Frank Castle, o Justiceiro, é um dos poucos personagens dos quadrinho que realmente merece o status de cult.
Sempre no limiar do herói e do vilão , o vigilante não segue o código de conduta usual dos benfeitores, mas possui um código moral inquebrantável para com aqueles que considera inocentes.
Especialista em artes marciais, táticas de infiltração e guerrilha, e armas de pesado calibre, ele é um personagem que não possui habilidade sobrenaturais (para o padrão dos quadrinhos).
Sua primeira aparição nos quadrinhos da Marvel se deu em 1974, em “Amazing Spider Man #129”, numa trama em que fora contratado para matar o Homem-Aranha.
À época, o Homem-Aranha era acusado de matar Norman Osborn, e no crivo de Frank Castle, ele era um criminoso e merecia a morte.
Por trás da criação do persoangem estão Gerry Conway, o desenhista Ross Andrew e, o à época diretor de arte da Marvel, John Romita.
Seguindo um padrão da Marvel de aproveitar esteriótipos de sucesso na Cultura Pop, Frank Castle surge na onde de justiceiros implacáveis do cinema, de filmes como “Perseguidor Implacável” (1972), “Com as Próprias Mãos” (1973), e “Desejo de Matar” (1974).
Porém, Conway tinha outra inspiração principal quando idealizou a figura de Frank Castle. O personagem Justiceiro foi inspirado nos romances “O Executor”, de Don Pendleton, em particular no herói Mack Bolan.
Ao contrário do herói de Pendleton, Frank Castle era um antagonista paranoico e poderoso do Homem-Aranha, pensado por Conway para ser usado pelo Chacal.
Conway inclusive esboçou o uniforme do Justiceiro antes de passar o roteiro para o desenhista Ross Andrew:
“Eu esbocei o design básico do uniforme do Justiceiro, com caveira pequena no peito e o traje negro, e o levei a John Romita. Queria um personagem cujas cores representassem sua atidude básica quanto à vida – o mundo em preto e branco; luz e trevas; rápido e mortal.”
“John brincou com o esboço e trouxe a incrível noção de que o cinto do Justiceiro fazia parte da mandíbula da caveira.”
Não devemos nos esquecer que o batismo de Frank Castle como o Justiceiro foi feito por Stan Lee.
JUSTICEIRO: A HISTÓRIA DE FRANK CASTLE
Frank Castle é um soldado norte-americano altamente treinado.
Após retornar de um período de serviços no Vietnã, ele e a família faziam um piquenique no Central Park, em Nova York, quando foram vítimas de uma gangue, por serem testemunhas de um assassinato praticado por eles.
Castle sobreviveu ao ataque, e mesmo tendo identificado os criminosos, eles não foram julgados por causa da corrupção dentro da polícia e da influência dos criminosos.
Usando seu avançado treinamento militar Frank Castle decidiu aplicar a lei com suas próprias mãos, declarando guerra, sozinho, contra o crime organizado.
Nascia aí o Justiceiro.
INIMIGOS DO JUSTICEIRO
Obviamente, após iniciar sua guerra interminável contra o crime ele colecionou desafetos.
Seus primeiros inimigos formavam a Família Gnucci, liderada por Ma Gnucci, uma matriarca aleijada, mas fria, cruel, calculista e manipuladora.
Outro vilão de destaque é, sem dúvidas, o Retalho, alcunha de Billy Russo, personagem que teve envolvimento na morte da família do Justiceiro. Seu nome vem de sua aparência desfigurada que é resultado de ter sido jogado em tonel de vidro.
Na lista ainda temos o Chacal, o Mercenário e o Hitman.
E claro que não podíamos deixar de citar o Rei do Crime. Inimigo de dez em cada dez vigilantes de Nova York.
JUSTICEIRO: Sua Trajetória nos Quadrinhos
Por sua natureza violenta, o Justiceiro ficou vagando como coadjuvante nos mais diversos títulos da Marvel, mesmo com sua alta popularidade entre os fãs, que o transformava no maior anti-herói da companhia, desbancando o violento Conan.
Era complicado para os roteiristas e editores encaixá-lo no modelo heroico da Marvel. Seu lema era “Há pessoas boas, e pessoas ruins, e as ruins têm que morrer”.
O Justiceiro não vê problemas em usar tortura, rapto, assassinato e chantagem na sua guerra contra o crime organizado.
