The Beatles – “The Beatles” (White Album) | Discos que Você Devia Ouvir

“The Beatles”, também conhecido como “White Album”, clássico disco da banda BEATLES, é nossa indicação de hoje na seção DISCOS QUE VOCÊ DEVIA OUVIRcuja proposta você confere nesse link.

Capa minimalista do álbum "The Beatles" (White Album), lançado em 1968 pela Apple Records.

Introdução

Você, assim como eu, deve saber que The Beatles é uma das bandas mais influentes de todos os tempos, e o seu célebre White Album é considerado por muitos (inclusive por mim) um marco essencial do Classic Rock. Eu coleciono discos há anos e posso garantir que ter este álbum na prateleira é uma experiência única, tanto para entender a evolução do rock quanto para apreciar a genialidade do quarteto de Liverpool.

The Beatles – White Album: Por Que Você Precisa Ouvir Este Clássico?

Agora vou compartilhar minhas impressões pessoais sobre o White Album e apresentar cada detalhe que o torna indispensável para qualquer colecionador ou fã de boa música. Prepare-se para descobrir fatos históricos, curiosidades e toda a atmosfera que envolve esta obra-prima. E, claro, se você gostar do conteúdo, não deixe de comentar lá embaixo e compartilhar com mais pessoas que também amam o Classic Rock!

Definição em poucas palavras

  • Adulto, Classudo, Obra-Prima.

Estilo do Artista

  • Classic Rock.
Os integrantes da banda em estúdio, durante as sessões de gravação de “Honey Pie” para o White Album, em 1º de outubro de 1968
Um raro vislumbre dos bastidores da gravação de “Honey Pie” no White Album. Garanta já a sua cópia desse clássico indispensável e viva a magia de cada faixa!

Comentário Geral

Perdoem-me os críticos e historiadores que clamam por Sgt. Pepper’s… ou Abbey Road, mas considero este o melhor álbum do quarteto de Liverpool. Em formato duplo, The Beatles, ou White Album, foi lançado em 1968, contendo 30 faixas das 34 composições novas que a banda tinha em mãos na época. As músicas foram distribuídas em dois discos, embalados por uma arte gráfica minimalista, apenas branca, com o nome da banda em alto relevo.

Eu, como colecionador, acho fascinante o contraste entre a capa branca, simples, e a arte revolucionária de Sgt. Pepper’s, o trabalho anterior formado apenas por canções inéditas. Dentre as muitas composições, a primeira a ser finalizada foi Lady Madonna, lançada em 15 de março de 1968 no décimo sétimo single dos Beatles, tendo no lado B a canção The Inner Light.

Esta última foi a primeira composição de George Harrison a entrar em um single oficial da banda. Depois da gravação de Lady Madonna, o quarteto partiu para a Índia, onde ficou por diversas semanas para se aprofundar em meditação transcendental com Maharishi Mahesh Yogi. Esse período foi incrivelmente prolífico em termos de composições.

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Das sessões de gravação anteriores à viagem, resultaram oito composições, com Lady Madonna se destacando como a mais brilhante. Escrita por Paul McCartney, ela traz uma homenagem às mulheres e um retorno à sonoridade pura do rock’n’roll. O icônico riff de piano foi inspirado em uma canção tímida dos anos 1950, chamada Bad Penny Blues.

Para mim, esta faixa sinaliza o marco final de um período de colagens sonoras e efeitos especiais em estúdio, já que a sonoridade retorna a algo mais cru, embora ainda belíssimo. Nessa mesma sessão de gravação, a belíssima Across The Universe também começou a tomar forma.

Ao se referir ao período pós-Índia, Paul McCartney disse que “John estava mergulhado nas drogas de um modo que nunca havíamos feito.” De fato, John Lennon havia conhecido a heroína antes da viagem e passou a consumi-la regularmente depois.

Mesmo assim, no dia 30 de maio de 1968, eles entraram no estúdio Abbey Road para gravar as muitas músicas compostas na temporada na Índia. A primeira faixa a ser trabalhada foi Revolution 1, de Lennon, que originalmente era uma balada – bem diferente da versão explosiva que foi lançada como lado B do single de Hey Jude.

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Os Beatles registraram nada menos que dezoito takes para essa faixa. A versão presente no White Album é quase um “blues acústico” de andamento lento, sem guitarras distorcidas e oposta à fúria do single Revolution. Os seis minutos finais dessa Revolution 1 do álbum foram editados e utilizados na Revolution 9, uma faixa experimental de colagens sonoras que influenciou inúmeras bandas do nascente rock progressivo.

O nascimento dessa ideia ocorreu quando Lennon, na hora do improviso, deixou a música “crescer” até chegar a acordes dedilhados, gritos e lamentos que ecoavam um apelo revolucionário genuíno.

Hey Jude foi composta por Paul McCartney junto com as faixas do álbum, mas acabou sendo lançada em 30 de agosto de 1968, tornando-se um dos singles de maior sucesso da banda.

