Voodoo Circle – Resenha de “Raised On Rock” (2018)

 
Voodoo Circle Raised On Rock
Voodoo Circle: “Raised On Rock” (2018, AFM Records, Vallhall Music) NOTA:9,0

Este é o quinto álbum de estúdio da banda alemã Voodoo Circle, originalmente formada em 2008, e que traz em suas fileiras os membros do Primal Fear, Matt Sinner (baixo), Francesco Jovino (bateria) e Alex Beyrodt (guitarra).

Mais do que isso, este “Raised On Rock” marca a estréia do vocalista Herbie Langhans, que ocupa o lugar deixado por David Readman em 2016.

E sempre que este posto sofre alguma alteração, seja em qual banda for, a expectativa do teor de mudanças que isso trará para a personalidade musical é alta.

No caso do Voodoo Circle as mudanças existiram, mas não foram drásticas. Só diminuíram novamente as parcelas de Deep Purple (que aparecem somente no final com “Love Is An Ocean”), Led Zeppelin e Rainbow (apesar da espetacular e épica “Dreamchaser”) da fórmula utilizada em “Whisky Fingers” (2015), álbum anterior.

Claro que o sabor musical é diferente, mas agora temos uma influência mais oitentista nas composições, diminuindo levemente o tempero blues, e com Langhans não negando os mimetismo “coverdaleneanos”.

Além disso, desta vez não contam com Alessandro Del Vecchio nos teclados, que foram registrados por Corvin Baln.

As guitarras já se revelam poderosas de saída em “Running Away From Love”, invocando todo o conhecimento do heavy metal tradicional que seus membros possuem, mesclando-os aos preceitos do Hard Rock oitentista, com adrenalina no instrumental e determinação melódica nas linhas vocais, além de teclados climáticos e muito bem colocados no segundo plano. Uma proposta rápida e cheia de feeling que se repetirá em “Ultimate Sin”. 

“Running Away From Love” é uma faixa de abertura cativante e eletrizante que prepara o terreno para o desenho musical que se seguirá, alinhado ao classic rock de aspirações hard rock, com classe e malícia bluesy, além de muita personalidade para estabelecer essa sonoridade com as armas modernas.

Perceba como “Higher Love”, e “Walk On The Line” já na sequência dão uma arejada nos ensinamentos blues/hard rock do Whitesnake, que chega a ser estendida para uma exploração southern/country controlada pelo peso do hard rock em “You Promised Me Heaven” (de longe uma das melhores do disco), enquanto  “Just Take My Heart” (um AOR de primeira) e “Where Is The World We Love” (uma reencarnação de “Is This Love”, do Whitesnake) reafirmam o fato do álbum se voltar para a forma oitentista do rock, e “Chase Me Away” (alguns momentos da linha vocal me lembrou “November Rain”, do Guns N’ Roses) é uma balada bluesy  de arrepiar. 

Por fim, fica claro que “Raised On Rock” além de superar as adversidades, busca inspirações na imagética do classic rock oitentista, num álbum energético, melódico, se dividindo entre a modernidade e o classicismo, menos épico e classudo e mais malicioso e libertino.

Confira o clipe de “Higher Love”… [youtube https://www.youtube.com/watch?v=RZ05TMMQ3VI&w=560&h=315]

Confira a faixa “Running Away From Love”… [youtube https://www.youtube.com/watch?v=DL52B6I_r2w&w=560&h=315]

Outros Artigos que Podem Ser do Seu Interesse:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *