Os 3 encontros que mudaram a história do Rock para sempre

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Vamos lembrar de três encontros que mudaram a história do Rock n’ Roll em sua primeira década de existência, oficialmente, de 1955 a 1965.

Vamos lembrar de três encontros que mudaram a história do Rock n' Roll em sua primeira década de existência, oficialmente, de 1955 a 1965.

O rock n’ roll surgiu como um rebelde revolucionário em uma época onde a força da contracultura começava a crescer nos Estados Unidos. Nesse contexto histórico onde ele tinha razão para ser combativo e ofensivo, chocava uma sociedade extremamente conservadora apenas com o desejo e a vivacidade criativa de uma juventude que não queria seguir os passos modorrentos dos ídolos seus pais.

Desde seu advento, em meados anos 1950 tudo que envolveu a cena rock n’ roll foi controverso e resistente aos dogmas, a começar por sua mais que discutida paternidade, até a data de aniversário obtida com quase 30 anos de seus gigantes caminhando sobre a Terra e lotando arenas.

Os 3 encontros que mudaram a história do Rock para sempre

Durante estas décadas de existência vários momentos foram decisivos para que o rock n’ roll se tornasse um estilo grande, movimentasse quantias financeiras exorbitantes e se perpetuasse com força, resistindo aos mais diversos modismos e tragédias. Alguns destes momentos decisivos ganharam vida em encontros pontuais de grandes personagens da música, alguns deles eram encontros de afirmação, outros reuniões marcadas pela tristeza.

Hoje listo três destes, não necessariamente os principais, mas não menos relevantes, que ocorreram na primeira década de existência do rock n’ roll. Este foi um período determinante para o rock, pois ao fim desta primeira década o estilo vivia o seu primeiro momento conturbado, após o afastamento parcial ou definitivo de seus maiores líderes naqueles dias: Elvis Presley, Jerry Lee Lewis, Chuck Berry e Little Richard.

Encontro 1: Buddy Holly, Ritchie Valens e J “The Big Bopper” Richardson (1959)

O dia 3 de fevereiro de 1959 ficou conhecido como “o dia em que a música morreu”. Muito mais do que apenas um acidente de avião que vitimou três nomes da música pop em alta naqueles dias, a tragédia marcou uma geração.

Os três nomes eram Buddy Holly, aclamado líder dos Crickets que despontava com um álbum considerado de importância vital na história do rock; Ritchie Valens, um dos primeiros grandes compositores do rock; e J “The Big Bopper” Richardson. É importante lembrar que na época este trio representava o pouco sopro de vida que o rock tinha no fim dos anos 1960, pois Elvis estava no exército, Little Richard se tornara pastor evangélico, Chucky Berry estava preso e Jerry Lee Lewis que se manchou socialmente ao casar com uma prima de apenas 13 anos.

Naquela noite de fevereiro, o rock assistia o acontecimento de sua primeira tragédia, quando, após um show em Clear Lake, Iowa, os três morreram em um desastre de avião motivado pela pressa de chegar até o próximo destino, selando o caixão do rock que só veria seu renascer quando os Beatles viessem para clamar o trono do rock do outro lado do Atlântico.

Leia Mais: Buddy Holly e Ritchie Valens – O Dia em Que a Música Morreu (1959)

Encontro 2: Elvis Presley e Frank Sinatra (1960)

Em meados dos anos 50, o rock n’ roll, capitaneado por Elvis Presley, começava a tocar fogo na cultura pop americana. A cena da velha guarda, comandada por Frank Sinatra gostaria de tocar fogo nos novos nomes que surgiam tirando as suas magníficas vendagens de discos e arregimentando fãs na nova geração que seriam seus por uma herança oriunda das influências musicais de seus pais.

Como a vida tem das suas surpresas, Elvis Presley estava frente a frente com Frank Sinatra em Miami Beach, no dia 26 e março de 1960, após Elvis dar baixa no exército. Vestido com smoking e sua rebeldia capilar enfrentando uma grande dose de gel, Presley agitou a galera ao girar os quadris após um estalar de dedos, cantou “Fame And Fortune”, “Stuck on You” e, em dueto com Sinatra, apresentou as mais comportadas “Love Me Tender” e “Witchcraft”.

Ao fim da apresentação, se abraçaram num simbolismo de aceitação da velha guarda ao novo ídolo que não se mostrava mais tão perigoso como antes, liderando um exército de um homem só após a tragédia que envolveu Buddy Holly e Richie Valens. A primeira fase do rock termina com o apagar das luzes desta apresentação que uniu Frank Sinatra e Elvis Presley e levou para o outro lado do Atlântico a motivação para o próximo passo a ser dado por quatro rapazes de Liverpool.

Leia Mais: Frank Sinatra e Elvis Presley – O Encontro Que Uniu Gerações (1960)

Encontro 3: Beatles e Bob Dylan (1964)

Uma das maiores transformações do rock se deu quando os Beatles começaram a experimentar texturas diferenciadas para a música que produziam. Alguns historiadores musicais atribuem a mudança na musicalidade dos quatro rapazes de Liverpool a um encontro acontecido em Nova York, no ano de 1964, com Bob Dylan.

Segundo fontes, neste encontro John Lennon teria perguntado a Dylan o que ele gostaria de beber e este o teria respondido de modo simples: “vinho barato!”. Durante a conversa que se desenrolava foi oferecido a Dylan um pouco da droga em comprimidos que a banda inglesa utilizava, que foi declinada em favor da maconha, alegadamente desconhecida por parte dos Beatles.

Quando ofereceu maconha aos quatro músicos do Beatles, Dylan teria se referido a ela como “algo mais verde… mais orgânica” em oposição à química das bolinhas utilizadas pela banda junto aos cigarros e uísque com Coca-Cola. O resultado final deste encontro, fez a cabeça dos membros dos Beatles abrir novas portas perceptivas e ecoou por todas as futuras gerações do rock, em termos musicais.

Leia Mais: Bob Dylan e Beatles – Um Encontro que mudou o rock (1964)

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