Röyal Dögs – “Tattoo You” (2016) | Resenha

 

“Tattoo You” é o 2º álbum da banda maranhense Röyal Dögs, lançado em 2016 pelo selo goiano Monstro Discos.

Royal Dogs - Tattoo You (2016, Monstro Discos) Resenha Review

Nem só de Suécia vive o Hard Rock de qualidade na atualidade, mas também de sangue brasileiro, mais precisamente, do Maranhão.

Oriunda da capital São Luís, a banda Röyal Dögs, formada em 2013, segue bem o padrão glamouroso das novas safras escandinavas, com identidade construída a partir de versos maliciosos, amplificados pela picardia brasileira, instrumental sinuoso, de riffs precisos, linhas vocais empolgantes, refrão grudento e dois pés atolados na música pop.

“Tattoo You” (2016) é o segundo álbum da banda, primeiro a sair via Monstro Discos, cujas novidades já aparecem na formação diferente da que registrou o primeiro trabalho, “On Spree of a Gang”.

Pensando no álbum “Tattoo You” como um todo, executaram perfeitamente sua junção de elementos sagrados do hard rock e sleaze/glam com melodias descaradamente pop, extrapolando um pouco suas fronteiras musicais, tornando o resultado final diferenciado dentro do amálgama de malícia roqueira (de nomes como Aerosmith, Guns N’ Roses e Motley Crue), despojamento pop/punk e pitadas de elementos eletrônicos.

A pegada eletro-pop, mezzo Depeche Mode mezzo New Order, da abertura “Violet Flame”, pode assustar quem se aventurar na audição, mas as guitarras que roncam já na faixa seguinte, “Closer To Royal”, são certeiras e já nessa altura, se você aprecia bandas como Halestorm e The Pretty Reckless, além das canônicas supracitadas, a sedução será irreversível! Riffão, atitude e refrão grudento como todo fã de Hard Rock aprecia!

No decorrer do trabalho, a banda se mostra altamente versátil dentro de sua proposta, além de imprimir a dose certa de adrenalina, sustentadas pelas ótimas e bem alocadas linhas de guitarra.

E neste momento, cabe um destaque especial ao guitarrista Felipe Hyily, que investe em abordagens multifacetadas e cheias de referências, esbanjando bom gosto e sendo o fulcro desta balança musical que oscila entre o pop atual e o hard rock oitentista.

Palmas também para as linhas vocais de Laila Razzo que, aos meus ouvidos, soaram como um amálgama da intransigência vocal de Juliette Lewis com a ousadia adocicada de Lady Gaga.

Dentre as faixas seguintes, “Distract”, “Redshifted”, “Break Out To Sleaze Em”, “Into The Mud” “2ND Home 24/7” são os maiores destaques, com pegada moderna e energética e não caindo na armadilha de passar do ponto da pegada pop como acontece em alguns momentos. Justiça seja feita, mesmo nos momentos em que esse abuso é mais flagrante (como nas faixas “All About That Night” [título que remete a um dos clássicos do H.E.A.T.]), “Tattoo You” “The Wave”, esse fato não compromete o resultado final.

No fechamento da conta, uma lapidada maior na proposta, com um pouco mais de homogeneidade, e estarão prontos para vôos altos, até mesmo fora das fronteiras verde-amarelas.

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