Charles Bradley – “Changes” (2016) | Resenha Expressa

 

“Changes”, do Charles Bradley é o objeto nesta seção onde apresentamos uma resenha rápida e de forma tão direta que vai agradar até mesmo quem acha os 280 caracteres do Twitter uma ostentação desnecessária! 

Charles Bradley - Changes

Quem e O Quê?

“Changes” é o 3 álbum lançado pelo cantor americano de funk/soul Charles Bradley. A faixa-título do álbum é um cover da música do Black Sabbath e foi lançada pela primeira vez como um single da Record Store Day Black Friday em 2013

Ficha Técnica:

  • Ano de Lançamento: 2016
  • Número de Faixas: 11
  • Produção:  Thomas Brenneck
  • Selo: Daptone Records
  • Duração: 40:44

O que eles dizem do disco:

O site AllMusic concedeu ao álbum uma crítica positiva, afirmando que “o poder bruto da voz de Bradley é mais poderoso, e há um forte sentimento de desejo e necessidade nesta música que é quase tátil em seu realismo”

O que nós achamos do disco:

Como um fã de heavy metal, logicamente tenho um certo carinho para com as canções do Black Sabbath, especialmente da fase-Ozzy Osbourne, à exceção de “Changes”, que considero uma monótona e  modorrenta balada ao piano, presente no seminal álbum “Vol 4.” (1972).

Completamente deslocada, não somente no álbum, mas em toda aquela fase da banda, esta canção, aos meus ouvidos, não tinha salvação! Claro que este veredicto fora proferido quando Charles Bradley ainda estava escondido em algum subúrbio norte-americano, pois somente ele conseguiria transformar aquela balada insossa, composta como imposição da gravadora para tocar no rádio, em uma acachapante e melancólica balada soul, de arranjos brilhantes, baseados no original, mas engrandecidos pela interpretação de Bradley. Meu Senhor, como canta esse cara!

O canto de Charles Bradley possui uma urgência de desabafo que transpira sentimento puro e honesto, seja ele para a alma ou para a carne, sempre emoldurado por melodias açucaradas e envolventes, em conluio a um groove malicioso, texturas e timbragens de tonalidades vintage, mas sem soar datado.

Claro que a base dos arranjos advém da instrumentação clássica do soul, bebendo diretamente da fonte de James Brown, Otis Redding e Al Green, mas a produção deu um toque de modernidade ao instrumental, onde se destacam os naipe de metais melodiosos e incisivos e os trabalhos de vozes.

Este álbum mostra, ainda mais explicitamente que o excelente trabalho anterior, a versatilidade de Bradley, em baladas inspiradas, iluminadas influências de gospel/spiritual, além de remodelagens pulsantes e lascivas do soul/funk e que certamente fazem deste um dos melhores discos de 2016.

Músicas de Destaque:

“Crazy For Your Love”, “Nobody But You”, “God Bless America”, “Change For The World”, “Good To Be Back Home”, Ain’t Gonna Give It Up”, “Ain’t It a Sin” e “You Think I Don’t Know”

Pra Quem Gosta de:

James Brown, Otis Redding, Bill Withers, Billy Paul e Al Green

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