Ave Máquina | Banda carioca responde nossas Se7e Perguntas

 

AVE MÁQUINA, banda carioca de ROCK TROPICALISTA, participa de nossa seção SE7E PERGUNTAS, onde queremos apresentar bandas ou artistas que merecem atenção, através de sete perguntas fixas.

FICHA TÉCNICA

NOME DA BANDA: Ave Máquina

ESTILO: Rock Tropicalista

CIDADE/ESTADO: Rio de Janeiro/ RJ

ANO DE FUNDAÇÃO: 2018

DISCOGRAFIA: Ave Máquina no Release Showlivre (Ao Vivo) – 2020

Ave Máquina - Se7e Perguntas

ENTREVISTA

1. Primeiramente, obrigado pela entrevista e pela atenção conosco do site Gaveta de Bagunças. Conte-nos um pouco sobre a biografia da banda.

Rafael Monteiro: Nós é quem agradecemos a oportunidade de bater esse papo. Então, a Ave Máquina surgiu no comecinho de 2018 quando eu e o Yuri Ribas (guitarra), que já tivemos uma banda no passado em Nova Friburgo, nos reencontramos no Rio de Janeiro. Mostrei para ele algumas composições em que se percebia uma mistura de Rock e MPB, e como nós dois gostamos desse tipo de fusão musical, resolvemos montar uma banda nessa sonoridade.

Um tempo depois chegou a Kátia Jorgensen, que é nossa cantora e também compositora. Ela acabou agregando um lado mais teatral ao visual e aos shows do grupo, pois ela também é atriz. No fim de 2018, entrou o Fiu na bateria. Ele é um amigo das antigas de Friburgo, que além de ótimo músico é compositor.

No começo de 2019 lançamos a música Terra Oca, com produção de Mário Wamser e Mari Blue. A música é uma crítica ao cenário político que estávamos, e ainda estamos vivendo. E tem uma sonoridade que vai do Rock ao Maracatu.

Ainda em 2019, lançamos uma gravação ao vivo em estúdio da música Me Dou Mal com participação da cantora carioca Anna Lu. Essa música conta com um clipe muito legal no Youtube.

No começo de 2020 fomos até São Paulo gravar o programa Release Showlivre, que está na íntegra no Youtube. Desse show, saiu nosso primeiro álbum ao vivo, que está disponível em todas as plataformas digitais.

Com a pandemia tivemos que aprender a trabalhar com o distanciamento, mas acho que temos conseguido fazer um bom trabalho. Lançamos três webclipes: Zumbi Tropical, que contou com imagens de nossos fãs e amigos; Heroes que é um cover de David Bowie que fizemos um novo arranjo e gravamos totalmente à distância; e A Mulher que amou demais, que além da gravação à distância tivemos a participação da maravilhosa cantora Micah, também do Rio de Janeiro.

Para terminar bem o ano, lançamos em dezembro o clipe em animação de Cigarra, que tem nos dado muita alegria pelo retorno positivo que estamos recebendo.

Assista “Cigarra”: https://youtu.be/h4xK3aGdku8

2. Quais as principais influências da Ave Máquina? Existem alguns nomes que indicariam como principais referências para a sonoridade que vocês praticam?

Katia Jorgensen: Admiro muito as cantoras performáticas e me espelho muito nelas. Gosto de misturar referências antigas e novas. Como Tina Turner e Letrux, por exemplo. Nas composições sou sempre visceral e acho que influências como Ângela Ro Ro, me fazem ser uma compositora totalmente comprometida apenas com minha sinceridade e emoção. Não sei se é bom ou ruim! (risos).

Rafael Monteiro: Acho que a Ave Máquina se destaca justamente por uma mistura de referências diversas, tanto de gêneros musicais quanto de épocas diferentes. Sou muito ligado ao som dos anos 60 e 70, de Led Zeppelin ao Clube da Esquina; dos tropicalistas ao progressivo. Mas também gosto de muitos artistas contemporâneos como Kamasi Washington, St Vincent e os brasileiros do Pietá.

