The Cult – Resenha de “Hidden City” (2016)

 

The Cult é uma instituição do rock n’ roll!

Seus dotes góticos ecoam até os dias de hoje em meio ao proeminente alicerce hard rock que permanece intacto em “Hidden City”, o décimo álbum de estúdio da banda.

Os arranjos desse disco chegam cheios de texturas inteligentes e detalhes típicos de sua história musical: os solos são simples, mas precisos e consistentes dentro da proposta das músicas, enquanto Astbury continua um versátil crooner do hard rock, mesmo que em alguns momentos a ação do tempo seja perceptível em sua voz.

The Cult - Hidden City (2016)

Indo para as composições, “Dark Energy” traz uma cozinha cadenciada e um toque musical que remete a David Bowie, enquanto o hard rock bem trabalhado vem em “No Love Lost”, “Hinterland”“Dance The Night”, flertando com o rock malicioso e despojado, por meio de guitarras instigantes à cargo do lendário Billy Duffy.

A tradicional melancolia inerente à banda aparece nas baladas “In Blood” (mais reflexiva do que emocional, pouco melosa, com a alma do The Doors incorporada por meio de blues e psicodelia), “Lilies” (esta uma semi-balada de extremo bom gosto e arranjos diferenciados) e “Sound and Fury” (com belíssimas linhas de piano), por sua vez, lembrando a clássica “Perfect Day”, de Lou Reed, referência que também aparece em “Birds of Paradise”.

A produção de Bob Rock, que também tocou baixou em algumas faixas, contribuiu muito para a textura do álbum, principalmente na timbragem da bateria de John Tempesta.

Como destaque final temos a requintada “Deeply Ordered Chaos”, com seu clima hard rock setentista completando um conjunto de canções que nos dá a certeza de que o The Cult ainda tem muito a oferecer ao rock n’ roll!

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