Prepare-se para mergulhar no mundo musical único de Beatallica, a banda tributo que une o icônico som dos Beatles com a força do Metallica. Esta fusão musical surpreendente cativará seus ouvidos e desafiará as fronteiras do rock. Descubra como essa banda revolucionária conquistou o coração de fãs de ambas as lendas do rock.
Nos anos 60, os Beatles declararam “O sonho acabou”, marcando o fim de uma era. Enquanto o mundo lamentava, surgiu uma banda que abalou o universo do rock: o Metallica. No entanto, até mesmo os deuses do metal têm altos e baixos. A era pós-“Black Album” deixou muitos fãs descontentes. Mas e se houvesse uma maneira de combinar a genialidade dos Beatles e a ferocidade do Metallica? Bem, essa resposta veio na forma de Beatallica, uma banda tributo extraordinária que mistura os dois mundos musicais de maneira épica.
Descubra a Banda que Fundiu Beatles e Metallica em Uma Só!
Nos crepúsculo da década de 60 uma frase dominava o mundo da música. “O sonho acabou” se tornaria a epígrafe da maior banda que a música pop produziu. O fim dos Beatles iniciou a vida de inúmeros órfãos, que não se contentava com a boas canções que seus integrantes lançavam em separado nos anos subsequentes.
Assim muitos grupos se formavam para oferecer tributo aos quatro rapazes de Liverpool. Para muitos headbangers ao redor do mundo, o ano de 1996 foi quase tão funesto quanto aquele em que determinou o fim do sonho.
O Metallica sempre andou na contra-mão das bandas de heavy metal tradicionais, propondo mudanças corajosas em sua sonoridade, até que atingiu o auge com Black Album, no nascedouro dos anos 90. Meia década depois, com o lançamento do fraco Load, eles fizerem com que seus fãs se sentissem como a parte traída de um casal, sendo sepultada por muitos deles ali, naquele lançamento.
Que Beatles e Metallica são duas das maiores bandas de rock da história da música, creio que ninguém oferece objeção. Seus álbuns forjaram estilos, reinventaram segmentos musicais e transpuseram as barreiras do adjetivo influente, sendo esta qualidade pouca para o tamanho de suas importâncias musicais.
O mais interessante é mostrar que ambas trafegam, por diversas vezes, caminhos duais dentro da cena roqueira, apesar de não serem bandas contemporâneas. A começar pela eterna disputa musical entre ingleses e norte-americanos, indo desde o fato dos super shows do Metallica até a debandada dos palcos por parte dos Beatles e terminando na dualidade máxima dos álbuns Preto e Branco, separados por pouco mais de duas décadas.
Dada a importância de ambas, nada mais natural do que as bandas tributo (como preferem ser chamadas as quase mesozoicas bandas cover) de cada uma delas surgirem em maior número com o passar do tempo e a liberdade do rock n’ roll permite as mais variadas formas de homenagear os expoentes máximos do estilo.
Entretanto, por apenas um momento se coloque no lugar de dois amigos que idolatram da mesma forma os quatro rapazes de Liverpool e os quatro cavaleiros da Bay Area. Na dúvida entre qual das antológicas bandas concentraria seus esforços em uma banda tributo, qual escolheria?
Se conseguiu escolher uma delas, saiba que o mesmo não ocorreu a Michael Brandenburg e Michael Tierney. A solução encontrada pelos dois não foi uma banda cover propriamente dita e passa longe de uma banda original com material próprio.
Eles investiram em mash-up’s restritos a Metallica e Beatles, criando o Beatallica!
Beatallica: O Caminho do Meio
A indecisão formatada na parte inicial do texto pode não ser a verdadeira história, mas representa muito bem a dualidade inerente ao raciocínio humano. Uma das saídas neste tipo de disputa entre dois lados é buscar pelo caminho do meio e foi o que a banda tributo fez.
Como a lógica nos diz, a sonoridade deles é um interessante e peculiar amálgama de Beatles e Metallica. Mais precisamente, a proposta é fundir melodias, arranjos e partes das mais diversas composições lançadas por estes dois expoentes do rock, com um vocal muito parecido com o de James Hetfield (vocalista do Metallica) na fase Load e Reload.
O resultado final é uma fusão de estilos com acento mais próximo da atitude musical do quarteto americano, mas a proposta, num resultado final, se mostra cativante a cada faixa que nos propomos a ouvir.
Os mentores do projetos, já citados acima, compartilham uma amizade de anos e até já se aventuraram em bandas com material original. Entretanto, foi com os pseudônimos Kirk Hammettson (Branderburg e posteriormente substituído por Grg Hammettson) e Jaymz Lennfield (Tierney) que eles se lançaram na aventura de gravar a primeira peça de sua discografia, um EP, denominado A Garage Days Nite.
Na época, se mantiveram incógnitos com o óbvio intuito de se resguardar dos problemas legais que poderiam surgir após este primeiro lançamento, registrado em apenas um dia. Até o ano de 2013, já haviam lançado cerca de sete álbuns, dentre EP’s e full lenght’s.
Nos primórdios do conjunto, pelos idos dos primeiros anos do novo milênio, era possível efetuar o download dos dois e, até então únicos, lançamentos do conjunto, completado por Ringo Larz e Kliff Mcburtney, mas hoje em dia já não temos mais esta facilidade.
E as músicas, como são?
