“Jylhä”, 11º disco do Korpiklaani é um triunfo do folk metal, misturando música tradicional finlandesa com riffs de heavy metal e melodias cativantes. Confira nossa resenha para entender por que é um item indicadíssimo para a coleção de qualquer headbanger.
O 11º álbum do Korpiklaani, “Jylhä”, é uma mistura poderosa e única de música tradicional finlandesa e heavy metal. Com melodias cativantes e riffs contundentes, este álbum é obrigatório para qualquer fã de folk metal. Abaixo você lê nossa resenha completa deste discos lançado no Brasil pela parceria entre os selos Shinigami Records e Nuclear Blast.
O finlandês Korpiklaani é um dos maiores nomes do folk metal e apresenta seu décimo primeiro disco de estúdio, “Jylhä”, o primeiro com o baterista Samuli Mikkonen. O título, “Jylhä”, pode ser traduzido livremente como “áspero” ou “robusto”, dando a tônica de que poderemos ouvir algo mais pesado musicalmente nessas treze novas composições De fato, isso acontecerá mesmo que tragam mais uma vez o que se espera da banda, ou seja, mais tempero folk do que peso metálico na receita.
Na minha resenha de “Noita” (2015) eu já observava que “um equilíbrio maior entre violinos e guitarras dariam um melhor sabor às canções que ficaram um pouco saturadas de tempero folk nestas canções.” Mas até que eles saciaram um pouco da minha vontade de ouvir a banda investindo em mais peso. É importante lembrar que o embrião da banda foi fundada ainda na década de 1990 como um nome da música folk, distante do meio heavy metal.
| Abaixo você tem ofertas de “Jylhä“ e “Noita, do Korpiklaani. | ||
Logo as mudanças de formação, de conceito e de nome (para Korpiklaani) ajudariam a impulsionar o movimento folk metal à partir da segunda metade daquela década, e entender essa dinâmica de formação da banda é importante. Isso porque, de certa forma, “Jylhä” reúne todos os elementos que o Korpiklaani usou para construir sua musicalidade ao longo dessas décadas, desde os riffs simples, mas pesados, até as superlativas melodias folk que dão aquele clima de “festa na floresta” ao lado de seres mitológicos.
Essa sensação de costura de auto-referências vem da forma esmerada com que o mentor criativo da banda, o vocalista e guitarrista Jonne Järvelä, desenha suas composições, deixando claro na maioria delas que existiu um processo meticuloso em suas construções.
As gravações aconteceram no próprio estúdio de Jonne Järvelä, o Sound Supreme Studios em Hämeenlinna, ao lado do produtor Janne Saksa, e o trabalho em estúdio é um dos pontos mais brilhantes de “Jylhä” como um todo, sendo o alicerce do clima mais sombrio e belicoso do disco.
Nesse cenário “Jylhä” surge com um apelo renovado e oxigenado em sua parcela heavy metal como nunca feito antes pelo Korpiklaani. No geral, é um disco pesado e rápido, guiado por riffs poderosos, mas também diversificado e melódico nos momentos mais lentos e suaves, como já revela a faixa de abertura “Verikoira”, que trará alguns momentos à lá Judas Priest, ou na rápida e agressiva “Pohja”.
Apesar das letras em finlandês, é possível saber do que elas tratam pois existe uma contextualização em inglês sobre os mitos e lendas abordados em cada uma delas no encarte da versão em CD lançado no Brasil via Shinigami Records. E aqui cabe uma observação de como o finlandês se encaixa perfeitamente na estrutura rítmica do folk metal do Korpiklaani, pois além de muito sonora, combina com o clima mitológico e ancestral da música que fazem.
Outro grande trunfo de “Jylhä” mora nas músicas com grandes refrãos, como os de “Sanaton maa”, “Miero” e “Juuret”, por exemplo, além da própria “Verikoira”. Além dessas, posso destacar “Niemi”, “Tuuleton” e “Mylly”como faixas que merecem um pouco mais de atenção nesse trabalho do Korpiklaani, o restante cai no lugar comum da proposta da banda, mas certamente vai agradar os fãs, mesmo que não converta novos admiradores.
O resultado finla é um som familiar e oxigenado, combinando os melhores elementos de ambos os gêneros para criar algo verdadeiramente especial. Seja você um fã de música folk, heavy metal ou ambos, “Jylhä” é um álbum que você não vai querer perder.
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Não gostei de nada,da voz,do som.