Tarja – Resenha de “In the Raw” (2019)

 

Tarja In the Raw
Tarja – “In the Raw” (2019 | Shinigami Records)

Quem acompanha a carreira solo de Tarja Turunen sabe a classe musical que pode ser esperada de seu symphonic rock temperado por elementos de heavy metal.

Uma fórmula que foi bem amadurecida em “The Shadow  Self”, seu último álbum de inéditas lançado em 2016 (e que resenhamos aqui).

E mesmo que ela tenha mantido uma fórmula básica em sua carreira solo, Tarja sempre se mostrou versátil, tentando ampliar ainda mais seus horizontes, variando entre projetos eruditos e álbuns que mesclam suas influências clássicas com elementos da música pesada.

Um exemplo disso é o álbum natalino de 2017, intitulado “From Spirits and Ghosts (Score for a Dark Christmas)” resenhado aqui.

Sendo assim, “In the Raw”, seu mais recente trabalho, lançado no Brasil via Shinigami Records, surpreende não por mudar essa característica, mas por nos dar aspectos mais crús, sombrios e, de certa maneria, ousados de sua discografia recente.

Mesmo que ele traga toda a equipe de produção que trabalhou com a cantora em “The Shadow  Self”seria pouco, mas não inverdade, dizer que “In the Raw” é uma continuação daquele trabalho.

Certamente, “In the Raw” é o disco mais diferente da carreira solo de Tarja Turunen, com certo groove, algumas timbragens mais graves, melodias mais sisudas, riffs encorpados, e potencial de figurar entre os melhores de seu catálogo. Certamente o mais diferente deles, não sendo exagerado quando o divulgam como seu disco mais heavy metal, De fato, o é!

Claro que existem faixas como “Tears in Rain”, “Spirits of the Sea” e “The Golden Chamber” (épica, climática e belíssima), que trazem as características usuais e multifacetadas da música da cantora. Porém, mesmo nesses momentos ela traz elementos pouco usuais em sua carreira solo, principalmente no que tange ao timbre e ao peso das guitarras.

Em “Tears in Rain”, por exemplo, mesmo que rápidas, existem partes bem agressivas,  enquanto em “Spirits of the Sea” temos climas densos, psicodelia sombria, abordagem progressiva, além das tais afinações graves.

“In the Raw” ainda traz convidados ilustres nas duas faixas de abertura, “Goodbye Stranger” (um heavy rock com clima etéreo que vai agradar quem acompanhou a cena “gótica” dos anos 1990) e “Dead Promises” (com peso, climas bem criados e seu refrão cativante), com Cristina Scabbia (num dueto interessante) e Björn “Speed” Strid (numa participação instigante, usando vocais agressivos e limpos em momentos distintos), respectivamente, além de Tommy Karevik em “Silent Masquerade”, uma faixa mais encorpada e pesada, sendo essa um dos grandes destaques do repertório.

Estas também são composições que exemplificam como a musicalidade do trabalho se  mostra mais agressiva e densa, mesmo que mantenha o estilo dramático, climático e erudito que aparece mais puro em “Railroads”, uma típica composição moldada pelo que Tarja nos ofereceu ao longo de sua carreira solo, trazendo uma interpretação belíssima e nos mostrando como sua inimitável e linda voz ainda consegue nos emocionar.

E para quem associa a cantora ao Nightwish, mesmo com quinze  anos de sua saída da banda, creio que “Serene” “Shadow Play” podem soar quase nostálgicas, mesmo com sua sonoridade moderna.

Existem falhas no repertório? Sim, existem (como um todo na genérica “You and I” e em alguns movimentos nas outras composições). A ordem das músicas é um dos principais problemas de “In the Raw”, pois cria uma dinâmica morna no meio do disco, com faixas mais contemplativas e calmas.

Mas a ousadia apresentada em vários momentos de “In the Raw” compensa essas falhas com sobras!

Se você deixou de acompanhar Tarja quando ela saiu do Nightwish, pode ser um bom momento para conferir o que ela está fazendo em sua carreira solo!

FAIXAS

1. Dead Promises (with Björn “Speed” Strid)
2. Goodbye Stranger (with Cristina Scabbia)
3. Tears In Rain
4. Railroads
5. You And I
6. The Golden Chamber: Awaken / Loputon yö / Alchemy
7. Spirits Of The Sea
8. Silent Masquerade (with Tommy Karevik)
9. Serene
10. Shadow Play

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