Paixão, persistência e honestidade. Esta seria uma epígrafe justa à trajetória genuína dentro da cena pesada nacional da banda mineira Uganga, e “Opressor”, seu quarto álbum, vem se destacar como melhor parte de sua discografia dinâmica e diferenciada.
Muito além disso, “Opressor” é fruto de um dos períodos mais conturbados da banda, quase como uma reafirmação de sua força espiritual dentro da cena, mostrando entrosamento na sua azeitada engrenagem Metal-Punk de versos combativos e engajados à realidade, em treze composições inquietantes, de peso acachapante, e groove chapado.
Nesse contexto fica evidente uma sólida postura ideológica em suas letras, bem como a abertura a elementos alheios ao metal para forjar seu Trashcore pesado, de solos viscerais, mas também com muita liberdade artística para usar elementos do Hip-Hop, e do Dub, mostrando maturidade e plena consciência do querem para sua música.
Confira o clipe de “Guerra”… [youtube https://www.youtube.com/watch?v=hK1rn6XxywU&w=560&h=315]
Sendo assim, fusões de Metal com Hardcore/Punk como “Guerra”, “Veredas”, “Moleque de Pedra” (com a participação de Juarez “Tibanha”, do Scourge), e “Casa” convivem harmoniosamente junto a faixas cadenciadas como “O Campo” (inspirada pela visita da banda ao campo de Auschwitz), e “Nas Entranhas do Sol” (uma ótima mostra da versatilidade do vocalista Manu “Joker” Henriques), que por sua vez exploram ritmos cativantes e riffs carnudos em meio ao peso cavalar.
Já “Guerreiro” é uma composição que mantém a tradição de bandas como Pantera e Black Sabbath em ter uma faixa mais climática, beirando a psicodelia, em seu repertório. Indiscutivelmente um dos destaques máximos do álbum, ao lado de “Opressor” (uma peça moderna do Heavy Metal), “Aos Pés da Grande Árvore” e “Who Are The True”, um cover do Vulcano com a participação de Murillo Leite, do Genocídio, e Ralf Klein da banda Macbeth.
Confira o clipe de “Casa”… [youtube https://www.youtube.com/watch?v=k8UFjEcBJC4&w=560&h=315]
Além disso, a organicidade da produção de Gustavo Vasquez deu o acabamento perfeito para as composições, ajudando a potencializar a sonoridade junto aos detalhes diferenciados que surgem da sobreposição de simplicidades.
“Opressor”, nada mais é do que uma confirmação da qualidade do Thrashcore praticado pelo Uganga, mantendo o alto nível conquistado no ótimo “Vol. 3: Caos Carma Conceito” (2010), mas também mostrando uma banda renovada e distante da acomodação, ou de uma zona de conforto.
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