“Pantera Negra” (2018): Muito Além de um filme de Super Heróis

 

O filme  “Pantera Negra”  é uma história da Marvel Studios adaptada às telas de cinema.

O longa vem atingindo um grande sucesso de bilheterias, de acordo com o site Jovem Nerd “o filme tornou-se a terceira maior bilheteria da Marvel nos EUA, com US$ 411 milhões arrecadados.”

Como principal elenco temos, Chadwick Boseman (Pantera Negra), Michael B. Jordan (Erik Killmonger), Lupita Nyong’o (Nakia), Danai Gurira (Okoye), Forest Whitaker (Zuri) , Daniel Kaluuya (W’ Kabi), Angela Bassett (Ramonda), Andy Serkis (Garra Sônica), Martin Freeman (Everett Ros), Florence Kasumba (Ayo), Wiston Duke, Sterling K. Brown (N’Jobu), Letitia Wright (Shuri), John Kani, Atandwa Kani (T’ Chaka), Isaach de Bankolé, Sidelle Noel ( Xoliswa).

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“Pantera Negra” (“Black Panther”, 2018, DISNEY/BUENA VISTA – Direção: Ryan Coogler)

Dirigido por Ryan Coogler, que tem em seu currículo o filme  “Creed: Nascido para Lutar” e “Fruitvale Station- A Última Parada”, o longa-metragem narra a história de T’Challa (Chadwick Boseman) e sua volta para assumir o trono de Wakanda, país africano no qual é caracterizado como uma nação mais rica e avançada em tecnologia do planeta por comportar a maior reserva de Vibranium, um metal fictício extremamente raro no Universo Marvel, mais conhecido por ser usado para construir o escudo do Capitão América entre outros objetos.

Para que T’Challa possa conduzir Wakanda, precisará passar por uma cerimônia de iniciação, ingerindo assim, uma erva mística para lhe dar poderes, tais como: sentidos mais aguçados, força, velocidade e resistência.

Mas o seu novo governo é interrompido pelo ambicioso Killmonger (Michael B.Jordan),  que busca vingança pelo seu pai morto  e seu exilio fora de Wakanda,  sendo  criado  e influenciado desde criança pela  violência  e pelo  racismo de Oakland, ele chega a Wakanda para reivindicar seu direito ao trono, enfrentando T’ Challa em uma batalha, cena na qual mostra uma combinação perfeita de cenário, música, e luta em uma mescla com a   ancestralidade africana.

Para quem não conhece sobre o Pantera Negra e sua história, o filme oferece essa oportunidade para compreender melhor sobre a trajetória do herói, concedendo um entendimento maior sobre suas origens para o telespectador.

Chamando a atenção  de que todos os seus protagonistas são negros, e tendo muito referência da cultura africana, no país de Wakanda que esconde um reino com uma tecnologia futurística,  invertendo os papeis predominantes entre os filmes nos quais os negros são representados de uma forma preconceituosa, na maioria das vezes como criminosos.

Além disso, quebra estereótipos  sobre o Continente Africano que é visto pela maioria da sociedade como algo atrasado, Wakanda é um reino que aparentemente é pobre, mas esconde   um avanço não só tecnológico mais social muito grande.

Há conceitos surpreendentes que foram trabalhados com muita audácia e harmonia no decorrer da história, como os espirituais e políticos no meio das cenas de ação, com críticas a escravidão e ao racismo.

O filme traz muita representatividade em seus figurinos, com detalhes tribais e na sua trilha sonora  a  força dos tambores.

Nesse panorama, Ryan Coogler monta um herói africano sem estereótipos, uma adaptação que não foi marcada pela indústria eurocêntrica.

Não podendo esquecer de outro ponto fundamental que é mostrado no decorrer do enredo no qual remete ao empoderamento feminino, as mulheres fazendo parte da grande maioria dos personagens desta trama, “o que seria desses homens sem essas mulheres”, lideres, guerreiras, rainhas, princesas, cientistas.

Pantera Negra que me perdoe, mas sem elas nem ganharia a batalha contra Killmonger.

Por Erica Fernanda

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