O disco, logo no lançamento, ocupou os primeiros lugares das paradas do Reino Unido, permanecendo por 22 semanas na lista, sendo oito delas em primeiro lugar. Nos EUA, ficou por nove semanas em primeiro e foi listado por 65 semanas consecutivas. Assim como em Sgt. Pepper’s, não houve nenhum single retirado do White Album para o mercado britânico ou norte-americano.

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The Beatles é o nono álbum dos Fab Four e ficou rapidamente conhecido como The White Album (Álbum Branco) por razões óbvias. Hoje, é considerado tão importante quanto Sgt. Pepper’s, mas aqui há uma diferença fundamental: o talento individual de cada membro se sobressai, em vez da colaboração conjunta que caracterizava o álbum anterior.

A audição começa com o som de um avião que dá lugar ao rock’n’roll de Back In The U.S.S.R.. Sempre penso nessa faixa como uma brincadeira irônica, pois, em pleno auge da Guerra Fria, é curioso ouvi-los celebrando a volta à União Soviética ao som de um rock explicitamente inspirado nos americanos, em especial nos Beach Boys. É Paul quem compôs e também toca bateria nessa faixa, enquanto John assume o baixo.

Em seguida, uma das mais belas composições de Lennon: Dear Prudence, inspirada em Prudence, irmã de Mia Farrow. Logo depois vem Glass Onion, que chama atenção pelo final orquestrado. O lado cômico aparece em Ob-la-di, Ob-la-da, que virou um dos hits do álbum, junto com Rocky Raccoon e Piggies no mesmo estilo lúdico.

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Wild Honey Pie serve de prelúdio para The Continuing Story of Bungalow Bill, que mistura uma levada country antiga no refrão e uma melodia simples, porém contagiante. Essa fusão de melodias básicas e elementos inesperados é o que mais me encanta ao ouvir esse álbum.

O assobio ao fim de Bungalow Bill é uma dessas sacadas simples e geniais, superada apenas pela introdução de While My Guitar Gently Weeps, minha faixa preferida de George Harrison em toda a discografia dos Beatles. O solo de Eric Clapton só abrilhanta ainda mais essa obra-prima.

Depois vem Happiness is a Warm Gun, de Lennon, uma abordagem quase surrealista, misturando melancolia e explosões de fúria em forma de mini-suíte. E aí surgem Martha My Dear, homenagem de Paul à sua cadela Martha, e I’m So Tired, outra balada em que Lennon se entrega à interpretação. Porém, nada me tira a magia de Blackbird, uma das peças mais minimalistas e grandiosas que a banda já gravou: um simples violão e o canto de pássaros (retirados do acervo da EMI) fazem a gente mergulhar em uma atmosfera indescritível.

Don’t Pass Me By é a faixa menos impactante do primeiro disco, mas o arranjo de rabeca a torna interessante. Em seguida, a batida de Why Don’t We Do It in the Road? retoma um rock cadenciado, quase como uma autocrítica por não estarem mais nos palcos.

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I Will resgata as baladas românticas do início da banda, como And I Love Her, e Julia, uma homenagem de Lennon à sua mãe, encerra a primeira parte desse épico de maneira suave. Fica claro que os Beatles já não buscavam mais compor peças psicodélicas e complexas; agora, a simplicidade é o ponto forte que revela todo o talento individual.

O segundo disco começa com a energia de Birthday, um rock’n’roll sessentista para acordar qualquer ouvinte, seguido pelo blues visceral de Yer Blues, onde Lennon atinge um dos pontos mais altos em matéria de pureza e sentimento. A calmaria volta com Mother’s Nature Son, de Paul, que transparece a influência do clima indiano vivido pela banda. Logo depois, o rock retoma as rédeas com Everybody’s Got Something to Hide Except Me and My Monkey e, em seguida, Sexy Sadie, onde Lennon expõe de forma sutil uma crítica ao guru Maharishi, percebendo que o “sábio” poderia não ser tão legítimo quanto pensavam.

Chega, então, o momento em que eles praticamente criam um novo estilo de rock: Helter Skelter, marcada por riffs rápidos, distorcidos, pesados e um vocal furioso. Muitos historiadores consideram essa canção como marco zero do que se chamaria de Heavy Metal. Aqui, Paul se inspirou numa entrevista de Pete Townshend, do The Who, que classificou I Can See For Miles como a faixa mais pesada que eles tinham feito. Em Helter Skelter, temos até a participação de Jimmy Page em uma das guitarras.

The Beatles performando "Helter Skelter", uma canção pioneira no heavy metal.
The Beatles apresentando “Helter Skelter” – a faixa que desafiou os limites do rock e pavimentou o caminho para o nascimento do heavy metal.

Long, Long, Long põe uma pausa na pancadaria com sua melancolia. Logo após, Revolution 1 aparece com sua levada de blues acústico, que, confesso, acho mais interessante do que a versão lançada no single de Hey Jude. Depois, Honey Pie traz arranjos cuidadosos e minimalistas, mostrando todo o amadurecimento de Paul como compositor e intérprete. Cry Baby Cry também merece atenção especial, pois é uma pérola muitas vezes ofuscada na discografia riquíssima do grupo.

