Com “Obscura” a banda brasileira Semblant vem reforçar predicados já comuns à sua música como alta qualidade e potencial criativo apresentados desde o início quando foi formada em 2006, na cidade de Curitiba.
O peso que oscila do espectro hard n’ heavy ao metal extremo continua esfumaçado pelos aspectos góticos, obscuros, agressivos, e muito do poder de cativar das onze músicas que compõem o trabalho vem do atrito entre os vocais masculino (versátil entre o limpo e gutural) e o feminino (dramático, técnico e cheio de emoção).
Todo esse apelo gótico vem sim das influências do gothic metal que a banda carrega desde o início, mas a sonoridade é moderna e vários momentos possuem potencial de hit, mostrando a versatilidade criativa e o entrosamento da formação completada por Mizuho Lin (vocais), Sergio Mazul (vocais), J. Augusto (teclados), Juliano Ribeiro (guitarra), Welyntom “Thor” Sikora (bateria) e Johann Piper (baixo).
“Mere Shadow”, por exemplo, tem cara de hit gótico moderno! Não à toa é o primeiro single do disco. Outra com esse potencial é a belíssima “Porcelain”.
E quando eu digo “moderno”, entenda-se no sentido de dinâmica e timbragens, mas a produção é orgânica e nada clinica.
Faixas como “The Hunter, the Hunger (Legacy of Blood Part V)” e “Insomnia” (que fecha o disco em altíssimo nível), dois destaques do repertório, atualizam muito daquele metal envolvente do fim dos anos 1990 e por diversas vezes a impressão que tive é que o Nightwish, Lacuna Coil, Jinjer e Cradle of Filth (da fase “Nymphetamine” [2004]) se fundiram em alguma criativa região obscura da música.
Bons refrãos e a energia gerada pelo uso de contrastes são o segredo deste disco e “Dethrone the Gods, Control the Masters (Legacy of Blood Part IV)” é a prova disso.
Aqui cabe uma informação interessante. Ao longo de sua discografia a banda apresentou uma série de composições intitulada “Legacy of Blood”. Agora, junto ao artista André Meister e com publicação via Darkside Books, eles apresentarão “Semblant: Blood Chronicles”, uma história inspirada nas composições, com roteiro de Sergio Mazul, e que desvela “um universo gigantesco, com vampiros necromantes, assombrações, guerra entre tribos de caçadores e a ameaça de entropia de uma entidade que não deveria existir”.
Voltando ao disco, as guitarras são brilhantes, sendo agressivas ou melódicas conforme a necessidade, conjurando um trabalho diferenciado e dinâmico, como ouvimos de formas diametralmente opostas em “Wallachia” (outro destaque individual do repertório) e “Daydream Tragedy” (essa uma balada melancólica belíssima)
E se sua preocupação é quanto ao peso, “Left Behind” (uma das melhores do disco) tratará de amassá-la já no riff inicial esmagador, nos grooves modernos e pela variação interessante da abordagem.
Em “Obscura” teclados convivem com afinações graves de guitarra, assim como passagens introspectivas estão pareadas a esbarrões fortes no metal extremo.
A própria já citada “Wallachia” transita pelas formas melódicas do black metal com aquela classe gótica. Já “Wasteland”traz um absurdo peso moderno e talvez o melhor dueto de vozes de “Obscura”.
Voltando ao início do disco, “Murder of Crows” abre-o de forma instigante, expondo todos esses predicados através de ritmo bem marcado pela bateria forte e guitarras poderosas que dão adrenalina aos andamentos.
Por essa faixa podemos ver de saída uma preocupação com cade detalhe dos arranjos, além de mostrar que estamos diante de um Semblant num estágio de maturidade e evolução acima do que já tínhamos ouvido em “Lunar Manifesto”, disco responsável por evidenciar a banda no cenário internacional.
“Barely Breathing” talvez seja a mais genérica do disco. Não que ela seja ruim, mas num trabalho quase sempre imprevisível ela soa sem sabor e comum demais. Todavia, não há como negar que ela entra no grupo de faixas com cara de hit.
Cabe mencionar que o Semblant lançou “Obscura” através da gravadora italiana Frontiers (no Brasil ele saiu via Hellion Records), o que só mostra a boa repercussão que a banda tem lá fora e certamente muitos serão os frutos a serem colhidos no mercado internacional com esse excelente trabalho, creio ainda mais relevantes e representativos do que conseguiram com “Lunar Manifesto” (2014).
FAIXAS:
1. Murder of Crows
2. Left Behind
3. Dethrone the Gods, Control the Masters (Legacy of Blood Part IV)
4. Mere Shadow
5. Porcelain
6. The Hunter, the Hunger (Legacy of Blood Part V)
7. Wasteland
8. Barely Breathing
9. Wallachia
10. Daydream Tragedy
11. Insomnia
FORMAÇÃO:
J. Augusto (teclados)
Sergio Mazul (vocais)
Mizuho Lin (vocais)
Juliano Ribeiro (guitarra)
Thor (bateria)
Johann Piper (bateria)
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