Yes – 5 Discos da Banda que Definiu o Rock Progressivo!

 

Prepare-se para mergulhar no mundo do Yes, a banda icônica que moldou o rock progressivo. Descubra como suas músicas, com influências que vão do rock progressivo ao metal extremo, conquistaram gerações. Neste artigo, destacaremos cinco discos imperdíveis que capturam a essência musical e a evolução do Yes ao longo dos anos.

O Yes, uma banda de rock progressivo icônica, moldou a cena musical com sua mistura única de complexidade e melodias envolventes. Neste artigo, exploraremos cinco álbuns essenciais que traçam a jornada musical do Yes, desde os clássicos dos anos 70 até a renovação nos anos 80.

O Yes, uma das bandas mais icônicas do rock progressivo, conquistou o mundo da música com sua combinação única de complexidade musical e melodias cativantes.

Ao longo dos anos, eles influenciaram inúmeras outras bandas, deixando sua marca indelével no cenário musical. Mesmo com mudanças constantes de formação, o Yes manteve uma identidade sonora distinta.

Neste artigo, exploraremos cinco álbuns fundamentais que abrangem toda a diversidade musical criada por essa banda inglesa. Prepare-se para uma viagem através de clássicos do rock progressivo e descubra o legado doYes.

Rock Progressivo: Os 5 Clássicos do Yes que Você Precisa Conhecer

Queiram ou não, o Yes se tornou praticamente sinônimo de rock progressivo, com imagética e estrutura musical bem definidas, mesmo com a constante troca de integrantes, sendo que somente o baixista Chris Squire esteve presente em todas as formações e encarnações da banda.

A influência do Yes estendeu-se desde o rock progressivo até o metal extremo. As mudanças de ritmos, climas, e estilos criariam uma escola por uma discografia que vai de momentos mais acessíveis a pontos de exuberância e luxuria musical de encher os ouvidos.

Por essas características o Yes se tornou padrão e referência do rock progressivo, e hoje destacamos cinco discos imprescindíveis para conhecer todas as formas e variações da música criada pela banda inglesa que marcou época.

1) “The Yes Album” (1971)

Descubra o som que definiu o rock progressivo. Ouça "The Yes Album" e mergulhe na complexidade musical do Yes.
Descubra o som que definiu o rock progressivo. Ouça “The Yes Album” e mergulhe na complexidade musical do Yes.

Eis o primeiro grande clássico do Yes! Simples, assim. Aqui em “The Yes Album”  estão “Your Is No Disgrace”, “Starship Trooper” e “I’ve Seen All Good People”, três das maiores composições da banda, indispensáveis nos shows à partir de então.

“The Yes Album” seria o terceiro álbum do Yes, mostrava o fim da transição do rock psicódelico de fins dos anos 1960 para o rock progressivo propriamente dito, cravando seu nome como um dos pioneiros do gênero, com longas incursões instrumentais, e alta técnica.

“The Yes Album” também seria marcado como o último disco do tecladista Tony Kaye (que formaria o excelente Badger, banda que ganhou certo destaque com o álbum “White Lady” [1974]), e o primeiro com o guitarrista Steve Howe, substituindo Peter Banks. É nítido que Howe imprimiu muito mais requinte às melodias da banda, seja nos momentos mais intrincados quanto nos mais sensíveis.

2) “Fragile” (1971)

Explore a magia de "Fragile" e viaje pelo mundo sonoro do Yes. Aperte o play e embarque nessa jornada
Explore a magia de “Fragile” e viaje pelo mundo sonoro do Yes. Aperte o play e embarque nessa jornada

No mesmo ano do marcante “The Yes Album”, a banda lançava “Fragile”, álbum onde efetivamente o Yes dava contornos à sua imagética.

A formação clássica já estava em campo com o mago Rick Wakeman nos teclados. Cabe aqui ressaltar a importância de Wakeman para a sonoridade da banda, sendo ele um verdadeiro acadêmico de seu instrumento.

