Buddy Holly e Ritchie Valens: O Dia em Que a Música Morreu (1959)

 

O dia em que a música morreu!

Este foi um dos dias masi trágicos dentro da história do rock, onde dois dos grandes ícones da primeira geração do estilo morreu e deu início à primeira tentativa de silenciar a rebeldia musica que promovia.

Até a apresentação de TV onde Elvis Presley é recebido por Frank Sinatra, e um simbólico abraço de aceitação da velha guarda ao novo ídolo que não se mostrava mais tão perigoso como antes, o rock viu seus dias mais conturbados.

A primeira fase do rock termina com o apagar das luzes desta apresentação que levou para o outro lado do Atlântico a motivação para o próximo passo a ser dado por um grupo de bandas britânicas que invadiriam a América.

Naquele momento, Elvis estava liderando um exército de um homem só após os problemas com Jerry Lee Lewis e Little Richard e a tragédia que envolveu Buddy Holly e Richie Valens, ficou conhecido como o dia em que a música morreu!

O Dia Em que A Música Morreu Ritchie Valens Buddy Holly

Buddy Holly e Ritchie Valens: O Dia em Que a Música Morreu (1959)

Uma das canções mais conhecidas da história talvez seja America Pie, de Don McLean, regravada por diversos nomes da música.

Sua letra é enigmática e traz inúmeras interpretações, mas os versos “Eu não consigo lembrar se eu chorei/ Quando eu li sobre a viúva dele/ Mas algo me comoveu profundamente/ No dia em que a música morreu…” são uma clara referência ao dia 3 de fevereiro de 1959, que ficou conhecido como o dia em que a música morreu.

Muito mais do que apenas um acidente de avião que vitimou três nomes da música pop em alta naqueles dias, a tragédia marcou uma geração.

Os três nomes eram Buddy Holly, aclamado líder dos Crickets que despontava com um álbum considerado de importância vital na história do rock, Ritchie Valens, um dos primeiros grandes compositores do rock e J “The Big Bopper” Richardson.

Esta união mostrava o pouco sopro de vida que o rock tinha no fim dos anos 60, quando Elvis estava no exército, Little Richard se tornara pastor evangélico após uma epifania num avião que culminou no defenestramento de seus anéis de diamante rumo ao oceano, além de Chucky Berry que estava preso e Jerry Lee Lewis que se manchou socialmente ao casar com uma prima de apenas 13 anos.

Os sucessos, principalmente de Valens e Holly eram o pouco que sobrava de um estilo considerado naqueles dias como moribundo.

Naquela noite de fevereiro, o rock assistia o acontecimento de sua primeira tragédia, quando, após um show em Clear Lake, Iowa, os três morreram em um desastre de avião motivado pela pressa de chegar até o próximo destino, selando o caixão do rock que só veria seu renascer quando os Beatles viessem para clamar o trono do rock do outro lado do Atlântico.

A importância dos três é vital para o rock, seja no pioneirismo, ou na influência. Buddy Holly, por exemplo, foi um dos primeiros a compor, gravar e produzir seus próprios discos, sendo citado como uma das principais influências da geração britânica que seguiria.

Inclusive muitos alegam que o nome dos Beatles (uma corruptela para a palavra besouro em inglês) seria inspirada nos Crickets (traduzido como Grilos) e é fato que um dos primeiros sucessos dos Rolling Stones foi para a canção Not Fade Away, de Buddy Holly.

Já Valens, quando faleceu tinha apenas dezessete anos e já havia emplacado dois sucessos atemporais: La Bamba e Donna. Apesar de ser o menos famoso,  J “The Big Bopper” Richardson foi um dos pioneiros nos videoclipes e a misturar humor ao rock n`roll, quando criou o vídeo para a canção Chantilly Lace.

Não existem dúvidas do impacto deste encontro na história do rock, que poderia ter sido ainda mais rica sem a perda destes três nomes.

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