“The Violent Sleep of Reason” é o oitavo álbum de estúdio da banda sueca de prog metal Meshuggah.
A menos que você seja um daqueles que amam odiar o Pink Floyd, a referência ao título do álbum “A Momentary Leapse of Reason”, do lendário grupo progressivo, será imediata neste novo trabalho do Meshuggah.
Quiçá, esta também seja a maior relação com a música progressiva que amarra este assalto musical em forma de música extrema.
A figura que estampa o álbum remete diretamente à deusa Kali, que promove a reconstrução pela destruição, algo também realizado pela banda quando explora ritmos e velocidades em sua formatação musical, numa desconstrução investigativa do metal extremo, se valendo de um Thrash Metal técnico, que por vezes flerta com o Death Metal, principalmente pelo groove noventista, remetendo à melhor fase do Meshuggah no início do novo milênio.
Para a impressionante arte de capa, inspirada na obra do pintor espanhol Goya ‘El sueño de la razón produce monstruos’ (‘O Sonho da Razão Produz Monstros’ em português), foi recrutado mais uma vez Keerych Luminokaya que já tinha trabalhado com a banda nos álbuns “Kolos” (2012) e “The Ophidian Trek” (2014).
A base sólida é engrandecida pela técnica instrumental dos integrantes, dotada de rigor quase matemático em seus andamentos, desta vez um pouco camuflado pela produção mais orgânica que o Meshuggah talvez tenha experimentado nos últimos dez anos, fator que contribui para o impacto das linhas de guitarra, donas de riffs brutais e técnicos, que perfuram a parede sonora ainda cravada por vocais agressivos.
Ou seja, o que temos aqui é aquela sonoridade em que a banda é catedrática, com pegada extrema e milimetricamente detalhada. Resultado: Uma pedrada metálica para separar a carne dos ossos!
“Clockworks” abre o trabalho com uma vigorosa massa de guitarras que ganhará doses de groove em “Born In Dissonance”, que ainda traz vocais vomitados e explícitas influências de Death Metal.
Nestas duas faixas já notamos que as linhas de baixo serão um destaque à parte, principalmente quando dobradas às linhas de guitarra, gerando um peso monstruoso e gorduroso que alicerça solos desencaixados dos arranjos que, por sua vez, ganham vida própria e se contextualizam de modo quase mágico ao trabalho que é guiado por linhas ousadas de bateria.
Além destas duas, “MontroCity”, “By The Tron” (espetacular!), “The Violent Sleep of Reason” (uma pouco mais sombria e de clima psicótico), “Ivory Tower” (com seus arranjos cíclicos), “Stifled”, “Nostrum”, “Our Rage Won’t Die” e “Into Decay” completam o álbum com alto nível constante, sendo impossível destacar um ponto de máximo!
Quanto a nós, se estivermos conscientes após esta brutal destruição em forma de Heavy Metal, só temos que agradecer ao Meshuggah por ter nos dado seu melhor álbum desde “Nothing” (2002)!
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