A capa de Roger Dean também estava dentre as variantes que ficaram cravadas na personalidade do Yes. A capa de “Fragile” criaria quase um modelo a ser copiado dentro do rock progressivo.

Musicalmente, “Roundabout”, faixa de abertura, o encerramento com as texturas folk de “Heart of the Sunrise”, passando pelo clássico “Long Distance Runaround”, resumiam a forma clássica do progressivo setentista e junto as demais composições formavam o álbum mais diversificado do Yes até então.

Ainda conseguiam, em “Fragile”, mesclar os aspectos complexos (guiados pelas formas polirrítmicas do baterista Bill Brufford) guiados pelo fusion, com melodias acessíveis inspiradas pela música folk, principalmente nos trabalhos vocais, sendo o último álbum de um Yes ainda não picado pelo bichinho da megalomania musical.

3) “Close to the Edge” (1972)

Prepare-se para uma experiência musical épica com "Close to the Edge." Ouça agora e descubra o ápice do rock progressivo.
Prepare-se para uma experiência musical épica com “Close to the Edge”. Ouça agora e descubra o ápice do rock progressivo.

“Close to the Edge” é o disco que completa a tríade de clássicos do Yes lançado entre 1971 e 1972, também marca a saída de Bill Brufford e a entrada de Alan White para comandar as baquetas da banda.

Em “Close to the Edge” a megalomania musical que marcaria o gênero progressivo está mais evidente na faixa-título, que ocuparia todo o lado A do disco, numa reviravolta de tempos e andamentos por arranjos de explodir mentes.

Uma fórmula que seria elevada à máxima potência no álbum seguinte “Tales from Topographic Oceans”, lançado em 1973, e que traria apenas quatro composições altamente complexas, num disco duplo. Uma para cada lado dos vinis, sendo este um momento discográfico que até a banda discute.

Voltando a “Close to the Edge”, este é o álbum que ainda traz “And You And I”, a perfeita definição do progressivo setentista, dividindo o segundo lado com outro clássico, “Siberian Khatru”, e também onde o Yes lapidou sua fórmula musical atingindo sua essência máxima.

Não à toa “Close to the Edge” culminaria no primeiro disco ao vivo triplo do rock.

4) “Drama” (1980)

Redescubra "Drama" e surpreenda-se com a transformação do Yes. Clique para ouvir a ousadia musical deste álbum
Redescubra “Drama” e surpreenda-se com a transformação do Yes. Clique para ouvir a ousadia musical deste álbum

Eu juro que não entendo o motivo deste álbum ser tão esquecido quando se fala de Yes, afinal, aos meu ouvidos, ele sempre foi um dos melhores discos da banda inglesa.

Nos oito anos que separam o “Close to the Edge” de “Drama”, houve um turbilhão no Yes. Rick Wakeman saiu da banda após o megalomaníaco “Tales from Topographic Oceans” (dando início a uma fenomenal carreira solo), voltando em “Going for the One” (1977).

Nesse ínterim, alguns membros do Yes lançaram discos solo; a banda apresentou “Relayer” (1974), com o tecladista Patrick Moraz (o mesmo que montou o Vímana, banda brasileira que trazia Lobão, Lulu Santos e Ritchie na formação), seu disco mais técnico, mas ainda abaixo dos anteriores; e em 1980 o estrago de idas e vindas e a deterioração do relacionamento entre os integrantes eram tamanhos que Jon Anderson (voz e uma das identidades do Yes) e Wakeman estavam fora da banda.

Pode parecer estranho, mas a saída de Anderson deu mais possibilidades ao Yes de ousar em novas roupagens. Geoff Downes, que marcaria época com o ASIA, foi recrutado para os teclados, enquanto Trevor Horn veio para os vocais.

