“Shake The World” é o primeiro álbum da banda americana de Hard Rock Black Swan, um supergrupo com músicos que passaram por MSG, Mr. Big, Dokken, Whitesnake e Winger. O disco foi lançado em 2020, pela gravadora italiana Frontiers e no Brasil chegou em um exclusivo formato slipcase pelo selo Hellion Records.
A empolgação para o que ouviremos em “Shake the World”, primeiro álbum do Black Swan, começa já na escalação dos nomes envolvidos: Robin MccAuley no vocais, Jeff Pilson no baixo, Reb Beach n na guitarra e Mike Star na bateria.
Ou seja, “Shake the World” é fruto de um supergrupo do hard/melodic rock, afinal estes músicos estão ligados a nomes canônicos do gênero como MSG, Mr. Big, Foreigner, Dokken, Whitesnake e Winger.
Além da natural influência que os músicos trazem de suas bandas anteriores, podemos enumerar elementos de Queen, Scorpions e Rainbow num conjunto de canções que abusam inteligentemente dos clichês do hard/melodic rock, desde a abertura explosiva com “Shake The World”, a música dá nome ao trabalho
Claramente, o Black Swan esbanja experiência e não está interessado em reinventar o heavy/hard rock, exercitando fielmente seus cânones. Uma consequência direta deste fato é que em diversos momentos geram andamentos mais genéricos como em “Immortal Souls” e “Divided/United”. Mas, no geral, “Shake The World” é “jogo ganho”!
Através de uma produção orgânica e moderna, os quatro músicos oferecem exatamente aquilo que todo fã do estilo deseja, oscilando entre peças melódicas (como “Johnny Came Marching”) e o hard rock mais inflamado (como de “The Rock That Rolled Away”), com sabor oitentista, andamentos empolgantes e refrãos pegajosos, um atrás do outro, porém sem o cheio do mofo do saudosismo (algo bem definido em “Long Road To Nowhere”, que atualiza a proposta oitentista do Dokken).
Não fico temeroso em dizer que “Shake The World” é um excelente álbum de rock n’ roll, tamanha é a vibração despojada e envolvente, mas não desleixada, do disco, onde o esmero, energia e variabilidade dos arranjos fornecem dinamismo e oxigenam esta vibe roqueira.
Temos arranjos cheios de melodias, guitarras classudas, backing vocals inteligentes e o firme alicerce da cozinha, construindo uma sonoridade com destaque aos vocais de McAuley, que não economiza nos tons mais altos e traça linhas tão instigantes quanto cativantes.
Esta fórmula funciona muito bem em grande parte do álbum, como em “Big Disaster” (com ganchos melódicos irresistíveis, principalmente no refrão), “Make It Three” (aquela balada hard rock bem feita), “She’s On To Us”(hardão baseado em riff certeiro e refrão melódico), “Sacred Place” (aquele hard rock melódico de manual) e a diferenciada “Unless We Change”, além da já citada faixa-título.
Claro que essas músicas também mostram como Reb Beach é um guitarrista incrível e Jeff Pilson consegue imprimir o peso do seu baixo destacável onde quer que esteja.
Em suma, “Shake The World” é um disco extremamente sólido, que irá agradar quem curte a pegada oitentista, mas não abre mão da qualidade sonora atrelada à produção moderna.
Até por isso, não seria exagero dizer que o Black Swan soa tão nostálgico quanto renovado.
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