Mark Deutrom – Resenha de “The Blue Bird” (2019)

 

Mark Deutrom The Blue Bird
Mark Deutrom: “The Blue Bird” (2019, Season of Mist) NOTA:6,0

Mark Deutrom é mais conhecido como Mark D, o baixista do Melvins de 1993 a 1998, fase em que podemos destacar o álbum “Stoner Witch” (1994).

Mas ele também é um produtor e prolífico compositor, sendo que este “The Blue Bird” é o mais recente de seus inúmeros álbuns solo, onde ele produz e toca todos os instrumentos, exceto a bateria, à cargo de RL Hulsman.

Também temos participações de Aaron Lack (bateria, vibrafone e percussão), G. Pat Harris  (baixo) e Joe Morales (alto sax).

São 13 músicas anunciadas por Deutrom  como uma experiência auditiva, explorando melodias, espaços, nuances, e volumes, como uma narrativa auditiva em cores vivas.

Pra usar um termo bem popular nos dias de hoje: SÓ QUE NÃO!

O experimentalismo é aflorado, principalmente nas composições instrumentais, e sim, ele abusa da variação de texturas, timbragens, tempos e abordagens.

Todavia, da intensa “Futurist Manifesto”, passando pela climática “Radiant Gravity”, até a lisergia estranha de “Nothing Out There”, temos uma viagem musical indicada a poucos corajosos que gostam de vagar por pensamentos musicais livres e se aventurar na libertinagem artística sem foco.

Afinal, “The Blue Bird” é exatamente isso, uma mente musical divagando por pensamentos soltos, transformados em notas musicais, muitas vezes sem direção ou foco bem definido e alicerçado na ousadia, músicas longas e climáticas, ou pequenos excertos.

Pra não dizer que não temos destaques, “O Ye Of Little Faith” “Maximum Hemingway” (essa a faixa que me levou a ouvir “The Blue Bird”), tem um viés heavy rock de contornos “sabbathicos”, a primeira com charme de um hammond sinuoso e tempo no limite da dobra melódica, além da balada melancólica “They Have Won”.

Mas só!

No fim, fica uma sensação estranha de não ter entendido a proposta, e a certeza de que dificilmente ousaria ouvir este disco novamente.

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