O fato do timbre vocal ser muito semelhante ao de James Hetfield e o Metallica ter se notabilizado também nos covers, nos causa um estranha sensação de estar ouvindo uma sessão de gravação perdida do álbum Garage Inc.
Ao nos habituarmos com a ideia, o exercício de buscarmos partes das músicas das duas bandas se torna divertido, o mesmo acontecendo nas análises das letras. O primeiro lançamento foi o já citado EP Garage Daze Nite, um referência clara ao primeiro lançamento com Jason Newsted comandando o baixo do Metallica e a canção Hard Days Night dos Beatles.
A capa inclusive traz uma paródia da ilustração que estampa o DVD (à época do lançamento, um VHS) Cliff em’ All com a capa de With The Beatles. O nome das faixas já dizia tudo e aguçava a curiosidade dos que tinham um primeiro contato com o grupo, classificado como em sua terra natal como comedy rock.
Canções como Sgt. Hetfield’s Motorbreath Pub Band, A Garage Dayz Nite e …And Justice for All My Loving mostram efetivamente qual era a proposta do Beatallica e são as melhores “composições” do primeiro EP do grupo, lançado em 2001.
O drinque musical proposto somente repetiria a dose três anos depois com o “Álbum Cinza”. Logicamente, este EP foi auto-intitulado, assim como os famosos White Album e Black Album, respectivamente lançados por Beatles e Metallica e que traziam apenas os nomes das bandas em suas capas.
Além disso, para enfatizar bem a proposta de média aritmética entre as duas lendas do rock, escolheram a cor cinza, que, teoricamente, estaria no meio do caminho entre o branco e o preto. Dentre algumas pérolas apresentadas, temos Blackened the U.S.S.R., Sandman, Leper Madonna e Hey Dude.
Muitas das canções apresentadas nestes dois primeiros EP’s foram regravadas e lançadas em dois dos álbuns completos, intitulados Sgt. Hetfield’s Motorbreath Pub Band (2007) e Masterful Mystery Tour (2009).
O destaque foi imediato e abriram shows do Dream Theater, além de participar de diversos festivais de verão ao lado dos maiores nomes do heavy metal. O único encontro com os quatro membros do Metallica se deu no ano de 2009, na cidade de Paris. Apesar de imaginarmos o contrário, as duas bandas mantem contato até os dias de hoje e já o alimentavam muito antes do encontro, como veremos a seguir.
O último álbum a ser lançado pelo irreverente Beatallica foi o Abbey Load de 2013, que traz uma peculiaridade. Todas as letras do lançamento foram mantidas como as originais do álbum Abbey Road dos Beatles.
Cadê a Patrulha dos Direitos Autorais?
Todo esse histórico nos leva a arguir sobre os problemas legais que envolvem principalmente os direitos autorais das canções do Beatallica. Neste âmbito, no início do projeto eles foram bastante inteligentes, mantendo suas músicas como algo não comercial.
Ou seja, eles não se “beneficiavam” financeiramente de modo direto por seu lançamentos. Todas as canções podiam ser baixadas de modo gratuito em seu site oficial, o que não acontece nos dias de hoje. Porém, em seu site vendiam os famosos merchandising, o que os levou a ter alguns problemas com os homens da lei.
A amizade com o Metallica garantiu que nunca existisse uma ação judicial por direitos autorais contra o Beatallica do lado esquerdo do Atlântico. Pelo contrário, Hetfield, Ulrich e Hammett declararam seu apreço pelas canções do projeto inusitado, o que os concedeu uma liberdade extra-legal para se beneficiarem financeiramente com as músicas.
O problema se restringia apenas aos detentores do catálogo dos Beatles. A amizade com poderosos se faz valer nestes momentos. Notificados pela Sony/ATV Music Publishing, detentora dos direitos autorais de grande parte do catálogo dos Beatles em 2005, o Beatallica deveria retirar todo o material que gerasse lucro para a banda de seu site.
A alegação é que as seções de música, notícias e venda de material da banda no website violavam as leis de direitos autorais. Aqui entra a influência salvadora de Lars Ulrich, que ofereceu assistência judicial à banda até que entrassem em acordo com a Sony.
Somente desta forma o primeiro álbum completo pode ser lançado e comercializado. Por este motivo continuam até os dias de hoje lançando suas músicas que são amálgamas de clássicos do rock e do heavy metal e não mais podemos baixá-las de modo gratuito no seu site oficial.
Conclusão
Beatallica é muito mais do que uma simples banda tributo; eles são uma experiência musical épica que desafia os limites da criatividade. Unindo o legado dos Beatles e o poder do Metallica, eles criaram algo verdadeiramente único e cativante. Sua jornada desde a indecisão até o reconhecimento por ambas as bandas originais é uma história inspiradora. Beatallica prova que a música não conhece limites e que a paixão pode superar até mesmo os desafios legais.
Leia Mais:
- Metallica: “Hardwired… To Self-Destruct” (2016) – Resenha
- Apocalyptica – “Plays Metallica By Four Cellos” | Você Devia Ouvir Isto
- The Beatles – “The Beatles” (White Album) | Você Devia Ouvir Isto!
- Bob Dylan e Beatles: Um Encontro que mudou o rock (1964)
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São muito criativos, eu ouvi muito o primeiro álbum. Ao ouvir Masterful Mystery Tour (2009) vim parar aqui. As vezes é um saco, mas dá pra se divertir num churrasco.