Sword – “III” (2022): A Volta Triunfante do Heavy Metal Canadense

 

Prepare-se para embarcar em uma jornada pelo passado e presente do heavy metal com Sword e seu novo álbum, III. Um retorno digno e com alta dose nostálgica.

A lendária banda canadense Sword está de volta com o álbum “III” após um hiato de 34 anos desde o lançamento de “Sweet Dreams” em 1988. Com influências de bandas como Judas Priest, Iron Maiden e Dio, Sword oferece um heavy metal tradicional que traz fortes ecos do passado. Abaixo você confere nossa resenha completa deste disco que foi lançado no Brasil eplo selo Hellion Records.

A banda canadense de Heavy Metal Sword está de volta após 34 anos com "III", um álbum que resgata o heavy metal tradicional. Exploramos suas faixas, influências e como essa banda canadense está buscando um lugar no cenário internacional.

O heavy metal canadense é uma força vibrante e poderosa no cenário musical global. Marcado por bandas lendárias como Anvil, Voivod, Exciter, Annihilator e, claro, o Sword, o Canadá tem produzido uma variedade de subgêneros do heavy metal, desde o tradicional até o progressivo e o thrash metal. Essas bandas canadenses têm desempenhado um papel fundamental na expansão e diversificação do heavy metal ao redor do mundo.

Neste  contexto, o Sword é uma banda que tem uma história comum no cenário do heavy metal. Fundada em 1980 por Rick e Dan Hughes, Mike Plant e Mike Larock, a banda lançou seu álbum de estreia, “Metalized”, em 1986, seguido por “Sweet Dreams” em 1988. Ambos os álbuns foram aclamados no cenário do heavy metal canadense, mas não conseguiram romper as barreiras internacionais. A banda pausou suas atividades em 1992, apenas para ressurgir em 2011. Desde então, lançaram um álbum ao vivo, “Live Hammersmith” em 2016, e um single em CD intitulado “In Kommand” em 2020.

Musicalmente, o Sword é frequentemente descrito como um representante tradicional do heavy metal, com influências de bandas lendárias como Judas Priest, Iron Maiden e Dio. Suas canções são marcadas por riffs pesados e ritmos contundentes.

No álbum “III”, o Sword mescla canções de ritmo acelerado e de ritmo médio, sendo que os riffs vigorosos e uma base de baixo sólida permeia todo o álbum. Por sua vez, a bateria fornece uma base sólida para as faixas. O primeiro single, “(I Am) In Kommand”, é um belo exemplo disso, sendo, talvez, a faixa mais pesada do álbum.

“(I Am) In Kommand”, aliás, marca a reintrodução do Sword ao cenário musical. Esta faixa é uma verdadeira demonstração de força, com riffs que atingem nossos ouvidos com força e um baixo pulsante que acrescenta uma profundidade sombria à música. É um soco no estômago que deixa claro que o Sword está de volta e não está para brincadeira.

A outra canção de ritmo acelerado em “III” é “Not Me No Way”. Esta faixa de encerramento do trabalho é uma explosão de energia. Os riffs fumegantes e o coro desafiador fazem desta música o epílogo perfeito para “III”. Sua letra ressoa com o espírito de rebeldia que tem sido uma marca registrada da banda desde seus primeiros dias.

Em contrapartida, “Unleashing Hell”, “Dirty Pig” e “Spread the Pain” são canções de andamento mais cadenciado, que injetam melodia suficiente nos refrãos para torná-las cativantes e fáceis de cantar junto. Quero falar um pouco mais sobre elas.

A faixa instrumental “Surfacing” é um breve interlúdio que prepara o terreno para uma das melhores faixas do álbum, “Unleashing Hell”. Esta canção é uma jornada nostálgica que leva os ouvintes de volta a 1986, quando o metal reinava supremo. A faixa é uma verdadeira celebração do passado da banda, embalada por riffs bem elaborados e uma narrativa envolvente. “Spread the Pain” mantém o ímpeto, combinando velocidade e melodia de uma forma que a influência de Dio se torna inegável. Os riffs mais complexos e o foco na melodia tornam esta faixa uma das melhores do disco e indicam a versatilidade da Sword em criar uam música que fica na mente do ouvinte depois da audição. Já “Dirty Pig” é uma daquelas músicas que fazem os fãs de metal sorrir já nos primeiros segundos. Os riffs elétricos e a produção exuberante criam para ele uma sensação de grandeza.

Comparado aos dois primeiros álbuns do Sword, os solos de guitarra estão bem mais proeminentes e elaborados. Conta pontos a favor o fato de nenhuma das músicas soar repetitiva umas com as outras em “III”, mas ao mesmo tempo, elas mantêm a essência do Sword em comparação com os lançamentos anteriores. A produção é sólida em todo o álbum, com boas performances de todos os membros da banda.

No geral, “III” é um sólido retorno ao metal tradicional que deve agradar aos fãs saudosos do gênero. Apesar de algumas faixas apresentarem letras questionáveis, a habilidade da banda em criar riffs poderosos e cativantes permanece indiscutível. O álbum é uma celebração do passado do Sword, com momentos que evocam a energia e a rebeldia dos anos dourados do metal.

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