As 10 Melhores Músicas de John Lennon segundo Yoko Ono

 

Neste post, mergulhamos nas escolhas pessoais de Yoko Ono, descobrindo como cada música de John Lennon pós-Beatles reflete não apenas sua genialidade artística, mas também os laços profundos que uniam o casal. Acompanhe-nos nesta análise detalhada, onde cada faixa é um fragmento da história de um dos maiores ícones da música.

Yoko Ono segurando um disco de vinil com as melhores músicas de John Lennon em um ambiente aconchegante repleto de memorabilia.
Yoko Ono Apresenta as 10 Melhores Músicas de John Lennon

Introdução

Na revista Rolling Stone, Yoko Ono ignorou os Beatles e escolheu as melhores canções de seu falecido marido, focando nos discos que ele gravou depois do fim da banda. “Ele se sentia mais livre”, diz Yoko. “Estava demonstrando o que sentia. Estava realmente falando a verdade.”

Quando falamos sobre John Lennon e Yoko Ono, estamos mergulhando em uma das histórias de amor e parceria artística mais fascinantes e complexas do mundo da música.

John Lennon, um ícone global, não apenas moldou a música do século XX com os Beatles, mas também deixou um legado imortal como artista solo. Sua música refletia sua personalidade complexa, suas convicções políticas e sua busca incessante por paz e amor.

Ao lado dele, Yoko Ono, uma artista avant-garde, não apenas influenciou sua arte, mas também compartilhou com ele uma conexão profunda que transcendeu o entendimento público.

A relação de Lennon e Ono, iniciada em 1966, foi marcada por uma intensidade raramente vista. Eles se conheceram durante uma exposição de arte de Ono em Londres e rapidamente se tornaram inseparáveis.

Esta união não apenas desencadeou uma nova fase na vida de Lennon, mas também teve um impacto significativo na dinâmica dos Beatles. Muitos fãs e críticos atribuíram a Ono a responsabilidade pela dissolução da banda, uma narrativa que persiste até hoje, apesar de ser uma simplificação excessiva de uma situação muito mais complexa.

John Lennon e Yoko Ono trabalhando juntos no Butterfly Studios em Nova York, 1972
John Lennon e Yoko Ono – Butterfly Studios, NYC, 1972

A presença de Ono ao lado de Lennon durante as gravações dos Beatles foi vista como uma intrusão no “clube dos garotos”, causando tensões dentro do grupo. No entanto, é crucial entender que os Beatles já estavam enfrentando desafios internos, e a relação de Lennon com Ono apenas ampliou as fissuras existentes.

A verdade é que Yoko Ono trouxe uma nova perspectiva para Lennon, incentivando-o a explorar sua criatividade além dos limites estabelecidos pelos Beatles.

Após a separação dos Beatles em 1970, Lennon embarcou em uma carreira solo que foi profundamente influenciada por sua relação com Ono. Suas músicas refletiam não apenas suas experiências pessoais, mas também suas esperanças, sonhos e medos. Yoko não era apenas sua esposa e mãe de seu filho, Sean; ela era sua musa, colaboradora e maior apoiadora.

Yoko Ono Revela: As 10 Canções de John Lennon Pós-Beatles que Tocaram seu Coração

A seleção pessoal de Yoko Ono das dez músicas favoritas de John Lennon pós-Beatles foi destacada em uma edição especial da Rolling Stone. Esta lista oferece uma visão íntima das obras de Lennon, refletindo sua influência duradoura na música e a profunda conexão do casal.

Cada uma dessas músicas oferece uma janela para a alma de John Lennon, refletindo diferentes aspectos de sua vida, suas crenças e seu relacionamento com Yoko Ono. Ao explorar essas canções, ganhamos uma compreensão mais profunda de um dos maiores artistas do século XX e da mulher que foi sua parceira, musa e amor.

1. “Oh My Love” (1971) – A Revelação do Amor Verdadeiro

Lançada no álbum “Imagine” de 1971, “Oh My Love” é uma canção que ressoa com a pureza e sinceridade do amor. Composta por Lennon e Ono, esta música reflete a clareza que o amor trouxe para a vida de Lennon.

