Iced Earth – Resenha de “Incorruptible” (2017)

 

Por Will Bernardes

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Iced Earth: “Incorruptible” (2017, Century Media Records. Hellion Records) NOTA:9,5

Que o Iced Earth é uma das maiores bandas de power metal do mundo, não se discute. Dotada de grandes músicos e de uma discografia sólida e diferenciada ao longo de seus mais de 30 anos de existência, o grupo americano, em meio a algumas mudanças na formação, lança em junho de 2017 seu décimo segundo álbum de estúdio “Incorruptible”, sendo um dos álbuns mais aguardados do ano.

O líder e único membro original, Jon Schaffer propôs um trabalho inteligível, buscando alicerce nos trabalhos consideráveis do grupo, como os ótimos “The Dark Saga” e “Something Wicked This Way Comes”, combinando a pegada “Power” com uma sonoridade encorpada e moderna dos últimos registros.

A temática abordada gira em torno de batalhas, conquistas e atos heroicos de bravura, marca registrada desde suas origens. Conduzidas por riffs pesados, guitarras cortantes, bateria concisa e baixo afiadíssimo e monstruoso, o registro apresenta ótima produção, minuciosamente detalhada e cristalina, com a tutela do próprio Jon Schaffer em parceria com Chris Zeuss.

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O Iced Earth apresenta seu décimo segundo álbum de estúdio, “Incorruptible”, permanecendo em sua zona de conforto, contudo, com composições de altíssimo nível, esbanjando profissionalismo e experiência…

Stu Block (vocal) que já havia arrancado elogios com sua estreia em “Dystopia”, consolidou seu estilo vocal ao som épico característico do grupo, esbanjando uma ótima transcendência entre agressividade e entonações melódicas muito bem executadas, homogeneizando bem o equilibro das músicas no contexto, ganhando seu espaço definitivo deixando se ser um mero coadjuvante.

Vale ressaltar (pelo menos na minha opinião) que, ainda sinto uma leve semelhança nos vocais de Stu com Matthew Barlow, embora, mostre uma desenvoltura que, nas linhas agudas, nos dê a impressão que alcance um misto entre Barlow e Owens. Motivo pelo qual a própria gravadora o escolheu para o posto.

O estreante Jake Dreyer (guitarra) se encaixou bem e contribuiu com sua técnica, agregando dinâmica e energia ao som maduro e certeiro proposto no disco.

Confira o lyric video para a faixa “Seven Headed Whore”… [youtube https://www.youtube.com/watch?v=Sneo7yuIYFo&w=560&h=315]

Dentre as 10 faixas muito bem equilibradas, pode se destacar a ótima “Great Heathen Army”, que abre o disco com uma introdução épica que nos remete aos tempos de glória do clássico “The Dark Saga”, posteriormente alavancada pelo poderio Power Metal comum ao grupo, com riffs beirando ao Thrash, bateria precisa com pedais duplos simétricos, em parceria com o poderoso vocal de Stu, que, nos entrega logo de início, uma combinação perfeita de peso e melodia.

“Black Flag” segue, sem deixar cair a sequência robusta, com riffs moldados do Heavy clássico, incorporada por linhas pesadas de suas influencias Thrash, ornamentada e balanceada, característica marcante de sua identidade sonora.

Confira o lyric video para a faixa “The Veil”… [youtube https://www.youtube.com/watch?v=dAKvZKRk_Rs&w=560&h=315]

Os fãs mais fervorosos da era Barlow podem até não concordar, contudo, faixas como “The Veil”, com uma cadência bem amparada pelos vocais seguros de Stu, entrega bem a proposta do grupo, sem amplas inserções experimentais, mergulhando a fundo no estilo moldado pelo grupo nos anos 90. Ainda neste contexto, “Seven Headed Whore” (embora apresente vocais mais agudos e elevados) representa bem a identidade do grupo.

Outro fator a ser destacado, é arte da capa criada por David Newman-Stump. Muito bem elaborada e detalhada, lembrando traços de HQs (outra característica comum da banda) a figura chama atenção e segue como um convite para conferir a obra.

Confira o lyric video para a faixa “Great Heathen Army”… [youtube https://www.youtube.com/watch?v=Q_VbMVwVuhw&w=560&h=315]

Com mais acertos do que erros, “Incorruptible” pode até não ser o melhor álbum do Iced Earth, mas arrisco a dizer que, pelo menos entre os 5 melhores ele se garante, visto que, Jon Schaffer e cia permanecem em sua zona de conforto, contudo, com composições de altíssimo nível, esbanjando profissionalismo e experiência. Pouco se arriscaram, embora tenham feito o que fazem de melhor, dentro de seus parâmetros.

Sem dúvidas, um dos melhores de 2017!

Confira o lyric video para a faixa ” Clear The Way (December 13th, 1862)”…[youtube https://www.youtube.com/watch?v=wmljtVrxul0&w=560&h=315]

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