O Wacken Open Air é hoje a Meca do Heavy Metal. Um festival realizado sobre solo sagrado para os fãs do gênero, alvo de uma espécie de peregrinação obrigatória para qualquer um deles.
E dentro desta relação quase religiosa, Kai Hansen é um dos sacerdotes mais importantes, afinal, poucos são aqueles que podem se orgulhar de terem criado e renovado um subgênero do Metal e, queiram ou não, ele é um destes poucos.
Neste contexto, não existiria melhor lugar do que este festival para que Hansen apresentasse seu primeiro show com o projeto Hansen & Friends, que lançou o ótimo “XXX: Three Decades In Metal”, uma concreta comemoração de sua história no Metal, escrita ao longo de trinta anos, à partir do lançamento do clássico “Walls of Jericho” (1985), do Helloween.
Confira nossa resenha para o álbum “XXX: Three Decades In Metal”, aqui…
Então, na sexta-feira, 15 de agosto de 2016, ele, ao lado de amigos, velhos e novos, levou sua festa metálica para os palcos da vigésima sétima edição do festival alemão!
Para nós que não pudemos estar presentes nesta edição do festival, a Shinigami Records lança no Brasil, em parceria com a earMUSIC, uma edição dupla com CD e DVD, de “Thank You Wacken – Live”, que traz exatamente esta celebração na íntegra.
“Thank You Wacken Live” registra o primeiro show do projeto Hansen & Friends, uma intensa comemoração de Kai Hansen e sua história no Metal, sobre solo sagrado do Wacken Open Air.
É importante ressaltar que “XXX: Three Decades In Metal” não havia sido lançado quando o show foi realizado (só sairia em setembro daquele ano), impressionando ainda mais pela recepção das novas composições por parte dos fãs, que já tentavam entoar o refrão de “Born Free”, primeira música do show, na segunda vez que ele aparece na composição.
E a adrenalina e o sabor de iguaria clássica, esbanjando peso e melodia, das novas composições tornaram a interação do público, em faixas como “Follow the Song”, “The Contract Song”, e “Enemies Of Fun”, quase que compulsórias.
Confira “Fire & Ice”, em dueto com Clementine Delauney, do Visions of Atlantis… [youtube https://www.youtube.com/watch?v=V4mI8tAgpCA&w=560&h=315]
Mas são nas melodias cativantes e modernas de “Fire & Ice” e “All or Nothing” (essa quase um Pop/Metal), em duetos com Clementine Delauney, do Visions of Atlantis, que as novas composições obtêm o maior sucesso.
Todavia, quando os clássicos do Helloween dão o ar da graça, a epifania é plena, a começar por “Ride The Sky” e “Victm of Fate” (com uma interpretação impecável de Frank Beck e um show de Hansen nas seis cordas), dos primórdios do Helloween, até o hino final, “Save Us”, já com a platéia em êxtase pela presença de Michael Kiske nos clássicos atemporais “I Want Out” e “Future World”.
Confira a performance de “Save Us”… [youtube https://www.youtube.com/watch?v=PQnL6cjo3iY&w=560&h=315]
Há de se ressaltar que Mr. Kiske já entrou no palco com o público nas mãos, guiando o coro que cantava cada palavra das letras destes dois clássicos. Nunca é demais lembrar que essas três faixas (“Save Us“, “I Want Out” e “Future World”) estão nas duas partes de “Keeper of The Seven Keys”, dois dos marcos mais importantes da história do Heavy Metal.
Além disso, a banda que acompanha Hansen, completada por Eike Freese (guitarras), Alexander Dietz (baixo, do Heaven Shall Burn), Michael Ehré (bateria, Gamma Ray, The Unity), Corvin Bahn (teclados), Clémentine Delauney (vocais) e Frank Beck (vocais), é de primeiro nível técnico, mantendo o feeling com uma postura de palco energética.
Confira a participação de Michael Kiske em “I Want Out”… [youtube https://www.youtube.com/watch?v=U771VNq1zOw&w=560&h=315]
A captação do som foi impecável, sendo possível detalhar cada instrumento, mas também impactando pelo corpo maciço do instrumental, e sem que a produção final alterasse a espontaneidade da atmosfera do show.
Uma última observação neste quesito. Esta resenha foi escrita com base no DVD, e posso estar errado, sendo esse fato mais natural do que eu imagino (não costumo comparar áudios de CDs e DVDs), mas, aos meus ouvidos, o som do DVD se mostrou melhor que o áudio do CD.
Por fim, só nos resta separar aquela cerveja alemã e juntar-nos a Kai Hansen nessa celebração de uma trajetória que já se confunde com a história moderna do Heavy Metal!
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