Rise of the Northstar – Resenha de “The Legacy of Shi” (2018)

 

Rise of the Northstar The Legacy of Shi
Rise of the Northstar, “The Legacy of Shi” (2018, Shinigami Records) NOTA:8,0

A cultura japonesa já se inseriu como parte da cultura pop moderna graças, principalmente, à disseminação de suas produções oitentistas e noventistas para TV, animés e mangás.

Mas o que isso tem a ver com o heavy metal? Bom, vamos até a França!

O Rise of the Northstar é uma banda francesa que busca inspiração musical no crossover e conceitual na cultura pop oriental.

Já trazem na bagagem dois EP’s e dois álbuns completos, sendo este “The Legacy of Shi” o segundo álbum, onde reafirmam a identidade, e não mascaram uma mudança, apesar de se aproximarem com força da estética nu metal.

Musicalmente, a fórmula mistura metal, rap, hardcore, com groove sombrio e alta preocupação com os detalhes, tudo bem trabalho por uma produção orgânica e moderna.

Se comparado ao álbum anterior, “Welcame” (2014), este “The Legacy of Shi” é um álbum mais cadenciado, amalgamando o que há de mais rítmico em termos de peso do hardcore e do rap, com o metalcore, abrindo mão da velocidade e explorando o poder dos ganchos dos breakdowns e da atitude do Rap/Metal. 

Aliás, “The Legacy of Shi” me soa basicamente como um disco moderno de Rap/Metal, como bem evidenciado em “Teenage Rage”, um hardcore que termina como um rap em francês, com uma certa loucura na transição e nos arranjos, elementos prometidos desde a abertura com “The Awakening”. 

A faixa título chega a lembrar fortemente o ótimo Body Count, e, no geral, todas as faixas de “The Legacy of Shi” carregam passagens que trazem tensão e raiva  para o jogo musical remetendo a uma costura de elementos de bandas como Suicidal Tendencies, Pantera, Biohazard, Limp Bizkit, além do próprio Body Count.

E quem se assustou ou torceu o nariz ao ler Limp Bizkit, por diversas vezes o Rise of the Northstars me lembrou uma versão menos afetada, mais ousada e mais inteligente da trupe de Fred Durst, mas principalmente em “Step By Step” ou “Furyo’s Day”.

Em suma,  “The Legacy of Shi” é um disco que traz groove atrás de groove, provocando heandbangins sucessivos pela dinâmica vertiginosa das composições, com cortes bruscos entre as passagens, vocais de determinação furiosa e cozinha muscular.

Nessa fórmula, as guitarras trampadas são essenciais, pois estão vinculadas ao ritmo em diversos movimentos, se apresentando sempre com atitude explosiva nos riffs, mas tecnicamente simples, além de se inserirem com precisão quando chamadas ao protagonismo nos solos. Preste atenção ao solo de “Nekketsu”.

Mas vamos ao destaques de “The Legacy of Shi”.

Seguindo o tracklist, temos “Here Comes the Boom” (um crossover cheio de atitude sustentado por ganchos melódicos robustos ), “Kozo” (inserindo climas sinistros em meio aos riffs pesados), “This Is Crossover” (misturando Biohazard e Slayer pela velocidade), “Cold Truth” (com alto potencial teatral), e “All for One” (que beira o death metal).

Um ótimo aproveitamento se pensarmos que temos onze composições, todas sem refresco no nível de intensidade. Algumas vezes o espírito é tão forte que esquecemos que estes caras são franceses. Mas eles inserem aqui e ali versos em sua língua natal pra nos lembrarmos disso!

Vale muito a pena conferir!

TRACKLIST

1 The Awakening
2 Here Comes the Boom
3 Nekketsu
4 Kozo
5 Teenage Rage
6 Step by Step
7 This Is Crossover
8 Cold Truth
9 All for One
10 Furyo’s Day
11 The Legacy of Shi

FORMAÇÃO

Phantom (Bateria)

Air One (Guitarra)

Fabulous Fab (Baixo)

Vithia (Vocais)

Eva-B (Guitarra)

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