The Dead Daisies – “Make Some Noise” (2016) | Resenha

 

“Make Some Noise” é o terceiro álbum da banda Dead Daisies, um verdadeiro supergrupo do Hard Rock, com membros que passaram por Motley Crue, Whitesnake e Guns N’ Roses.

The Dead Daisies - Make Somo Noise (2016, Shinigami Records)

A banda Dead Daisies apareceu como um verdadeiro supergrupo do Hard Rock, obtendo um maior reconhecimento com seu segundo álbum, “Revolución” (2015), que trazia entre suas fileiras soldados experientes no campo minado do Rock N’ Roll.

Projeto de David Lowy (guitarrista, aviador e homem de negócios), a banda conta com John Corabi (vocalista e guitarrista, ex-Motley Crue e Union), o baixista Marco Mendoza (Blue Murder, Black Star Riders e Whitesnake), e o baterista Brian Tichy (ex-Whitesnake), recentemente acompanhados pelo guitarrista Dough Aldrich (DIO, Whitesnake, Revolution Saints), luxuoso substituto do guitarrista Richard Fortus, que decidiu se dedicar mais ao Guns N’ Roses, banda que também levou do The Dead Daisies o tecladista Dizzy Reed para sua turnê de “reunião”.

Neste contexto, após ouvir “Make Some Noise”, recentemente lançado no Brasil via Shinigami Records, ficou claro como o Dead Daisies ganhou com a entrada de Aldrich, indubitavelmente um guitarrista muito superior a Fortus.

Com uma produção inteligente conseguiram trazer organicidade para as composições, marcadas com a classe do Classic Rock  (refletido pelos solos e também pelos covers para composições do Creedence Clearwater Revival e The Who) e a sujeira do Hard Rock mais despojado, numa abordagem excepcionalmente balanceada pela mão do produtor Marti Frederiksen (famoso pelo trabalho com o Aerosmith), que além de produzir o trabalho, co-escreveu as faixas com a banda e ainda realizou os backing vocals.

Essa mistura de Classic Rock com Hard Rock já dá as caras na faixa de abertura, “Long Way To Go”, uma faixa maliciosa e empolgante, como um cruzamento entre AC/DC e Motley Crue por vias modernas.

Já na faixa seguinte, “We All Fall Down”, nossa opinião sobre a entrada de Aldrich é corroborada por linhas de guitarra que deixam um rastro bluesy e mais rústico, como farão ao longo de todo o trabalho, bem como contribuirão para inflamar as melodias, numa timbragem para as seis cordas que casa perfeitamente com a voz rasgada e carregada de John Corabi, um especialista em criar linhas vocais envolventes, com melodia, despojamento e lascívia na medida certa.

Voltando à segunda faixa, nela você já perceberá que a alma do trabalho está na performance das guitarras.

Os refrãos estão certeiros e os solos construídos sobre o feeling, mas executados com uma técnica brilhante.

Claro que este protagonismo das guitarras não seria possível se a cozinha não estivesse muito bem estruturada, com bateira simples, mas precisa e linhas de baixo firmes que servem de sustentáculo para as harmonias que oscilam entre momentos rápidos e cadenciados, seguindo os preceitos do Hard Rock clássico.

Tem um pouco de AC/DC aqui, uma dose maior de Aerosmith e Van Halen, ou uma melodia envolvente à lá Def Leppard acolá, tudo bem costurado e submerso na identidade do Dead Daisies, destacando-se faixas como “Song And Prayer”, a explosiva “Mainline”, “Last Time I Saw The Sun”, “All The Same” e “Freedom”.

Como produto final temos um Hard Rock provocador, cheio de atitude, com uma quantidade controlada de sujeira e despojamento em meio as melodias certeiras, num contraste interessante com a virtuose das guitarras.

Obrigatório!

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