Dia Indicado para ouvir: Sexta-feira
Hora do dia indicada para ouvir: Duas da Tarde.
Definição em um poucas palavras: Old-School, Guitarra, Pesado, Guerra
Estilo do Artista: Speed/Thrash Metal.
Comentário Geral: Com claras influências de Motorhead, o At War se tornou umas das mais cultuadas e obscuras bandas do thrash/speed metal americano da década de 1980.
Até por ser um nome do underground da primeira década do gênero, não chega a assustar a proposta suja, rápida, visceral e deliberadamente nada refinada impressa em seu primeiro disco, “Ordered to Kill”.
Principalmente por isso, e por sua honestidade agressiva, pela produção crua, o At War ainda soa tão cativante atualmente.
Muito dessa visceralidade que se escuta nessas músicas vem das influências do hardcore absorvidas por Paul Arnold, um confesso fã de bandas como Agnostic Front, Bad Brains e Broken Bones.
É redundante dizer que o que ouvimos aqui é old-school, pois esses caras estavam lá, construindo as formas mais pesadas do heavy metal à partir de referências óbvias, mas com personalidade e muita vontade.
O trio foi formado em 1983 com o guitarrista Shawn Helsel, o baterista Dave Stone e o baixista Paul Arnold.
O plano inicial era ter um vocalista e a banda chegou a ir atrás de alguns nomes, mas os vocais agressivos de Paul Arnold se encaixaram tão bem na sonoridade que vinha sendo desenvolvida que optaram pelo formato power trio.
Após gravarem a primeira demo-tape, que continha as duas primeiras composições da banda, “Eat Lead” e “Rapechase”, o nome do grupo percorreu todo o underground musical situado à esquerda e à direita do oceano Atlântico.
A resposta dos fanzines e dos periódicos especializados foi muito positiva. Tanto que a revista Spin os referenciava como a resposta americana ao Motorhead.
Segundo Paul Arnold, “Eat Lead” foi a primeira experiência da banda em estúdio e pela falta de dinheiro só conseguiram registrar duas faixas, mesmo tendo todas as músicas do disco já compostas.
O que não impediu o material de causar certo alarde.
Essa primeira demo tape foi lançada em 1985 e logo trouxe alguma atenção ao trio, culminando na inclusão da faixa-título na histórica coletânea “Speed Metal Hell”, lançada pelo selo New Renaissance Records.
O mesmo selo por onde lançariam este “Ordered to Kill”, em 1986.
Esse debut foi registrado no Live Oak Studios. A escolha se deu pela vontade da banda em trabalhar novamente com o engenheiro de som da demo tape “Eat Lead”.
Paul Arnold lembra que nessa época o At War ainda era muito inexperiente, mas tinha muita vontade e estava pronto para dar esse passo adiante na carreia: “Foi muito divertido e nós aprendemos muito”, ele declararia mais tarde.
No geral, o que ouvimos em “Ordered to Kill” é um heavy metal influenciado, não só pelo trio liderado por Lemmy Kilmister (o cover para “The Hammer” que abre o lado B é simplesmente insano), mas por nomes que começavam a desenhar o esboço do que viriam a se tornar os diversos afluentes do metal extremo.
O próprio Arnold fala sobre esse início e suas influências:
“Bandas como Exodus, Metallica, Slayer e At War foram formadas na mesma época e todas possuem o mesmo tipo de influências. Todos nós compartilhamos o amor pelas bandas de NWOBHM, e somente levamos isso um passo além depois de ouvirmos Venom, Ramones e Motorhead.”
Por exemplo, “Capitulation” é claramente inspirada no grupo suíço Celtic Frost; “Ordered To Kill” (uma das melhores músicas de speed/thrash metal já escritas) tem o tempero utilizado pelo Metallica em certas canções do álbum “Ride The Lightning”; “Rapechase” e o clássico “Eat Lead” nos remetem ao que o Slayer fazia em seu início de carreira; enquanto “I.L.S.A. (She Wolf of the S.S.)”, uma música inspirada num filme homônimo de 1975, mistura isso tudo num caldeirão só.
Até por isso, temos em “Ordered to Kill” um álbum que pode figurar entre os grandes clássicos do speed metal oitentista, por apresentar uma grande variação em suas canções que vão das “pauleiras” aceleradas e diretas como “Mortally Wounded”, aos momentos mais cadenciados, como na fabulosa “Dawn Of Death”.
No quesito instrumental, o power trio americano não deixa a desejar e diversas vezes causa espanto que essa massa sonora venha apenas de três músicos.
Um baixo muito forte, pesado e pulsante dá o caminho para as músicas com bateria versátil e caótica, além de guitarras arrasadoras, tanto nas bases quanto nos solos.
A recepção de “Ordered to Kill” foi tão boa que a New Renaissance Records decidiu colocar a outra música daquela primeira demo tape, “Rapechase”, no segundo volume da coletânea “Speed Metal Hell”.
Após uma turnê de divulgação o At War rumou para o Pyramid Sound Studio para trabalhar em seu segundo disco ao lado do produtor Alex Perialas. O disco seria batizado como “Retaliatory Strike”, e seria lançado em 1987, mas isso é assunto para um outro artigo.
Para muitos, “Retalliatory Strike” é o melhor dos dois únicos lançamentos da banda nos anos 1980, mas discordo por sentir nas músicas deste “Ordered To Kill” uma naturalidade que não está presente nas mais retas e melhor produzidas canções do álbum posterior.
Na virada da década de 1980 o At War já tinha um novo disco composto, mas que foi abandonado. Eles nunca acabaram com a banda oficialmente e fizeram shows até 1994.
Porém houve um hiato até 2006 quando a formação original de reuniu novamente e produziram seu último disco, “Infidel”, lançado em 2009.
Simplesmente por ser “Ordered To Kill” um clássico do underground metálico, VOCÊ DEVIA OUVIR ISTO!
Ano: 1986.
Top 3: “Ordered To Kill”, “Eat Lead” e “Dawn Of Death”.
Formação: Paul Arnold (baixo e vocal), Shaun Helsel (guitarra), Dave Stone (bateria)
Disco Pai: Motorhead – “Ace Of Spades” (1980)
Disco Irmão: Blood Feast – “Kill for Pleasure” (1987)
Disco Filho: Sodom – “M-16” (2001)
Curiosidades: Este álbum ficou fora de catálogo por quase uma década. Neste período, os famosos bootlegs infestavam o underground mundial com cópias não autorizadas. Um destes itens é raríssimo por conter a faixa “Fuckadafi” como bônus, que mais tarde seria adicionada ao álbum em seu relançamento em CD no ano de 1998.
Pra quem gosta de: Guerras, som no volume máximo, thrash metal americano, roupa com camuflagem e cerveja (mesmo quente).
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