“Na maioria das canções de amor, você faz as pessoas sentirem desejo – ou o que quer que seja – umas pelas outras. Mas, em vez disso, ele está dizendo: ‘Vejo com clareza pela primeira vez’. Tem mais a ver com amor verdadeiro”, analisouYoko Ono.

Ele canta sobre ver o mundo com novos olhos, uma metáfora para o impacto transformador de seu relacionamento com Yoko. A canção, com sua melodia suave e letras poéticas, é uma janela para o momento de iluminação pessoal de Lennon, oferecendo aos ouvintes uma experiência quase transcendental.

Curiosamente, “Oh My Love” foi uma das poucas músicas que Lennon escreveu em colaboração direta com Ono, destacando a profundidade de sua parceria criativa.

2. “Gimme Some Truth” (1971) – Um Clamor por Autenticidade

Também do álbum “Imagine”, “Gimme Some Truth” é um poderoso protesto contra a desonestidade e hipocrisia que Lennon percebia na política e na mídia. A música é uma expressão crua de frustração, com Lennon clamando por alguma sinceridade em um mundo cada vez mais superficial.

A faixa se destaca por sua letra direta e uma performance vocal apaixonada, refletindo o desejo de Lennon por um mundo mais autêntico. A música ganhou relevância ao longo dos anos, tornando-se um hino para aqueles que buscam verdade em tempos de incerteza.

A energia crua e a mensagem direta de “Gimme Some Truth” continuam a ressoar, demonstrando a habilidade de Lennon de capturar o zeitgeist de sua época.

Para Yoko Ono, “esta faixa de Imagine é muito apropriada para os dias de hoje. Ele era de um tempo anterior ao dele, de certa forma.”

3. “Give Peace a Chance” (1969) – O Poder da Paz

Gravada durante o famoso Bed-In de Lennon e Ono em Montreal, “Give Peace a Chance” é mais do que uma música; é um movimento cultural. A canção se tornou um hino para o movimento pacifista durante a Guerra do Vietnã e continua a ser um símbolo global de paz.

Nas palavras de Yoko Ono, “Esta não dá para deixar de fora. É a prova de que ele podia ser muito pessoal, mas ao mesmo tempo abordar algo amplo e fazer com que as pessoas pensassem sobre aquilo. E funcionou. Ele realmente afetou muito o mundo.”

O refrão simples, mas poderoso, convida as pessoas de todas as esferas da vida a se unirem em nome da paz. A gravação incluiu a participação de várias celebridades e ativistas, criando uma atmosfera de união e esperança.

A música demonstra a habilidade de Lennon de transformar seu ativismo em arte, usando sua plataforma para promover mudanças sociais.

4. “God” (1970) – A Coragem de Renascer

“God”, uma faixa do álbum “John Lennon/Plastic Ono Band”, é uma declaração poderosa do fim de uma era e do início de outra. A música é conhecida pela linha “I don’t believe in Beatles”, que simboliza a ruptura de Lennon com seu passado e sua busca por uma identidade autêntica.

A letra reflete a jornada pessoal de Lennon para encontrar seu verdadeiro eu, despojando-se das crenças e ídolos que antes o definiam. A canção é um testemunho da honestidade brutal de Lennon como compositor, disposto a expor sua alma para o mundo.

Para Yoko Ono, esta é “uma música muito poderosa e ousada. Na primeira vez em que a ouvi, quando ele cantou: ‘I don’t believe in Beatles’ [‘Não creio nos Beatles‘], me deu um nó na garganta.”

5. “Grow Old with Me” (1984) – O Legado de um Amor Eterno

“Grow Old with Me” é uma das últimas canções escritas por Lennon e foi inspirada em um poema de Robert Browning. A música foi gravada em uma fita demo em casa, pouco antes de seu assassinato em 1980.

A canção é um convite para Yoko envelhecer ao seu lado, refletindo o amor profundo e duradouro que compartilhavam. A simplicidade da gravação e a sinceridade da letra fazem desta música um legado emocionante do amor eterno de Lennon por Ono.

Após a morte de Lennon, “Grow Old with Me” ganhou um significado ainda mais profundo, tornando-se um símbolo de seu amor inabalável por Yoko e sua visão de um futuro que nunca puderam compartilhar.

