Veidan Land: Banda de metal nacional lança 1º álbum homônimo

A banda nacional de heavy metal Veidan Land lança seu primeiro disco auto-intitulado, com 9 petardos fiéis à filosofia metálica oitentista.

Abaixo, você confere nossa resenha completa de “Veidan Land”, primeiro e homônimo álbum completo da banda paulista de heavy metal lançado pelo selo Hard ‘n’ Heavy Records, em 2021.

A banda paulista Veidan Land se apresenta com o objetivo de “resgatar o heavy metal tradicional dos anos 1980 com influência de bandas como Black Sabbath, Iron Maiden, Judas Priest, Manowar, Grave Digger, Dio, entre outras”.

De fato o quarteto apresenta uma espécie de tributo à era de ouro do heavy metal em seu primeiro álbum intitulado simplesmente de “Veidan Land”, usando dos cânones mais sagrados do gênero para criar suas composições.

Tudo aqui soa como o heavy metal, forjado por fogo e aço, com empolgação, empenho e energia revitalizados.

As letras seguem a filosofia metálica oitentista que se amarram aos tons épicos do instrumental agressivo, com a consciência do valor que os riffs e solos de guitarra tem para o heavy metal, assim como as linhas vocais dramáticas.

Com desenvoltura, dinamismo e variação estão longe do simples mimetismo, imprimindo identidade própria mesmo em referências diretas em seu heavy metal tradicional com pitadas de hard rock incisivo, energizado por guitarras precisas, enquanto os refrãos inspirados tornam tudo mais envolvente.

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Sem dúvidas amadureceram ainda mais a fusão das formas americana e inglesa de uma maneira segura, mesmo dando uma clara continuidade (o próprio repertório prova isso) à musicalidade do primeiro EP, “The Final Battle”.

Entendo que alguns ouvintes mais novos torçam o nariz para bandas com essa postura tradicional e ensimesmada, para mim são elas que mantém a chama acesa da alquimia original do heavy metal.

Nesse contexto, as cornetas bélicas anunciam “The Final Battle”, uma composição que carrega muito daquela dramaticidade heavy/doom de bandas como Black Sabbath, Trouble, Candlemass e Manilla Road, mostrando que as influências vao além das declaradas, assim como poderemos ouvir nas guitarras determinadas e os movimentos pesados desenhados na velocidade bem administrada das demais composições do trabalho.

Já “Feeling Your Soul” traz os resvalões com o hard rock tão comuns ao metal inglês oitentista que parece ser a inspiração por aqui, enquanto “Hope and Hell” (com o melhor solo do disco) e “Dreams”, principalmente, têm uma vibe melódica mais voltada à escola norte-americana nas guitarras e linhas vocais.

E o amor ao heavy metal, como não poderia deixar de ser nesse caso, é declarado na ótima “Heavy Metal”, que completa a tríade de destaques do repertório ao lado de “The Gravedigger” e “Blood in My Heart”.

Claro que todas as composições possuem suas potencialidades, assim como sua parcela genérica, mas o segredo do sucesso por aqui é o valor dado a uma destas duas partes e o equilíbrio entre elas, seja usando polirritmos nos clichês, seja ousando menos numa passagem mais criativa.

Nesse sentido, a banda é eficiente e inteligente ao usar suas influências como ponto de partida para criar algo próprio, mas ao mesmo tempo não tentar “reinventar a roda” e reproduzir com fidelidade o que de melhor funcionou na história do heavy metal.

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Ou seja, pode esperar por guitarras pesadas e vibrantes, derramando riffs e solos sobre um alicerce consistente feito por uma seção seção rítmica firme que também sustenta refrãos belicosos e certeiros, bem como melodias épicas.

Até por isso tudo, o Veidan Land se mostra como um diamante musical em processo de lapidação, já mais fluido do que aquilo que ouvimos no EP “The Final Battle” (2020), principalmente nas transições e encaixe dos solos.

Felizmente, a produção também evoluiu do EP para este primeiro full lenght dando mais força à canalização do talento latente da banda de modo a obtermos um maior impacto para estas canções, que possuem potencial, mas deixam a sensação de que poderiam brilhar um pouco mais.

Ou seja, “Veidan Land” é o puro heavy metal guiado por riffs pesados e vocais dramáticos, adornado por solos harmônicos e vibrante, num todo simples, direto, crú e eficiente. Se é disso que você gosta, confira já!