Então chegamos à controversa e visionária Revolution 9, um mergulho na experimentação sonora. O encerramento fica por conta de Good Night, cantada por Ringo Starrr, que sempre me parece um final de filme: belas notas, arranjos delicados e uma sensibilidade ímpar. Perfeito.

Apesar de marcar o início da “implosão” da maior banda de rock de todos os tempos e até ser associado a assassinatos brutais (como o caso Charles Manson), este é um dos maiores discos do século XX. Ele consolida, de uma vez por todas, Lennon e McCartney como dois dos maiores compositores da música contemporânea. Você pode até discutir preferências pessoais, mas que eles foram (e são) geniais, isso é fato – e contra fatos não há argumentos.

Ouça o White Album e tire suas próprias conclusões. Eu, como colecionador apaixonado, afirmo que você devia ouvir isto!

The Beatles relaxando em um sofá em foto histórica do período do White Album
Uma raridade histórica dos Beatles em plena era do White Album. Garanta já o seu exemplar e mergulhe nesse clássico eterno do rock!

Ano

  • 1968

Top 3

  1. “While My Guitar Gently Weeps”;
  2. “Blackbird”;
  3. “Helter Skelter”.

Formação

  • Paul McCartney (baixo, violão, piano e voz);
  • John Lennon (Guitarra, violão e voz);
  • George Harrison (guitarra e voz)/
  • Ringo Starr (Bateria e voz).

Disco Pai

  • Bob Dylan: Blonde on Blonde (1966).

Disco Irmão

Disco Filho:

Curiosidades: 

Temos algumas curiosidades interessantes quanto a este histórico álbum:

  1. Neste disco, que tinhas suas primeiras edições numeradas, Paul se aventurou a tocar bateria em algumas faixas (por exemplo, Back In The USSR, Why Don’t We Do It On The Road).
  2. Aqui no Brasil, as primeiras versões de The White Album vieram com um defeito na música Revolution 1 que acelerava a canção. Os fãs encararam aquele fato como mais alguma das maluquices já costumeiras nos álbuns dos Fab Four. O erro foi corrigido e hoje em dia aquelas primeiras cópias são itens de colecionador, não só aqui no Brasil, mas no exterior principalmente.
  3. Embora não tivesse contribuído para a canção Revolution 9, estando em Nova York, Paul McCartney tinha feito uma colagem semelhante 18 meses antes nas sessões de 5 de janeiro de 1967, durante as gravações de Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band chamada Carnival of Light, com mais ou menos 14 minutos. A canção nunca foi lançada e poucas pessoas a ouviram Segundo Paul declarou: “Revolution 9 era algo similar ao que eu vinha fazendo há um tempo antes, mas só por diversão. Eu não achava aquilo bom o bastante para lançar, mas John sempre me encorajou.” O fato é que muitos não gostam de ouvir esta canção pelos sentimentos que ela causa no ouvinte e ainda existe a ideia de que se tocada ao contrário ela traria mensagens apocalípticas. 
  4. A canção Helter Skelter passaria desapercebida, porém ela virou sinônimo de maldade após a se tornar o hino de Charles Manson e sua família e o teria inspirado a assassinar a atriz Sharon Tate  e mais seis pessoas em agosto de 1969. 

Pra quem gosta de

Discos de vinil, cerveja escura, momentos históricos, Índia, comida agridoce e filosofia oriental.

Conclusão

Ter o White Album na coleção é muito mais do que possuir um clássico do Classic Rock – é fazer parte de uma história que redefiniu os limites da criatividade musical. Cada faixa nos conta um pedaço da jornada dos Beatles, seja nos momentos de colaboração pura ou na exposição do talento individual de cada integrante. Se você quer se aprofundar ainda mais no universo da banda que mudou o rumo da música, este álbum é leitura (ou melhor, audição) obrigatória.

Agora, chegou a sua vez:

  • Já ouviu o White Album? O que achou dessa obra-prima?
  • Concorda que ele pode superar até Sgt. Pepper’s e Abbey Road?

Deixe seu comentário aqui embaixo e compartilhe este artigo com seus amigos que também amam The Beatles e Classic Rock. Vamos juntos manter viva a memória de obras tão importantes para a música.

Leia Mais:

E lembre-se: ouvir é a melhor forma de conhecer a história por trás de cada acorde. Aproveite a sua audição e, se puder, faça isso com um bom disco de vinil. Você vai se surpreender com a profundidade sonora desse marco do Classic Rock.

Até a próxima e continue acompanhando nossa seção Discos que Você Devia Ouvir”


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1 comentário em “The Beatles – “The Beatles” (White Album) | Discos que Você Devia Ouvir”

  1. RINGO STARR É COM DOIS R
    GEORGE HARRISON APENAS UM S
    A primeira prensagem brasileira trás a rotação alterada do lado 4. a edição segunda, trás a faixa rocky racoon grafada errada e a música don’t pass me by creditada a lennon-mcCartney sendo o autor Ringo Starr. espero ter ajudado.

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