Pänzer – Resenha de “Fatal Command” (2017)

 
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Pänzer: “Fatal Command” (2017, Nuclear Blast, Shinigami Records) NOTA:8,5

Do line up que gravou  “Send Them All To Hell”, dois anos e meio atrás, o guitarrista Herman Frank abandonou o barco sendo substituído por V.O. Pulver e Pontus Norgren, o que gera expectativa quanto ao segundo e mais recente trabalho do Pänzer, banda de Heavy/Thrash Metal liderada pelo vocalista/baixista Schmier (do Destruction) ao lado do baterista Stefan Schwarzmann, à começar pela capa tão bela quanto genial.

E se você acompanhou e gostou do primeiro álbum não existirá o que reclamar de “Fatal Command”, afinal o assunto aqui é o mais puro Heavy Metal com espírito oitentista, sem limite de velocidade, bem esmerado nas passagens cadenciadas, e com dinâmica amplificada pela produção moderna.

Além disso, o vocal de Schmier dá a agressividade ideal para as linhas mais melódicas (com alguns ganchos saborosos) que ele emprega no Panzer, em formas sujas, mas ainda assim encaixadas às “normas” do classic metal, o que confere certa dose de insanidade controlada aos vocais.

Confira  lyric video para a faixa ” We Can Not Be Silenced”… [youtube https://www.youtube.com/watch?v=HoLLWKwkM-4&w=560&h=315]

Todavia, cabe o aviso de que não temos um novo Destruction e também não pense que a fórmula é datada pelo referencial clássico, pois as canções conseguem transitar para a sonoridade moderna com apenas um riff de guitarra. Aliás as guitarras estão alucinantes, com riffs incendiários e solos bem trabalhados, sendo a parte mais brilhante do instrumental, invocando todos os mandamentos do heavy metal.

E como a própria capa mais “vicejante” e provocativa, menos “bélica” que outrora, sugere, temos algo mais trabalhado (o que já era de se esperar pela adição de mais uma guitarra), remetendo aos aspectos da NWOBHM, com agressividade e melodias que saciarão a sede pelos modos clássicos e perigosos do metal, com um pé no thrash/tpeed metal, numa versatilidade que remete tanto a nomes como Judas Priest e  Accept, quanto a Headhunter e Rage.

Nesse sentido, “Satan’s Hollow” abre os trabalhos com um speed/heavy metal de ritmo vertiginoso, dona de melodias com intensidade e peso como nos bons tempos do gênero, como veremos de novo em “Scorn and Hate”“Promised Land”.

Confira o clipe para a faixa-título… [youtube https://www.youtube.com/watch?v=T0RRjPo9cSY&w=560&h=315]

“We Can Not Be Silence”, por sua vez, vem com versos engajados (perguntando se esta é forma ideal de proteger nosso país?) e muito peso nas bases, sendo um dos destaques de “Fatal Command”, junto a faixa-título e “I’ll Bring You the Night” e seu classicismo metálico à moda Accept (que também aparecerá em ” Afflicted”), mais melódica e cadenciada.

Nestas faixas citadas podemos perceber que revitalizam aspectos oitentistas do gênero (fato provado no cover para “Wheels of Steel”, do Saxon), pelo peso (mais presente em “Bleeding Allies”, “The Decline (…And the Downfall)”“Mistaken”) e velocidade bem equacionados, num desfile metálico puro e sem firulas, bem produzido, e trabalhado nos detalhes. “Skullbreaker”, por exemplo, tem uma dramaticidade envolvente, lembrando vagamente o Megadeth.

Ou seja, “Fatal Command” não é nada além de um eficiente álbum feito por quem gosta de heavy metal para quem gosta de heavy metal!

Confira  lyric video para a faixa “I’ll Bring You the Night”… [youtube https://www.youtube.com/watch?v=RzeVTpssDGk&w=560&h=315]

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