Queiram ou não, a dupla deu um novo sopro de vida ao Yes, simplificando alguns detalhes, dando mais sombras aos aspectos progressivos, inclusive tangenciando o heavy metal em alguns momentos do excelente disco “Drama” (1980), como na ótima faixa de abertura “Machine Messiah”.

O desapontamento pelo fracasso comercial do álbum fez com que o Yes abandonasse o novo direcionamento, fazendo a banda inclusive a entrar num hiato! Mas se deixe enganar, “Drama” é o melhor disco do Yes após 1977, para mim, bem melhor que o próximo da lista.

5) “90125” (1983)

Sinta a energia de "90125" com seu hit "Owner of a Lonely Heart." Aperte o play e dance ao som do Yes renovado.
Sinta a energia de “90125” com seu hit “Owner of a Lonely Heart.” Aperte o play e dance ao som do Yes renovado.

Até posso ouvir as reclamações deste disco estar aqui! Mas tem como deixar “90125”, um disco que tem “Owner of a Lonely Heart”, a essência do AOR/Prog Rock oitentista, de fora de nossa lista de discos básicos do Yes? Esta música foi um dos maiores sucessos dos anos 1980 e mostrava um Yes renovado e energizado na nova década.

Na verdade, “90125” foi composto para ser a estreia de uma nova banda chamada Cinema, que trazia na formação Alan White na bateria, Trevor Rabin na guitarra, e Chris Squire no baixo. O trio chamou o velho conhecido Tony Kaye para os teclados e Jon Anderson para os vocais. Era o Yes! Não tinha como chamar a banda por outro nome.

Com uma pegada mais AOR, dinâmica mais envolvente pelos ganchos melódicos bem equalizados a certa complexidade controlada (existe uma cítara aqui, uma passagem acapela acolá, e teclados bem administrados), o Yes apresentou em “90125”, além da já citada “Owner of a Lonely Heart”, faixas como “Cinema”, “Hold On” e “Changes”, com tempero pop diluído de modo cerebral.

Queira ou não, “90125” é um clássico absoluto dos anos 1980!

Conclusão

O Yes é uma lenda do rock progressivo, com uma discografia repleta de marcos musicais. Desde os primeiros dias com “The Yes Album” até a renovação surpreendente em “90125”, a banda continua a influenciar gerações de músicos. Sua capacidade de criar músicas complexas e acessíveis simultaneamente é inigualável. Se você é um fã de música progressiva ou está apenas começando a explorar o gênero, esses cinco discos são essenciais para entender a evolução e a diversidade do Yes.

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2 comentários em “Yes – 5 Discos da Banda que Definiu o Rock Progressivo!”

  1. Marcelo Lopes Vieira

    Olá Bruno!

    Obrigado pelo elogio ao artigo e concordo com tudo o que você disse sobre o 90125. Esse é um disco que deve ser avaliado pelo que é e não por comparações com os clássicos do passado.

    Em tempo, quando puder leia o artigo que escrevemos sobre o “The Ladder”, que foi recentemente relançado em CD no Brasil, neste link.

    Abraços e muito obrigado por ler meu artigo e pelo comentário!

    Marcelo

  2. Parabéns pela matéria. Yes é uma banda que fui passar a gostar depois de mais velho. Realmente leva muito tempo pra entender o som deles. Eu recomendaria essa mesma lista se alguém me perguntasse por onde começar a ouvir Yes.
    90125 não é dos meus favoritos, pois prefiro som do Yes mais colado no rock progressivo ou rock mais pesado.
    Quando ouvi o 90125 pela primeira vez esperava um disco de rock e confesso que cheguei a dormir de tédio kkkkkkkkk.
    Porém, se ouvi-lo esperando um disco de POP, aí sim ele é um disco excelente, dá de mil a zero em muitos discos da época e de hoje também. Se for pensar no lado empresarial da banda, os caras acertaram a mão, pois o disco deu uma tremenda levantada na carreira deles.
    Abraço.

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