Destruction – “Under Attack” (2016) | Resenha

 

“Under Attack” é o décimo terceiro álbum de estúdio da banda alemã de thrash metal Destruction , lançado em 13 de maio de 2016. À seguir, uma resenha do nosso colaborador Ricardo Leite Costa para esse disco que foi lançado no Brasil via Voice Music.

Destruction - Under Attack (2016, Nuclear Blast, Voice Music) Resenha

Uma das bandas mais emblemáticas do cenário Thrash alemão está de volta fuzilando tudo ao seu redor. “Under Attack”, já pelo título e arte da capa, revela uma temática bem pouco otimista, onde estamos em um mundo sob constante ataque, não só no sentido bélico da coisa, mas sócio-cultural também.

Neste registro, o Destruction se mostra mais afiado do que nunca, investindo em composições intensas e encorpadas, orientadas por riffs e solos de guitarra demolidores, no melhor desempenho de Mike Sifringer dos últimos tempos.

A boa performance vale para todos e, em minha opinião, um dos grandes destaques do álbum é o vocal de Schmier.

Se anteriormente ele se valia de uma voz esganiçada, estridente, que chegava a doer nos tímpanos, em “Under Attack” seus dotes vocais estão muito melhor explorados, numa tonalidade um pouco mais grave e dramática, trazendo ainda mais agressividade às músicas.

Isso faz de “Under Attack” um autêntico artefato de destruição em massa.

O Thrash Metal de raiz vigora do início ao fim, atingindo seu ápice em “Generation Nevermore” (repleta de riffs cavalgados e palhetadas alucinantes de Mike, confirmando o por quê do sujeito ser considerado um mestre no estilo), “Getting Used to Evil” (mais cadenciada, focada no peso e nas viradas de bateria sensacionais de Vaaver) e “Second to None” (Isso é Thrash Metal. O resto é perfumaria).

Um disco como esse necessita de um desfecho grandioso, e para isso, nada melhor que uma versão matadora de “Black Metal” (Venom), influência escancarada do trio alemão, contando com a participação de Alex Camargo (Krisiun), complementada na seqüência pela regravação de “Thrash Attack” (originalmente lançada em 85, no disco “Infernal Overkill”), que mesmo sendo uma instrumental reflete o genuíno espírito Thrash Metal do grupo.

Tá bom ou quer mais? Se tudo isso não bastasse, ainda temos uma produção cristalina, porém de acordo com a tradição da banda, que deixa todo o instrumental muito evidente, contudo sem nunca desvirtuar o peso e a rispidez tão peculiares ao Destruction.

A banda segue mantendo sua reputação inabalada com “Under Attack”.

Ainda bem que podemos confiar no Destruction.

Essencial em qualquer coleção!

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