Yuri Ribas: Busco na Ave Máquina explorar uma linguagem guitarrística bebendo da influência de grandes nomes do Rock Progressivo como Jimmy Page e Martin Barrie. No entanto, minha formação em cordas dedilhadas me inclina para artistas como Garoto e Rafael Rabello e a escola de violão brasileiro. Artistas como Ravi Shankar da World, Hindu e Eletronic music me convidam a pensar a música que fazemos em diferentes abordagens.

Fiu: Difícil encontrar uma referência específica, uma banda ou músico que me inspira porque me vem à mente desde Slipknot a Lia de Itamaracá. Além dos nossos gostos em comum, cada um traz um pouco de suas próprias referências. Até hoje o que fizemos foi explorar essa identidade que cada integrante tem e sintetizar naquilo que gostamos de tocar e ouvir.

3. Quanto às letras, existe algum direcionamento especifico? Nesse âmbito, a Ave Máquina possui algum posicionamento político ou ideológico?

Yuri Ribas: Geralmente, quando cogitamos a possibilidade de agregar uma composição ao repertório, o fazemos com o julgamento livre, buscando não envolver amarras estéticas ou conceituais. Por essa liberdade, as letras costumam trazer questões internas que circunscrevem a vida de cada compositor da banda, e que de alguma maneira, relaciona-se com as questões que a sociedade atravessa. Músicas como Terra Oca e Zumbi Tropical fazem clara alusão ao momento político atual, onde expomos nosso posicionamento. Outras como Dendê e A mulher que amou demais, por outro lado, dizem respeito a discussões de gênero emergentes. Por fim, músicas como Cigarra e Além do céu em minhas mãos nos convidam à dimensão dos questionamentos existenciais.

Rafael Monteiro: Cada integrante da banda tem suas ideias políticas, mas estamos todos no que seria considerado a esquerda, o que por si só é muito amplo. Acho que o ponto em comum está no que não admitimos de forma alguma. Discursos racistas, machistas, fascistas e homofóbicos são coisas que todos nós combatemos como artistas.

4. Poderia nos dizer um pouco de como funciona o processo de composição?

Katia Jorgensen: Somos três compositores na banda. Geralmente um de nós traz a música e todos acabam criando o arranjo. Trabalhamos bem em conjunto. E mesmo com o fato de cada um trazer referências musicais pessoais, o som da banda acaba ficando mais uniforme.

5. Qual das suas músicas ou discos você indicaria para alguém interessado em conhecer o som de vocês?

– Zumbi Tropical (indicada pelo Rafael Monteiro)

– Dendê (indicada pela Kátia Jorgensen)

– Cigarra (indicada pelo Fiu)

Fiu: Eu indicaria essas três, cada uma tem uma proposta diferente – tanto no arranjo quanto nas composições – e casa bem com a pergunta anterior sobre nossas influências e a contribuição de cada um em cada música.

6. Já existem metas de longo e médio prazo para a Ave Máquina?

Rafael Monteiro: Estamos vivendo um momento histórico em que é muito difícil prever ações claras para o futuro, mas enquanto não for seguro fazer shows, continuaremos nosso trabalho virtual. Já estamos produzindo um novo webclip para o começo do ano. Mas nosso principal objetivo de 2021 é lançar nosso EP de estúdio.

2020 foi um ano que afetou muito e, obviamente, isso se refletiu em nossas músicas. Queremos mostrar essas novas composições que acredito serem uma evolução de nosso som.

7. Para finalizar, agradeço a oportunidade da entrevista, e fique à vontade para pontuar algo que queira mencionar fora das perguntas acima.

Katia Jorgensen: Esse ano de 2020 foi fundamental para criarmos uma conexão com a galera que curte o som da banda. Eles foram sensacionais! Então acho que devemos agradecer muito a todos que vêm curtindo, ouvindo e compartilhando nosso trabalho. Fazemos música mas também somos porta voz de todos os que acreditam nas mesmas ideologias que nós. Temos bastante orgulho de sermos seguidos por quem acredita na nossa fala. Por isso, continuamos pedindo: sigam a gente nas redes, comentem, curtam, se inscrevam e espalhem nossa ideia pelo mundo.

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