminou pelo ciúme dos aplausos mais calorosos que os solos de Chet arrancavam.
É importante dizer que neste período ele foi vítima de empresários inescrupulosos, que gravavam o show sem sua autorização, visando apenas o lucro com a reputação que o trompetista ainda tinha com seu fiel público europeu.
Porém, existem gravações realizadas naqueles anos que são notáveis, como as sessões para o selo alemão Enja, os trabalhos de estúdio, e o concerto mágico, em abril de 1988, com a Orquestra Sinfônica NDR de Hamburgo, que seria a última gravação de Chet.
O álbum “My Favorite Songs: The Last Great Concert”,inclui muitos standards como My Funny Valentine, All Blues, Summertime e I Fall In Love Too Easily que fazem um belo apanhado do que foi a sua carreira.
Acompanhado de cordas, o som de Chet soa muitas vezes cansado, mas a beleza de sua música sobrepõe aos defeitos da idade e das dores causadas pela dentadura.
Existe uma segunda parte deste álbum que também é fortemente indicada. Na verdade este não é o último concerto de Chet Baker, mas sua última gravação originalmente reconhecida.
QUINTA-FEIRA, 12 DE MAIO DE 1988, AMSTERDÃ. MORRE CHET BAKER
A morte de grandes nomes da música quase sempre é cercada de mistérios. Afinal de contas, até hoje existem fãs que acreditam que Elvis não morreu, ou que Jim Morrison virou um agente do FBI após forjar a sua morte.
Bom, nunca ouvi menção de que Chet Baker não tivesse morrido. Mas seu passamento para o outro plano é recheado de dúvidas. Teria ele se suicidado, ou apenas estava tão drogado que nem se viu caindo da janela do hotel de Amsterdã?
Pior, teria sido assassinado por traficantes por não pagar dívidas ou para ser roubado? Afinal, suas turnês pela Europa no fim dos anos 80 rendiam um bom lucro e é histórico o fato de Chet não gostar de bancos, sempre andando com dinheiro vivo
No fim da tarde do dia 12 de maio de 1988, Chet Baker desembarcou do trem em Amsterdã. Ficou o dia todo em Roterdã, mas de noite teria um show com Archie Shepp. Antes, porém, necessita de um hotel e mais ainda de alimentar seu vício.
Tenta os hotéis de costume, mas estão todos lotados, menos o Prins Hendrik, que tem um quarto disponível no segundo andar. Após se acostumar ao novo ar da capital holandesa e seu corpo absorver a mistura de cocaína e heroína, só espera a hora de ir realizar seu show.
Não havia avisado seu empresário em qual hotel estava. O que se tem conhecimento é que Chet caiu da sacada do quarto em que se hospedou sem deixar evidências da causa de sua queda.
Morreu na madrugada de 13 de maio de 1988, com 58 anos e então se tornou uma lenda do jazz.
Sua maneira de tocar influenciou muitos músicos, criou subgêneros e sua maneira de viver ao estilo sexo, drogas e jazz é anterior à trindade formada pelo rock n’ roll.
DISCOGRAFIA INDICADA DE CHET BAKER
Chet Baker foi um dos músicos de jazz que mais lançaram material durante sua carreira.
Desde o quarteto com Gerry Mulligan, passando pela banda com Russ Freeman, as fantásticas sessões em Nova York, os discos vocais e os fantásticos discos com arranjos de cordas, existe uma extensa discografia onde é impossível catalogar e até mesmo ouvir tudo.
Chet Baker gravou tanto que provavelmente nunca irão descobrir tudo.
Mas escrevemos uma pequena seleção comentada da obra deste grande músico que tive a alegria de ouvir, quando indicamos cinco discos pra conhecer Chet Baker.
Para quem prefere coletâneas, existe uma compilação francesa chamada Le Poet Du Jazz que traz um apanhado considerável da carreira do trompetista, sendo a mais completa e melhor coletânea de Baker, aos meus ouvidos.
Nesta seleção podemos encontrar grandes canções como Let’s Get Lost (minha preferida) e o grande hit da carreira de Chet Bake, My Funny Valentine.
PARA CONHECER UM POUCO MAIS
Existem diversos lançamentos em vídeo com performances de Chet Baker, dos quais indico dois.
O primeiro é o DVD Chet Baker In Italy – 1961-1976-1988. Neste apanhado de vídeos, temos três fases distintas da carreira de Baker.
O segundo e mais emocional lançamento é o DVD Live At Ronnie Scott’s. Nesta apresentação no bar londrino, Chet Baker conta com a participação de Van Morrisson e Elvis Costello.
O que torna este vídeo tão interessante é a entrevista concedida a Costello que entremeia os pedaços do show, onde Chet conta algumas partes marcantes de sua vida.
Existe ainda, um documentário chamado Let’s Get Losted, que conta a trajetória de Baker.
Na literatura tenho duas indicações finais.
A autobiografia Memórias Perdidas é formada por excertos de diários que Chet Baker mantinha, e o romance “No Rastro de Chet Baker” traz uma interessante versão para a morte do ícono do Jazz.
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Alto nível o texto,adoro ouvir Chet Baker.
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