“Vida” (Life) é um filme de 2017, onde uma equipe de seis astronautas da Estação Espacial Internacional descobre sinais de vida inteligente em Marte e a investigação do fato gera consequências inimagináveis.
Abaixo você lê a resenha feita pelo nosso colaborador Ricardo Leite Costa.
O fascínio e a curiosidade na existência de vida extraterrestre acende a imaginação humana há décadas, afinal, seria muita pretensão acreditar que somos os únicos na imensidão do cosmo. Tal premissa já fora explorada nas mais diversas plataformas, e o cinema sempre foi um dos terrenos mais férteis neste segmento.
Muitas obras retratam seres alienígenas de forma amistosa, outras revelam intenções suspeitas ou até mesmo genocidas por parte de nossos irmãos intergalácticos. O fato é que o subgênero do Horror Sci-Fi, ou Thriller de ficção científica, possui um verdadeiro séquito de entusiastas.
“Vida” (Life / 2017) prometia uma reviravolta no estilo (pelo menos ouvi falar muito bem dele), causando certo alvoroço no circuito nacional na época de seu lançamento. Mas afinal, o filme cumpre o que promete ou é só mais um exemplo do uso exaustivo e massificado de todos os clichês já explorados no universo hollywoodiano? Um pouco dos dois, com mais ênfase no segundo aspecto, eu diria.
O argumento se sustenta na equipe de pesquisadores que são enviados a uma estação espacial americana a fim de estudar o solo e a atmosfera de Marte (sempre ela), coletando amostras de solo a fim de, em uma minuciosa análise, encontrar resquícios de vida no planeta vermelho, e não é que encontram mesmo?
A princípio, o que parecia ser uma forma de vida primitiva e uma grande descoberta histórica para a humanidade, se revela uma dor de cabeça daquelas bem inconvenientes.
Certamente você já se deparou com algo parecido, naturalmente.
O longa se utiliza de referências como “Alien – o oitavo passageiro” (de Riddley Scott/ 79), principalmente na ambientação claustrofóbica e escura da estação espacial, onde a criatura se esgueira entre tubulações e compartimentos secretos; “O Enigma de Outro Mundo” (The Thing, maior clássico do gênero, lançado em 82 e dirigido por John Carpenter) e “A Bolha Assassina” (The Blob, remake do filme homônimo de 58, dirigido por Chuck Russel / 88), onde o organismo, anteriormente diminuto e rudimentar, vai aumentando de tamanho e complexidade conforme vai se alimentando.
Pinçando elementos aqui e acola, Rhett Reese e Paul Wernick construíram um roteiro de certa forma linear, mas deveras genérico e sem grandes aspirações. Tudo o que observamos em “Vida” é previsível, raso e pouco inspirado.
Além disso, apesar do elenco contar com pelo menos dois grandes astros da atualidade, Jake Gyllenhaal e Ryan Reynolds, ambos estão totalmente insípidos em seus respectivos papéis. O primeiro interpreta o Dr. David Jordan, um médico ex-militar que perdeu a fé na humanidade e parece não fazer questão alguma de voltar ao seu planeta natal, enquanto Reynolds encarna Rory Adams, engenheiro de sistemas que, ao contrário do que todos pensavam, definitivamente não é o alívio cômico da trama.
Aliás, o cara entra mudo e sai calado, com poucas falas e sem nenhuma piada pronta, nem explícita e nem subliminar. Ambos aparentam cansaço, morosidade, como se estivessem lá puramente pra ganhar uns trocados.
Aliás, é importante salientar que é impossível haver identificação com uma equipe tão insossa quanto a escolhida para o filme. Não há carisma, entrosamento e nem familiaridade entre eles, tanto que não consegui torcer pra ninguém sobreviver e mostrar pra criatura quem é que manda. Eu queria mais era ver o bichão se deleitando de cada um pra acabar logo com o martírio.
A narrativa é até bem dinâmica, sem nenhum desenvolvimento específico de personagens e partindo, ao menos da metade em diante, para a ação de fato. Nesse quesito, o filme é até razoável, com boas cenas de ação e até alguns sustos mais comedidos, porém percebemos que não havia como ser diferente.
A história é manjadíssima, não permitindo experimentalismos ou inovações em cima do gênero. É a boa e velha luta pela sobrevivência frente a um inimigo desconhecido e letal.
O bom clima de tensão, a trilha sonora efetiva e a caracterização da criatura da metade para frente (sim, pois inicialmente a mesma parecia uma casca de banana translúcida com personalidade homicida) são os destaques do filme, mas nem de longe constituem na salvação do mesmo.
“Vida” é aquela típica diversão descompromissada, que você assiste na ausência de coisa melhor pra fazer, tem alguns bons momentos de distração e, imediatamente após o término da sessão, você nem ao menos se lembra do nome de algum dos personagens.
Dá bem pra assistir, mas prefira os originais. Vá sem grandes anseios para a dor ser menor.
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Adoro os filmes de suspense! Atualmente o meu preferido é Vida, Uma historia cheia de cenas que me encheram de gargalhadas e que me divertiram de tarde, porém considero que é um filme feito só para jovens, por que tem um humor muito característico da juventude atual.