Katatonia – Resenha de “City Burials” (2020)

 

por Marcio Machado.

Katatonia - City Burials (2020)
Katatonia – “City Burials” (2020 | Peaceville Records, Mindscrape Music)

Lançado em 24 de abril passado, o Katatonia trouxe seu mais novo trabalho, o disco “City Burials”, que saiu pela Peaceville Records.

Nesta nova obra da banda, eles trazem uma atmosfera de melancolia e algo mais harmonioso, com um grande flerte com o gótico, ainda contando com o novo rumo musical, deixando de lado aquele tom mais agressivo para trazer vocais mais harmoniosos e linhas mais melódicas, mas ainda mantendo uma ótima impressão e indo fundo numa reflexão do humano e seu mais profundos sentidos.

“Heart Set to Divide” é quem abre, e já traz essa aura sombria e começa toda soturna. Os vocais de Jonas Renkse estão bastante alinhados. Aos poucos a faixa ganha seu tom e corpo e segue bastante cadenciada e climática, trazendo um som calmo e que em alguns momentos pode trazer uma leve semelhança com alguma faixa do Ghost.

“Behind the Blood” é mais agitada e traz um peso maior em sua introdução. Os versos ganham um reforço muito bom do baixo de Niklas Sandin, e o guitarrista Roger Öjersson se esbalda com solos pelos minutos que correm e ha linhas vocais incríveis em seu final.

Fechando a trinca da abertura, “Lacquer” surge trazendo uma levada que é embalada por batidas eletrônicas bastante calmas, que criam uma atmosfera nebulosa para a faixa e casa perfeitamente com a linha vocal imposta aqui.

“Rein” é mais pesada e densa. Tem passagens carregadas em seu refrão com andamentos da bateria de Daniel Moilanen quebrados, alternando entre momentos mais calmos e agitados, pegando uma referência bem grande do Tool, e o solo é pura viagem para o ouvinte mesmo que bastante tímido e rápido.

“The Winter Of Our Passing” ainda traz um momento mais agitado, os versos são cadenciados e muito bem executados com um refrão de bastante presença, sendo uma das melhores faixas do disco. “Vanishers” traz uma baladona gótica, com o vocal dividido com Anni Bernhard, do Full of Key e o faz muito bem dando um grande reforço no clima. É daquelas que mexem com o ouvinte, sendo profunda e lembrando em cheio o Opeth de “Damnation”.

“City Glaciers” traz o momento mais prog do disco todo e outra que parece diretamente saída de um disco do Tool. As guitarras trazem um andamento sonoro viajado e um grande acerto nos teclados de Anders “Blackheim que traz um charme a mais para o andamento em mais uma das melhores.

“Flickers” é das mais radiofônicas do trabalho trazendo ares de uma música mais fácil de se assimilar, mas ainda sendo uma grande composição, com levadas de guitarra muito bem trabalhadas e variadas que lembram a sonoridade de bandas góticas mais atuais. O solo é bastante interessante com o teclado disparando notas psicodélicas.

“Lachesis” é um breve interlúdio e logo “Neon Epitaph” chega toda quebrada em seu começo e traz mais um ótimo refrão bastante marcante e este é o momento onde o baterista Moilanen tem os holofotes voltados para si pois cria passagens um tanto inspiradas e no tempo certo, carregando a faixa de forma graciosa.

E fechando, “Untrodden”, que é dona de um ótimo solo e fecha o disco de forma grande e como não poderia deixar de ser, climática e marcante.

Há beleza e poder na audição deste álbum. Não que a banda tenha inventado a roda por aqui, mas traz mais um ótimo momento de 2020 num álbum que traz amadurecimento dos músicos e uma ótima forma de passar o dia com os fones ligados e o som de “City Burials”.

Permita esse momento de catarse ao se deleitar no som e acompanhar as letras, você não irá se arrepender.

FAIXAS

1 Heart Set To Divide [05:29]
2 Behind The Blood [04:37]
3 Lacquer [04:42]
4 Rein [04:21]
5 The Winter Of Our Passing [03:18]
6 Vanishers [04:56]
7 City Glaciers [05:30]
8 Flicker [04:45]
9 Lachesis [01:54]
10 Neon Epitaph [04:32]
11 Untrodden [04:29]
Bonus Tracks available on various formats
12 Closing Of The Sky [05:26]
13 Fighters [03:37]

FORMAÇÃO:

Jonas Renkse / vocal, guitarra, teclados
Anders “Blackheim” Nyström / guitarra, teclados, backing vocals
Niklas Sandin / baixo
Daniel Moilanen / bateria
Roger Öjersson / guitarra

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