O INIMIGO | SE7E PERGUNTAS

 

Nesta seção queremos apresentar bandas ou artistas que merecem atenção, através de sete perguntas fixas. Hoje trazemos a banda paulista O INIMIGO, representada pelo guitarrista Juninho Sangiorgio.

FICHA TÉCNICA

NOME DA BANDA: O Inimigo

ESTILO: Hardcore/Punk

CIDADE/ESTADO: São Paulo/SP

ANO DE FUNDAÇÃO: 2001

DISCOGRAFIA:

2002 Demo (Cassete)

2003 Cada Um em Dois (CD/LP)

2007 Todos Contra Um (7″)

2012 Imaginário Absoluto (CD/LP)

2013 Usa Tour (Cassete)

2013 Personalidades Plásticas (CD/LP/Cassete)

2015 Desaba (7″)

2018 Inner Ear Session (LP)

2019 Contrariedade (CD/LP/Cassete)

O Inimigo (por Victor Balde)
O Inimigo (por Victor Balde)

ENTREVISTA

1. Primeiramente, obrigado pela entrevista e pela atenção conosco do site Gaveta de Bagunças. Conte-nos um pouco sobre a biografia da banda.

O Inimigo foi formado em 2001 por amigos que se juntaram pra fazer um som o qual poucas bandas brasileiras exploravam o estilo, uma mistura de punk brasileiro antigo na pegada do Cólera misturado com bandas americanas da cena de Washington DC como Dag Nasty, One Last Wish, Embrace por exemplo.

Nos anos 2000 o disco “Cada Um em Dois”, que foi nosso primeiro full lenght, foi muito bem recebido pelo público em diversos lugares do Brasil, e nessa época tocamos bastante e divulgamos bem o trabalho, mas ao mesmo tempo algumas mudanças na formação da banda atrapalharam a produtividade.

Com essas mudanças e algum tempo parada, a banda foi voltar a ter uma boa estrutura somente em 2010. Daí em diante foram diversas gravações e lançamentos e também turnês fora do país (Duas nos Estados Unidos – 2012 e 2015 e uma na Europa – 2013). Somente em 2017 a banda teve então uma mudança na formação, e nos dias de hoje estamos assim: Juninho (guitarra), Fernando (guitarra), Gian (bateria), Ale (baixo) e Wellington (vocal).

2. Quais as principais influências da banda? Existem alguns nomes que indicariam como principais referências para a sonoridade que vocês praticam?

As nossas influências, inicialmente, ficam bem por conta das bandas citadas acima, Dag Nasty, Cólera, One Last Wish, mas podemos citar mais algumas que curtimos muito e realmente servem como inspiração para nosso som: Sub Humans, Minor Threat, Garage Fuzz, Dinosaur Jr, Bad Brains, Black Flag, Moving Targets, The Last, Descendents e muitas outras. Fica difícil escolher apenas uma para representar nossa sonoridade.

3. Quanto às letras, existe algum direcionamento especifico? Nesse âmbito, vocês possuem algum posicionamento político ou ideológico?

Nossas letras sempre foram bastante pessoais. O nosso antigo vocalista, Kalota, mostrava bastante o lado pessoal, era uma postura que a banda tomava, mas sempre deixou bastante coisa nas entrelinhas, o que acabou sendo uma marca na nossa forma de escrever. Já o Wellington, passou a escrever levemente mais direto as coisas, assuntos mais voltados a realidade clara, mas sempre pegando um lado pessoal bem forte. A banda não se assume anarquista ou comunista por exemplo, mas é claramente anticapitalista. Nosso último disco “Contrariedade” mistura bem nosso cenário atual político, com letras sobre gentrificação, racismo, abuso policial, etc.

4. Poderia nos dizer um pouco de como funciona o processo de composição?

Todos chegamos com ideias nos ensaios e depois disso partimos para compor juntos. Aqui a coisa funciona bem nos ensaios, todos dão ideias e vamos moldando as músicas até que todos fiquem satisfeitos com o resultado, e acho que uma tendência desse momento é partir para as coisas mais simples.

5. Qual das músicas d’O Inimigo você indicaria para alguém interessado em conhecer o som de vocês?

Indicaria nosso último trabalho, “Contrariedade”, que é um resumo do que é a banda nesses anos todos.

6. Já existem metas de longo e médio prazo para a banda?

Temos poucos shows marcados para o começo de 2020, mas em abril iremos fazer uma tour na Europa que está em andamento bem agora. Acredito que não iremos nos preocupar muito com as composições por enquanto, já que lançamos o “Contrariedade” em 2019, então a princípio o foco é na tour na Europa em abril.

7. Para finalizar, agradeço a oportunidade da entrevista, e fique à vontade para pontuar algo que queira mencionar fora das perguntas acima.

Podemos passar uma mensagem positiva por tudo que o país e o mundo está passando agora, essa onda horrível dos partidos de direitas estarem dominando tudo e aumentarem as diferenças sociais por todos os lados. Isso está criando uma população literalmente doente ao redor do mundo e nós seguiremos fortes contra todo tipo de opressão dos governos, que vá contra todo tipo de atividade social e cultural que defenda a liberdade e a qualidade de vida para todas as pessoas.

CONTATO

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