Na sua visão, a redenção não existe. Talvez por isso, o Justiceiro ganhou força em meados dos anos 1980, motivado pelo sucesso da nova geração de anti-heróis do cinema daquele período.
Em 1986, Steven Grant e Mike Zeck escreveram uma minissérie em cinco partes que redefiniu o Justiceiro como um personagem mais complexo, dando alicerce para o protagonismo que viria na próxima década.
Nessa trajetória, Frank Castle chegou a ser recrutado por um grupo de anjos para caçar demônios à solta na Terra, após ser acusado de ter matado Nick Fury e se infiltrado na máfia para derrotá-la por dentro.
Se tornou o Anjo da Vingança, após morrer na sua luta contra o crime e ser trazido de volta por um anjo que oferece a ele estar com a família no Paraíso em troca de alguns serviços.
Ele chegou a ter um vislumbre da sua família no Paraíso, mas foi banido para a Terra novamente após se recusar a continuar ajudando os anjos.
Creio que seja consenso que a melhor versão do Justiceiro foi feita por Garth Ennis, ao lado de Steve Dillon, numa minissérie em doze edições, retomando a ideia inicial de exército de um homem só.
Deu tão certo que a dupla Ennis-Dillon ficou incumbida de uma série mensal do personagem que começou em abril de 2000. Ennis ficaria à frente do personagem até 2008, construindo um Frank Castle que ia além de um simples vingador urbano.
Nessa fase, Frank Castle convivia com outros vigilantes, como o Santo, Mr. Payback, e o Elite.
Dentro de suas inúmeras versões alternativas dentro do universo Marvel (o Justiceiro foi negro em dado momento, uma corruptela do Frankenstein no Reinado Sombrio), vale um destaque e para a releitura do selo Marvel Noir, onde Frank Castelione, um veterano da I Guerra Mundial, defende, ao lado do filho, Frankie, sua loja contra o crime organizado.
Quando o pai acaba morrendo, Frankie se torna o Justiceiro, vestindo uma máscara estampada com um crânio.
Destaque também à versão do selo Marvel Max, para muitos o Justiceiro em sua essência!
JUSTICEIRO: No Cinema e na TV
A primeira encarnação do vigilante no cinema aconteceu em 1989, como resultado de seu sucesso na segunda metade dos anos 80.
“The Punisher”, trazia Dolph Lundgren no papel de um Frank Castle policial de Nova York e uma trama com pegada dos filmes de ação daquela década.
Havia diferenças gritantes da gênese do personagem e nem a caveira no peito ele trazia.
Só veríamos uma nova encarnação do Justiceiro nos cinemas em 2004, quando foi interpretado por Thomas Jane num roteiro alterado, e que tentava buscar o sucesso no vácuo da versão de Garth Ennis para o personagem nos quadrinhos.
“The Punisher”, de 2004, além de Jane, trazia no elenco John Travolta como líder da gangue que assassina a família de Frank Castle, e um roteiro baseado principalmente no clássico arco “Bem vindo de volta, Frank” e na minissérie “O Justiceiro: Ano Um”.
Thomas Jane ainda viveria Frank Castle no curta metragem “The Punisher: Dirty Laundry” em 2012.
No ano de 2008, o mesmo que finaliza a fase de Garth Ennis à frente do personagem nos quadrinhos, Ray Stevenson encarna Frank Castle no cinema, no filme “Justiceiro: Em Zona de Guerra”.
O mais brutal dos três filmes, desconsidera a existência dos dois anteriores, estando longe de uma continuação do filme de 2004.
Ele chega a lembrar o filme dos anos oitenta no quesito diálogo e traz uma cena em que o Justiceiro quebra o rosto de uma pessoa com um único soco.
Mesmo com todos estes esforços, creio que o melhor resultado nas telas do personagem seja na recente série produzida pela Netflix.
Após a participação na segunda temporada de Demolidor, o Justiceiro interpretado por Jon Bernthal ganhou uma série própria e confirmou toda a expectativa gerada ali, sendo a melhor aposta da Netflix no universo Marvel depois de Demolidor.
Na série, Frank Castle ganhou mais profundidade e complexidade, o que não ocorreram nos filmes que o coloca como um impiedoso aniquilador de bandidos.
Não que a violência não exista na série.
Acredito que a versão da Netflix seja ainda mais brutal que a dos três filmes do vigilante, ainda mais quando podemos acompanhar os conflitos emocionais e psicológicos de um homem sempre no limite.
https://youtu.be/lIY6zFL95hE
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