Warbringer – “Woe To Vanquished” (2017) | Resenha

 

“Woe To Vanquished”, quinto álbum de estúdio da banda Warbringer, pode ser classificado como um apelo do Thrash Metal, em sua essência, para as novas gerações.

Abaixo você lê nossa resenha completa deste disco lançado pela parceria entre os selos Nuclear Blast e Shinigami Records.

Warbringer - Woe to the Vanquish (2017, Napalm Records, Shinigami Records) Resenha Review

Desde 2008, o Warbringer vem colecionando mais acertos que erros em sua discografia, numa clara evolução das composições genéricas do início, para temas empolgantes que esbanjam feeling, potência, e até mesmo uma condescendente parada para experimentações em “IV: Empires Collapse” (2013), seu álbum anterior.

Agora,  chegam a “Woe To The Vanquised”, seu quinto álbum, com um paradoxo, pois retomam o tradicionalismo do gênero, sem extirpar de si os cacoetes experimentais, além de trazer na bagagem algumas mudanças na formação neste conturbado período recente.

A verdade é que o Warbringer  lapidou e amadureceu sua exploração das raízes do Thrash Metal, desconstruindo a obra de nomes como Metallica, Megadeth e Slayer, para remodelar o gênero, oxigenando, modernizando e reconstruindo seus tradicionalismos, como bem evidenciam as duas pedradas rápidas e violentas que abrem o álbum: “Silhouetes”“Woe To the Vanquished” (que impressiona pela técnica desfilada num ritmo que pagaria multa por excesso de velocidade).

E este trabalho chega com um sabor “Thrash noventista à lá Bay Area” mais acentuado nos arranjos dinâmicos, que continuam com aquela intransigência punk, agora controlando mais as experimentações e ousadias apresentadas em “IV: Empires Collapse” (2013), que tangenciavam as tonalidades ocultistas do Heavy Metal,  se restringindo, desta vez, às fronteiras do Thrash Metal, lembrando também bandas como Exodus  e Dark Angel, numa dinâmica vertiginosa.

Ou seja, estão mais crús, mais brutais, velozes, e diretos, cortesias do flerte com o Metal Extremo, incluindo blast beats e timbragens próximas ao Death Metal (como em “Divinity of Flesh” ou “Spectral Asylum”, essa chegando a flertar com o Black Metal), mas não lineares, concentrando melodia e evoluções progressivas pontualmente, e na medida certa (como no desfecho do trabalho com a épica, trabalhada e belíssima “When The Guns Fell Silent”), ao longo de arranjos e passagens variadas, que surgem e desaparecem dentro do caldo brutal de modo natural.

Sim. Deixam um pouco de lado o refinamento em prol da força quase primitiva (como em “Shellfire”), chegando a lembrar as primeiras fases do Kreator e o Destruction em certos momentos, costurando uma colcha de retalhos Thrash Metal, que pode incluir o Sodom pela temática bélica desenvolvida.

E nesta chuva de riffs de altíssimo calibre, e solos dilacerantes, temos uma seção rítmica que consegue ser brutal e técnica, simultaneamente, enquanto os vocais quase inconsequentes de John Kevill pincelam fúria e loucura no campo de batalha musical bem aclimatado por uma produção orgânica, que amplificou as potencialidades da banda, principalmente nas guitarras, que são a alma das composições.

Sendo assim, dentre as oito faixas que compõem o trabalho, se destacam a groovada e empolgante “Remain Violent”, a voraz “Descending Blade”, além das já citadas “When The Guns Fell Silent”, “Divinity of Flesh” e “Spectral Asylum”.

Um álbum que pode ser classificado como um apelo do gênero , em sua essência, para as novas gerações, pois claramente temos fãs de Thrash Metal, fazendo Thrash Metal para fãs de Thrash Metal!

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