Invocation of Death – “Into the Labyrinth of Chaos” (2018) | Resenha

 

“Into the Labyrinth of Chaos”, do Invocation of Death, traz um death metal praticado com empenho, empolgação e muita energia, tirando os aspectos datados da proposta, mas sem descaracterizá-la. Se você gosta das formas mais pesadas, pútridas e mórbidas do heavy metal faça um favor pra si mesmo e confira este petardo!

Abaixo você lê nossa resenha completa de “Into the Labyrinth of Chaos”, primeiro álbum da banda salvadorenha Invocation of Death, lançado pelo selo Morbid Skull Records.

Invocation of Death - Into the Labyrinth of Chaos (2018)

O Invocation of Death já gera curiosidade pela música registrada em seu primeiro álbum, “Into the Labyrinth of Chaos”, quando tomamos conhecimento que é oriunda de El Salvador. Formado em 2017,  à partir da banda Antares Death, na capital San Salvador, o quarteto nos oferece sete composições do mais puro death metal old school à moda sueca, remetendo a nomes como Unleashed, Entombed,  Dismember, Grave e Carnage, seja em timbragem ou em atitude.

Ou seja, são sete faixas de um death metal firme e violento, com distorção característica escandinava que respinga sujeira pra todo lado. Algo bem desenhado em faixas como “Embrace of Hate” (a abertura insana que deixa até um clima de trilha sonora de filme de terror classe B na introdução), “Crawling the Dark” (arrastada e com passagens altamente técnicas), “The Convent” (pesadíssima) e “The Art of the Deformed” (combinando groove com caos).

Já em “Letanias del Caos” e “En El Altar de la Misantropia” (com peso absurdo e show do baterista que dá uma aula de técnica death metal) eles escolheram sua língua-mãe para passar as mensagens, o que gera ainda mais morbidez cativante, afinal, as línguas latinas carregam um peso eclesiástico que potencializa, por contraste, o profano. E não é só por isso que essas são as melhores faixas do disco, mas também por seus solos e passagens arrastadas de arrepiar.

Mas até por isso, não espere uma imitação latino-americana da proposta sueca, pois esses caras possuem sua personalidade e uma identidade musical bem construída por referências clássicas, se destacando não pela inovação em si, mas pela qualidade das composições impressas por um trabalho de estúdio orgânico.

Aqui, os movimentos acelerados e pesados são potencializados pelo contraste com breves passagens cadenciadas, e percebe-se uma valorização dos riffs e do baixo encorpado nas estruturas. O vocais seguem o padrão sueco, gerando diversos déjà vus ao longo do trabalho.

Não creio que a emulação da sonoridade old-school seja um problema, pois dizem com sua personalidade e criatividade, fiéis a certos impulsos transgressivos, o que os limites tradicionais do gênero que escolheram não permitem em seus cânones.

“Into the Labyrinth of Chaos”, em suma, traz um death metal praticado com empenho, empolgação e muita energia, tirando os aspectos datados da proposta, mas sem descaracterizá-la, algo que ouvimos claramente em “Solar Crisis”, que até se distancia um pouco da fórmula sueca. Se você gosta das formas mais pesadas, pútridas e mórbidas do heavy metal faça um favor pra si mesmo e confira este petardo!

Dicas de Discos de Death Metal:

  1. Celtic Frost – “To Mega Therion” (1985)
  2. Possessed – “Seven Churches” (1985)
  3. Death – “Scream Bloody Gore” (1987)
  4. Morbid Angel – “Altars Of Madness” (1989)
  5. Entombed – “Left Hand Path” (1989)
  6. Paradise Lost – “Lost Paradise” (1990)
  7. Obituary – “Cause Of Death” (1990)

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