Oliver Stone | Estes são os 5 filmes obrigatórios do polêmico cineasta

 

Controverso e combativo, adjetivos assumidos pelo próprio, Oliver Stone é um dos diretores norte-americanos mais interessantes que o cinema moderno produziu. Abaixo listamos seus cinco filmes obrigatórios.

Oliver Stone - 5 Filmes Para Conhecer Melhores Principais

Pupilo de Martin Scorcese, Oliver Stone sempre deixa sua ideologia política esbarrar pelo modo com que trata temas polêmicos e históricos como a Guerra do Vietnã, causa rebelde, política externa americana, e sátira inteligente aos princípios do capitalismo, bem como de alguns dos valores norte-americanos.

A técnica que emprega em suas obras deixa-as com sabor realista, vanguardista e envolvente, pelos cortes súbitos e enquadramentos angulosos. Quem não ficou atordoado em meados dos anos 1990 com o filme “Assassinos Por Natureza” (1994), e suas loucuras que mesclavam um conto vertiginoso de Quentin Tarantino com métodos de direção modernos e de videoclipe. Por essa relevância, hoje indicamos cinco filmes para se iniciar na obra de Oliver Stone.

1. “Platoon” (1986)

Quiçá o maior título da lista, “Platoon” (1986), assim como “Nascido em 4 de Julho” (1989), reflete a experiência de Stone no Vietnã, além de atacar a política externa norte-americana, sendo um dos filmes de guerra mais fortes já realizados pela sétima arte.

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O primeiro dos filmes da “trilogia do Vietnã” é usado por Oliver Stone para contar suas próprias experiências como soldado no conflito.

Vencedor de 4 Oscars, incluindo Melhor Filme, esta é uma obra poderosa, intensa e brutal que narra a história de Chris Taylor (Charlie Sheen), um jovem americano que, ao chegar ao Vietnã, rapidamente descobre que tem que lutar não apenas com os vietcongues, mas também contra o medo avassalador, a exaustão física e a intensa revolta que vai se instalando em seu íntimo.

2. “Nascido em 4 de Julho” (1989)

O segundo filme da “trilogia do Vietnã”, também é baseado em experiências reais, desta vez na história de Ron Kovic, um rapaz com muitos sonhos e ideais.

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Ao deixar a namorada e a família para lutar no Vietnã, ele é ferido e torna-se paraplégico.

Interpretado magistralmente por Tom Cruise, numa época em que ele ainda estava longe do gênero de ação, Ron é recebido como herói em seu país, mas logo se vê diante de uma sociedade que nutre preconceitos contra seus deficientes físicos.

Ele decide, então, juntar-se a outros deficientes para reivindicar seus direitos, negados pelo mesmo país que o havia levado à guerra.

Ao contrário de Platoon, este filme não flerta com o cinema de ação, mantendo a luta como um pano de fundo e dando mais importância ao drama humano.

3. “The Doors” (1989)

Sei que para muitos um par de outros filmes poderia estar no lugar deste “The Doors” em nossa lista.

Mas existe um peso pessoal por este ser o filme que abriu as portas da obra de Oliver Stone para mim!

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Em seu décimo trabalho, Stone se dedicou a uma das figuras mais emblemáticas dentro da cultura pop norte americana sessentista: Jim Morrison!

Uma das mais sensuais, contraculturais e excitantes figuras da história do rock explode nas telas em The Doors, um filme eletrizante sobre o homem, o mito, a música e a magia que foi Jim Morrison, soberbamente interpretado por Val Kilmer.

Trajando sua indefectível farda em jaqueta e calça de couro, ele encarna o Rei Lagarto, que se tornou quase um anti-herói em um romance, como um Hamlet regado a álcool e drogas pesadas e que compunha a própria trilha sonora.

O olhar de Stone para tratar todo o clima da época nas telonas é transgressor e romântico, mas emblemático!

4. “JFK – A Pergunta que Não Quer Calar” (1991)

Este filme é uma obra-prima!

Oliver Stone imagina uma complexa conspiração militar-industrial por trás do assassinato de John F Kennedy.

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Questionador, conspiratório e impressionante, “JFK – A Pergunta que Não Quer Calar” mexe numa ferida que nunca cicatriza dentro da história norte-americana (explorada num dos melhores livros de Stephen King, “Novembro de 63”), o que causou irritação e surpresa na mesma medida.

Afinal, Oliver Stone não só reconstitui aquele 22 de novembro de 1963, dia marcado pelo assassinato do presidente John Fitzgerald Kennedy, mas defende a tese polêmica de que o crime fora uma conspiração envolvendo revolucionários cubanos, a CIA e a própria cúpula do governo americano.

5. “Assassinos Por Natureza” (1994)

Na primeira metade dos anos 1990, Oliver Stone e Quentin Tarantino chacoalhavam o mainstream cinematográfico com suas obras contundentes, cada um a seu modo.

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Em 1994, Tarantino apresentaria “Pulp Fiction – Tempo de Violência” e teria seu nome assinado no roteiro de outro símbolo do cinema da época: “Assassinos Por Natureza”, trazia uma parceria de suas bombásticas histórias com o olhar do diretor Oliver Stone, numa das mais radicais combinações de métodos de vanguarda e videoclipe que o mainstream cinematográfico experimentava, enquanto acompanhava Woody Harrelson e Juliette Lewis, um casal amoral, em sua cruzada de assassinato pelos Estados Unidos, numa sátira brutal de mídia, sexo e violência.

Ah! E tem uma trilha sonora viajante, com Leonard Cohen e Cowboy Junkies como maiores destaques.

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