6. “Imagine” (1971) – O Símbolo da Esperança e Harmonia

“Imagine”, talvez a música solo mais famosa de Lennon, é um apelo à paz e à unidade. Lançada no álbum de mesmo nome, a canção convida os ouvintes a imaginar um mundo sem fronteiras, religiões ou possessões, onde a humanidade vive em harmonia.

“A estrutura de acordes e seu significado são coisas diretas e simples. E isso era muito importante. Ele era bom em compor hinos”, comentou Yoko Ono sobre uma das músicas mais famosas de John Lennon.

A simplicidade da melodia e a profundidade da mensagem criam uma experiência musical quase hipnótica. “Imagine” não é apenas uma música, mas um manifesto de esperança, refletindo o idealismo e a visão utópica de Lennon. A música continua a inspirar gerações e é um testemunho do poder da música como força para o bem.

7. “Scared” (1974) – A Arte de Expressar Vulnerabilidades

“Eu achava que esta faixa podia ser enquadrada como música clássica”, revelou Yoko Ono.

Do álbum “Walls and Bridges”, “Scared” é uma música que revela a vulnerabilidade de Lennon. A letra fala sobre seus medos e inseguranças, oferecendo um vislumbre raro da mente de um dos maiores ícones da música.

A faixa se destaca por sua honestidade brutal e uma performance vocal crua, que captura a essência da luta interna de Lennon. “Scared” é uma prova da capacidade de Lennon de transformar sua dor e medo em arte, criando uma conexão profunda com seus ouvintes.

8. “Jealous Guy” (1971) – A Transparência Emocional

Originalmente escrita durante as sessões dos Beatles na Índia, “Jealous Guy” foi lançada no álbum “Imagine”. A música é uma confissão de ciúmes e inseguranças de Lennon, mostrando um lado mais vulnerável do artista.

A melodia suave e a letra introspectiva criam uma atmosfera de reflexão e arrependimento. “Jealous Guy” é um exemplo da habilidade de Lennon de se expressar de maneira autêntica e emocional, tocando o coração de seus ouvintes com sua sinceridade.

Yoko Ono dividiu sua visão sobre a música baseada em seu relacionamento com John Lennon: “Para ele foi difícil botar esta para fora – é ele sendo muito honesto sobre ser ciumento. Não acho que muitos compositores tenham conseguido fazer isso”.

9. “I Don’t Wanna Be a Soldier” (1971) – A Voz Contra a Conformidade

Esta faixa do álbum “Imagine” é uma poderosa declaração contra o militarismo e a conformidade. Com uma mistura de rock e blues, a música apresenta uma letra que desafia o status quo e reflete a aversão de Lennon à guerra e à violência.

A canção é um exemplo da disposição de Lennon em usar sua música como uma plataforma para expressar suas opiniões políticas e sociais, desafiando seus ouvintes a questionar suas próprias crenças e valores.

“‘I don’t wanna be a soldier, Mama, I don’t want to die’ [‘Não quero ser soldado, mãe, não quero morrer’] – isso já diz tudo! Uma linda música contra o sistema, não só sobre um soldado, mas também sobre um padre”, disse Yoko Ono.

10. “Mother” (1970) – A Profundidade do Grito Primitivo

“Mother”, a faixa de abertura do álbum “John Lennon/Plastic Ono Band”, é uma música emocionalmente carregada que aborda a perda dos pais de Lennon.

A canção é influenciada pela terapia do Grito Primitivo, que Lennon estava explorando na época, como revolou Yoko Ono: “Uma música muito intensa que surgiu da teoria do Grito Primitivo. A mulher teve um grande papel dentro da raça humana. John reconheceu o poder e a posição importante das mulheres na sociedade.”

A performance vocal intensa e a letra crua oferecem uma visão da dor e do anseio de Lennon por uma conexão parental. “Mother” é uma expressão poderosa da vulnerabilidade humana e um testemunho da capacidade de Lennon de transformar sua dor pessoal em arte universal.

Conclusão

As escolhas de Yoko Ono nos levam por uma jornada emocional que reflete não apenas a evolução artística de John Lennon após os Beatles, mas também a profundidade de seu relacionamento com Yoko.

Cada música é um pedaço da história de Lennon, marcada por autenticidade, amor e um desejo incansável de paz e verdade.

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