Kreator – “Gods of Violence” (2017) | Resenha

 

“Gods of Violence” é o 14º álbum de estúdio da banda alemã Kreator.  À seguir, uma resenha do nosso colaborador Ricardo Leite Costa para esse disco que foi lançado no Brasil via Shinigami Records.

Kreator - Gods of Violence (2017, Nuclear Blast, Shinigami Records) Resenha Review

O Kreator merece todas as loas, afinal, já atingiu o status de lenda do Thrash Metal mundial e integra o hall da fama dos principais nomes da cena alemã.

Contabilizando 33 anos de luta nas costas e um currículo invejável composto de grandes clássicos do Metal, o Kreator desfere um golpe certeiro no ouvinte com “Gods of Violence”, seu mais novo lançamento.

Preservando a veia tradicional, para a felicidade dos fãs mais conservadores, porém sem nunca se aprisionar a fórmulas desgastadas, o Kreator apresenta em “Gods of Violence” um autêntico simpósio Thrash Metal, onde a sonoridade rude e implacável dos primórdios permanece inabalada, porém adaptada para os dias de hoje.

Isso denota em um dos maiores festivais de riffs que já ouvi na vida (Mille e Sami são dois anormais) que, por muitas vezes, aproximam-se do Metal Tradicional.

Isso já é motivo para imbecis radicais abrirem a latrina bucal para despejarem toda a sorte de besteiras. Não, meus queridos, o Kreator não precisa de vocês.

O som é o mesmo, a garra e a pegada idem, porém acrescidos de melodia e arranjos mais dinâmicos e melhor desenvolvidos, que só engrandeceram as composições. Só isso.

“Gods of Violence” é uma paulada do início ao fim! A empolgante introdução aos moldes de marcha militar, “Apocalypticon”, é digna da soberania do Kreator, preparando o ouvinte para a batalha.

A tríade a seguir é tão especial que se o disco todo fosse composto somente por elas já estava de ótimo tamanho. “World War Now“, “Satan is Real” e “Totalitarian Terror” tem como objetivo principal esfarelar pescoços ao redor do mundo.

“Gods of Violence” surge a seguir com uma introdução bem tranquila, com dedilhados orientais, viajantes, que em algum momento lembram “Fade to Black”, do Metallica, mas que servem somente pra pregar uma peça no fã desavisado.

Thrash vigoroso, cadenciado e melódico, com Mille demonstrando ser um grande vocalista do estilo, além de um guitarrista soberbo.

A hegemonia Thrash do velho continente perdura por todo o álbum, rendendo ainda destaques do potencial de “Hail to the Hordes”, “Fallen Brother” (singela homenagem aos irmãos do Metal que já se foram.

Uma canção forte, emotiva e impactante) e “Death Becomes my Light” (épica composição, variada e repleta de momentos marcantes, encerrando o álbum de forma soberba). “Gods of Violence” destaca-se em meio aos lançamentos do gênero, primeiramente por ser Kreator, e segundo por ser um álbum maduro, evoluído e brutal em sua essência, deixando seus dois álbuns anteriores comendo poeira.

Não poderia deixar de mencionar a irrepreensível performance de Jürgen “Ventor” Reil (bateria). O cara é uma britadeira humana, sem mais. Uma pena ser tão subestimado.

Bom, coleguinhas, nós, pobres e miseráveis bangers do terceiro mundo, já podemos adquirir a versão nacional em edição especial digipack, via Shinigami Records, contendo de quebra um dvd com o show da banda no Wacken em 2014.

Economize a grana da cerveja e do cafezinho, mas tenha esse disco!

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