Steph Honde é um multi-instrumentista, cantor e compositor francês, que já tocou com Paul Di’Anno, e membro do supergrupo de Hard Rock Hollywood Monsters, ao lado de nomes consagrados do gênero, que lança um “tributo à geração oitentista” através de um álbum de covers que foge do usual!
Introdução
O universo do heavy metal, poucos artistas conseguem capturar a essência de uma era com a mesma habilidade e paixão que Steph Honde demonstra em “Covering The Monsters”.
Este multi-instrumentista, cantor e compositor francês, conhecido por seu trabalho com o supergrupo Hollywood Monsters, nos leva em uma viagem nostálgica, revisitando clássicos do heavy metal e hard rock com uma roupagem única.
“Covering The Monsters” ressoa profundamente com os fãs de heavy metal, especialmente aqueles que têm uma afinidade por literatura de suspense, fantasia e terror. Cada faixa é uma narrativa em si mesma, evocando imagens e emoções que são ao mesmo tempo familiares e surpreendentes. Este álbum não é apenas uma coleção de covers; é uma homenagem ao espírito do heavy metal.
Steph Honde: Resenha de “Covering The Monsters”
Pouco conhecido no Brasil, Steph Honde é um multi-instrumentista, cantor e compositor francês, mais lembrado por seu trabalho ao lado do supergrupo Hollywood Monsters, fundado em 2013, ao lado de músicos lendários como o tecladista Don Airey (Deep Purple, Whitesnake), o baterista Vinny Appice (Black Sabbath, Dio), e o baixista Tim Bogert (Vanilla Fudge, Cactus, e Beck, Bogert & Appice).
Porém, antes de reunir com estes nomes sagrados do Rock, Steph era o guitarrista da banda francesa de Hard Rock Café Bertrand, entre os anos de 2004 e 2010, quando se juntou à banda que acompanhava Paul Di’Anno (Iron Maiden, Battlezone) em turnê pela França, também como guitarrista.
“Waiting for the Night”, composição do Saxon, presente no álbum “Rock The Nations” (1986), abre a festa trazendo uma pegada melódica bem orgânica, com guitarras bem timbradas, remetendo ao espírito oitentista, mas sem soar datado.
Na sequência, temos uma ótima versão para “Turbo Lover”, do Judas Priest, presente no álbum “Turbo” (1986), e uma empolgante releitura bem mais “Hard” para “Bring Your Daughter… To The Slaughter”, do Iron Maiden, que pertence ao controverso “No Prayer For The Dying” (1990), mostrando como até mesmo os tradicionais ícones ingleses se renderam às formas americanizadas do Hard Rock.
Nestas primeiras faixas já podemos perceber que Steph pinçou faixas certeiras, que se encaixam perfeitamente ao timbre de sua voz, além de registrar todos os instrumentos, exceto a bateria, à cargo de Tim Zuidberg.
Além disso, a produção, também à cargo de Steph, deu uma organicidade vívida, e uma adrenalina (advinda das guitarras inflamadas) tipicamente Hard/Classic Rock às versões, que extrapolam o mimetismo, sendo releituras com a marca de Steph Honde.
Finalizando a viagem musical oitentista pela Terra da Rainha, temos uma belíssima versão para “Edie (Ciao Baby)”, do The Cult, e um tempestiva e causticante releitura para “Zero The Hero”, do histórico único álbum do Black Sabbath com Ian Gillan (Deep Purple) nos vocais.
Atravessando o Atlântico, chegamos às ótimas “Mother”, retirada do primeiro álbum do Danzig, uma das melhores músicas do período, ao lado de “It’s So Easy”, do grande álbum de estréia do Guns N’ Roses, e de “Headed for a Heartbreak”, do álbum de estréia do Winger, datado de 1988.
A veia punk ainda se mostrará presente na inesperada “Something To Believe In”, do Ramones, retirada do controverso álbum “Animal Boy” (1986). E aqui, temos a certeza de que o trabalho se mostra mais interessante pelo repertório menos óbvio escolhido por Steph para realizar seu, declarado no encarte, “tributo à geração oitentista. Uma década de diversão, excessos, cafonice e calças de spandex.”
Claro que existem algumas licenças nesta “seleção oitentista”, como na sarcástica “Crying On a Saturday Night”, gravada pela banda Misfits no álbum “Famous Monsters” (1999), e na belíssima balada “Take Me For a Little While”, do álbum lançado por David Coverdale e Jimmy Page com o projeto Coverdale/Page, em 1993. Ou ainda, quando volta uma década para buscar “Not Fakin’ It”, no clássico “Loud ‘N’ Proud” (1973), do Nazareth.
O resultado é uma ótimo álbum de Rock N’ Roll, mostrando que a boa música supera a oxidação do tempo, além de muita versatilidade como vocalista, ao interpretar composições de donos dos mais diversos timbres, e ser desenvolto em todos eles.
Saudosista? Sim… Mas também uma celebração do Rock/Metal longe dos clichês!
Conclusão
“Covering The Monsters” é mais do que um álbum; é uma celebração da música que definiu uma geração. Steph Honde nos oferece uma experiência que é tanto uma viagem nostálgica quanto uma exploração fresca e vibrante do heavy metal.
Para os fãs do gênero, este álbum é uma joia rara, uma obra que merece ser ouvida e apreciada. E para aqueles que estão apenas descobrindo o mundo de Honde, preparem-se para serem transportados por uma viagem inesquecível através do coração do heavy metal.
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