Sabaton – Resenha de “The Great War” (2019)

 

Sabaton - The Great War
Sabaton – “The Great War” (2019 | Nuclear Blast, Shinigami Records) 

Resumo rápido:

Ocorrida entre 1914 e 1918, a Primeira Guerra Mundial, conhecida como A Grande Guerra, foi um conflito global que começou  como resultado do imperialismo das potências europeias e logo se espalhou pelos territórios coloniais, envolvendo dezessete países  e cinco continentes.

De um lado estava a Tríplice Aliança (Alemanha, Áustria e Itália) e do outro a Tríplice Entente (França, Inglaterra e Rússia), porém, logo Brasil, Estados Unidos, Império Turco-Otomano,  Japão, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal, Reino da Romênia, Reino da Sérvia, Austrália e China também entraram no conflito.

O ano de 2018 marcou o centenário do fim do conflito que deixou aproximadamente 23 milhões de mortos entre soldados e civis, além de quase o mesmo número de feridos.

Longe de querer escrever um texto sobre história, esta introdução serve apenas para refrescar a memória do leitor para o conceito que o Sabaton desenvolve em seu mais recente trabalho, “The Great War”. 

Nono disco de estúdio da banda sueca, “The Great War” também é uma forma de comemorar as suas duas décadas de existência em 2019. Cabe mencionar que ele foi lançado no Brasil pelo selo Shinigami Records.

Ao contrário dos álbuns conceituais mais comuns, o Sabaton não desenvolve o tema necessariamente como uma narrativa histórica, mas usa uma compilação de tópicos sobre o conflito como inspirações para suas letras.

E esse não é um conceito inédito na  sua discografia. Seja em forma ou conteúdo.

Já haviam dedicado cinco composições de sua obra para o tema, sendo que a última, “The Lost Battalion”, aparece no disco anterior, “The Last Stand”, ampliando a sensação de continuísmo discográfico mesmo que seu heavy metal pesado e cativante soe mais sombrio nestas novas composições, como percebemos em “The Attack of the Dead Man”, “In Flanders Field” e “The Great War”.

+ confira nossa resenha de “The Last Stand”, álbum anterior do Sabaton.

Muito bem desenvolvidas e embasadas teoricamente, as letras novamente se destacam, e musicalmente, porém, o Sabaton diminuiu consideravelmente sua oscilação entre composições excelentes e genéricas, investindo ainda mais na adrenalina gerada pelas melodias inspiradas no hard n’ heavy (como em “Seven Pillars of Wisdom”).

Podemos encontrar ao menos cinco destaques impecáveis no repertório: além da já citada “The Attack of the Dead Man”, temos, por suas guitarras poderosas, refrãos empolgantes e climas bombásticos resumindo a essência do power metal bélico, “The Future of Warfare” (com um tempero oriental bem administrado), “The Red Baron” (com teclados remetendo ao Deep Purple e uma vibe hard rock), “A Ghost in the Trenches” (talvez a mais cativante do repertório) e “Fields of Verdun”.

Duvido muito que “The Great War” irá te agradar se você já não é um fã do Sabaton, mesmo porque tudo aqui soa como uma evolução natural do que a banda vem fazendo em seus últimos discos. Em contrapartida, creio que o admiradores do power metal bélico dos suecos terão algo de diferente a receber desta vez.

FAIXAS:

1. The Future Of Warfare
2. Seven Pillars Of Wisdom
3. 82nd All The Way
4. The Attack Of The Dead Men
5. Devil Dogs
6. The Red Baron
7. Great War
8. A Ghost In The Trenches
9. Fields Of Verdun
10. The End Of The War To End All Wars
11. In Flanders Fields

FORMAÇÃO

Joakim Brodén »» Vocal, Teclados
Pär Sundström »» Baixo
Chris Rörland »» Guitarra
Tommy Johansson »» Guitarra
Hannes Van Dahl »» Bateria

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